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Novo governo de Itália reforçará bloco soberanista na UE

A Itália é membro fundador e a terceira maior economia da UE
A Itália é membro fundador e a terceira maior economia da UE Direitos de autor Aris Oikonomou / AFP
Direitos de autor Aris Oikonomou / AFP
De Vincenzo GenoveseIsabel Marques da Silva
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Considerando que o novo governo na Suécia também deverá incluir o apoio de um partido de extrema-direita, deverá haver um "bloco soberanista" e eurocético mais representativo na UE.

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Entre os primeiros líderes estrangeiros a felicitarem a coligação de direita pela vitória nas eleições em Itália estiveram os primeiro-ministros da Polónia,Mateusz Morawiecki, e da Hungria, Viktor Orbán.

O partido de extrema-direita, Irmãos de Itália, foi o mais votado, devendo a sua líder, Giorgia Meloni, ser a próxima chefe de governo, e provável aliada da ala mais conservadora na União Europeia (UE).

"Haverá, provavelmente, um realinhamento da posição de Itália para uma maior proximidade do governo da Polónia, em particular. Devemos recordar-nos que o partido de extrema direita de Giorgia Meloni, os Irmãos de Itália, é um aliado do partido político Lei e Justiça, da Polónia", disse o analista Luca Tadini, da Universidade Livre de Bruxelas, em entrevista à euronews.

"Portanto, haverá, provavelment,e uma viragem da Itália para uma posição mais eurocética no que diz respeito às questões dos migrantes e, em particular, às políticas sobre direitos civis e das minorias", acrescentou Luca Tadini.

Considerando que o novo governo na Suécia (eleições a 11 de setembro) também deverá incluir o apoio de um partido de extrema-direita, deverá haver um "bloco soberanista" e eurocético mais representativo no interior da UE.

"Quando houve o voto contra o regime de Viktor Orbán no Parlamento Europeu e a imposição de mais restrições ao governo húngaro pela Comissão Europeia, os eurodeputados eleitos pelos partidos de Meloni e de Salvini voataram contra. Ficou clara a sua posição de apoio à Hungria. Logo é muito paradoxal que Georgia Meloni diga que quer colocar a Itália no centro da Europa, quando o resultado das eleições aponta para que a Itália seja posta de lado no interior da UE", afirmou Leila Simona Talani, analista no King's College de Londres.

Política económica pode "descarrilar"

Espera-se que a atual posição italiana sobre a guerra na Ucrânia, mantendo o alinhamento com a UE contra a Russia, não seja questionada pelo novo governo. Já outros temas, como a migração e a economia poderão ser ser fonte de preocupação para as instituições europeias.

"Meloni tem afirmado que não haverá mudanças na política orçamental, etc, mas toda a campanha eleitoral da coligação de centro-direita se baseou na promessa de cortes nos impostos, em particular no imposto único. O resultado é, basicamente, a redução das receitas para o orçamento, o que vai claramente a aumentar o défice orçamental e a dívida pública face ao PIB", explicou Leila Simona Talani.

A Comissão Europeia diz estar pronta para trabalhar com qualquer governo eleito num Estado-membro, mas uma coisa é clara: lidar com Giorgia Meloni e os seus ministros não será o mesmo que lidar com a equipa de europeísta convicto Mario Draghi, que sairá de cena.

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