{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2022/01/03/ilheus-artificiais-alimentam-se-de-lagoas-e-deixam-nas-mais-limpas" }, "headline": "Ilh\u00e9us artificiais alimentam-se de lagoas e deixam-nas mais limpas", "description": "Um projeto europeu criou zonas h\u00famidas flutuantes para sorver o excesso de nutrientes das lagoas. No sul do B\u00e1ltico, h\u00e1 j\u00e1 resultados comprovados do efeito destes ilh\u00e9us para o aumento da biodiversidade.", "articleBody": "A lagoa de Curl\u00e2ndia, na Litu\u00e2nia , como muitos outros lugares do sul do B\u00e1ltico, sofre de excesso de nutrientes. Mas o problema tem j\u00e1 uma solu\u00e7\u00e3o \u00e0 vista. Um projeto europeu, o LiveLagoons instalou v\u00e1rias zonas h\u00famidas flutuantes artificiais , feitas de cana comum e salgueiro. \u00c0 medida que crescem, as plantas s\u00e3o nutridas por azoto e f\u00f3sforo, abundantes nestes rios, que os transportam. O azoto, explica o coordenador do projeto, Arturas Rayinkovas-Bayiukas, \u0022prov\u00e9m principalmente da agricultura e o f\u00f3sforo vem sobretudo das \u00e1guas residuais municipais. Feitas as contas, \u0022uma ilha remove, ao longo do ano, o equivalente aos nutrientes produzidos por duas a tr\u00eas fam\u00edlias\u0022. Este projeto est\u00e1 avaliado em 1,2 milh\u00f5es de euros, dos quais 1 milh\u00e3o prov\u00e9m da pol\u00edtica de coes\u00e3o europeia. Um objeto estranho que aumenta a biodiversidade A Live Lagoons instalou diferentes tipos de zonas h\u00famidas flutuantes em tr\u00eas pa\u00edses do sul do B\u00e1ltico: Alemanha, Pol\u00f3nia e Litu\u00e2nia. Quando um objeto flutuante apareceu no canal urbano que desagua na lagoa de Klaipeda, os habitantes locais n\u00e3o sabiam o que pensar. \u0022A primeira vez que reparei naquilo, pensei que talvez fosse para as aves fazerem l\u00e1 o ninho. E sim, depois achei que era uma esp\u00e9cie de experi\u00eancia, ou algo do g\u00e9nero\u0022, conta Jolanta Intejeva. Uma vez por ano, Jurate Lesutiene colhe as plantas e flores dos ilh\u00e9us. Os caules e as folhas desenvolveram-se gra\u00e7as aos nutrientes. Esta \u00e9 uma forma de as ilhas combaterem o excesso de nutrientes e polui\u00e7\u00e3o, mas n\u00e3o \u00e9 a \u00fanica, tal como explica a investigadora do Marine Research Institute em Klaipeda, onde s\u00e3o analisadas amostras de todas as zonas h\u00famidas piloto do projeto. \u0022A segunda forma est\u00e1 na parte subaqu\u00e1tica, que cont\u00e9m as ra\u00edzes e os micro-organismos ligados \u00e0s ra\u00edzes das plantas e processa a mat\u00e9ria org\u00e2nica e os nutrientes de forma a poderem ser removidos para a atmosfera ou enterrados nos sedimentos\u0022, revela. Os cientistas puderam j\u00e1 comprovar que as \u00e1guas que rodeiam os ilh\u00e9us artificiais melhoraram a visibilidade e a biodiversidade. Peixes e aves encontram agora abrigo e comida nesses locais, onde, de acordo com o coordenador do LiveLagoons, \u0022a biodiversidade encontrada dentro dos ilh\u00e9us era o dobro da dos habitats vizinhos\u0022. O projeto \u00e9 j\u00e1 alvo de interesse por parte de v\u00e1rios pa\u00edses da Uni\u00e3o Europeia. ", "dateCreated": "2021-12-02T15:18:52+01:00", "dateModified": "2022-01-04T09:28:23+01:00", "datePublished": "2022-01-03T15:30:20+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F27%2F72%2F30%2F1440x810_cmsv2_96f2aa8c-1d79-52ef-b483-07681144bb1b-6277230.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Um projeto europeu criou zonas h\u00famidas flutuantes para sorver o excesso de nutrientes das lagoas. No sul do B\u00e1ltico, h\u00e1 j\u00e1 resultados comprovados do efeito destes ilh\u00e9us para o aumento da biodiversidade.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F27%2F72%2F30%2F432x243_cmsv2_96f2aa8c-1d79-52ef-b483-07681144bb1b-6277230.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Velez", "givenName": "Aurora", "name": "Aurora Velez", "url": "/perfis/82", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@goizlyon", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue espagnole" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9rie: a minha Europa" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

Ilhéus artificiais alimentam-se de lagoas e deixam-nas mais limpas

Em parceria comthe European Commission
Ilhéus artificiais alimentam-se de lagoas e deixam-nas mais limpas
Direitos de autor euronews
Direitos de autor euronews
De Aurora Velez & Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Um projeto europeu criou zonas húmidas flutuantes para sorver o excesso de nutrientes das lagoas. No sul do Báltico, há já resultados comprovados do efeito destes ilhéus para o aumento da biodiversidade.

A lagoa de Curlândia, na Lituânia, como muitos outros lugares do sul do Báltico, sofre de excesso de nutrientes. Mas o problema tem já uma solução à vista. Um projeto europeu, o LiveLagoons instalou várias zonas húmidas flutuantes artificiais, feitas de cana comum e salgueiro.

À medida que crescem, as plantas são nutridas por azoto e fósforo, abundantes nestes rios, que os transportam.

O azoto, explica o coordenador do projeto, Arturas Rayinkovas-Bayiukas, "provém principalmente da agricultura e o fósforo vem sobretudo das águas residuais municipais. Feitas as contas, "uma ilha remove, ao longo do ano, o equivalente aos nutrientes produzidos por duas a três famílias".

Este projeto está avaliado em 1,2 milhões de euros, dos quais 1 milhão provém da política de coesão europeia.

Um objeto estranho que aumenta a biodiversidade

A Live Lagoons instalou diferentes tipos de zonas húmidas flutuantes em três países do sul do Báltico: Alemanha, Polónia e Lituânia.

Quando um objeto flutuante apareceu no canal urbano que desagua na lagoa de Klaipeda, os habitantes locais não sabiam o que pensar.

"A primeira vez que reparei naquilo, pensei que talvez fosse para as aves fazerem lá o ninho. E sim, depois achei que era uma espécie de experiência, ou algo do género", conta Jolanta Intejeva.

A biodiversidade encontrada dentro dos ilhéus era o dobro da dos habitats vizinhos
Arturas Rayinkovas-Bayiukas
Coordenador do projeto LiveLagoons

Uma vez por ano, Jurate Lesutiene colhe as plantas e flores dos ilhéus. Os caules e as folhas desenvolveram-se graças aos nutrientes.

Esta é uma forma de as ilhas combaterem o excesso de nutrientes e poluição, mas não é a única, tal como explica a investigadora do Marine Research Institute em Klaipeda, onde são analisadas amostras de todas as zonas húmidas piloto do projeto.

"A segunda forma está na parte subaquática, que contém as raízes e os micro-organismos ligados às raízes das plantas e processa a matéria orgânica e os nutrientes de forma a poderem ser removidos para a atmosfera ou enterrados nos sedimentos", revela.

Os cientistas puderam já comprovar que as águas que rodeiam os ilhéus artificiais melhoraram a visibilidade e a biodiversidade. Peixes e aves encontram agora abrigo e comida nesses locais, onde, de acordo com o coordenador do LiveLagoons, "a biodiversidade encontrada dentro dos ilhéus era o dobro da dos habitats vizinhos".

O projeto é já alvo de interesse por parte de vários países da União Europeia.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notícia