{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2021/12/08/bruxelas-aponta-baterias-a-coercao-economica-de-paises-terceiros" }, "headline": "Bruxelas aponta baterias \u00e0 \u0022coer\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica\u0022 de pa\u00edses terceiros", "description": "Comiss\u00e3o Europeia apresentou proposta para criar instrumento de contra-ataque a t\u00e1ticas de intimida\u00e7\u00e3o que contempla aplica\u00e7\u00e3o de san\u00e7\u00f5es", "articleBody": "Bruxelas quer refor\u00e7ar as \u0022defesas\u0022 dos Estados-membros contra t\u00e1ticas de intimida\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica e comercial por parte de pa\u00edses terceiros. Para isso, a Comiss\u00e3o Europeia prop\u00f4s hoje a cria\u00e7\u00e3o de um novo instrumento de resposta \u00e0 \u0022coer\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica\u0022, de que considera estar a ser v\u00edtima. Na pr\u00e1tica, funcionar\u00e1 como uma \u0022arma\u0022 ao servi\u00e7o dos 27. Contempla, entre outras coisas, a hip\u00f3tese de se aplicarem san\u00e7\u00f5es a indiv\u00edduos, empresas ou pa\u00edses extra bloco comunit\u00e1rio, quando se esgotar a via do di\u00e1logo, privilegiada na resolu\u00e7\u00e3o de diferendos. Apesar de o executivo comunit\u00e1rio referir que o instrumento \u0022n\u00e3o visa nenhum pa\u00eds espec\u00edfico,\u0022 a verdade \u00e9 que as restri\u00e7\u00f5es comerciais que a China imp\u00f4s recentemente \u00e0 Litu\u00e2nia, por causa da abertura de uma embaixada de Taiwan em Vilnius, serviram de exemplo de como este poderia entrar em a\u00e7\u00e3o. \u0022Estamos numa situa\u00e7\u00e3o geopol\u00edtica de conflito. Este novo instrumento vai-nos equipar para podermos reagir melhor a este tipo de situa\u00e7\u00f5es. Permitir\u00e1 mostrar que, se for preciso a Uni\u00e3o Europeia (UE) tem ferramentas para se defender da coer\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica. Isto poder funcionar com um elemento de dissuas\u00e3o\u0022, sublinhou, em confer\u00eancia de imprensa, o vice-presidente executivo da Comiss\u00e3o Europeia com a pasta do Com\u00e9rcio. Valdis Dombrovskis acrescentou: \u0022O objetivo [deste instrumento] \u00e9 dissuadir os pa\u00edses de restringir ou amea\u00e7ar restringir o com\u00e9rcio ou o investimento para provocar uma mudan\u00e7a de pol\u00edtica na UE em \u00e1reas como as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas, a tributa\u00e7\u00e3o ou a seguran\u00e7a alimentar.\u0022 Tamb\u00e9m pretende \u0022impedir interfer\u00eancias graves na soberania da UE ou dos seus Estados-Membros.\u0022 Al\u00e9m de san\u00e7\u00f5es, diz a Comiss\u00e3o, as respostas poder\u00e3o ainda ar pela \u0022imposi\u00e7\u00e3o de tarifas e restri\u00e7\u00f5es \u00e0s importa\u00e7\u00f5es do pa\u00eds em causa, por restri\u00e7\u00f5es aos servi\u00e7os ou investimentos ou por medidas para limitar o o do referido pa\u00eds ao mercado interno da Uni\u00e3o Europeia.\u0022 Por exigirem unanimidade, as decis\u00f5es da pol\u00edtica externa europeia em mat\u00e9ria de san\u00e7\u00f5es s\u00e3o muitas vezes dif\u00edceis de aprovar. At\u00e9 porque diferentes governos t\u00eam diferentes rela\u00e7\u00f5es comerciais que tentam salvaguardar com pa\u00edses como a R\u00fassia ou a China, por exemplo. \u0022O que quer que a Uni\u00e3o Europeia esteja a fazer atrav\u00e9s de san\u00e7\u00f5es ou instrumentos de retalia\u00e7\u00e3o est\u00e1 completamente minado quando os pr\u00f3prios Estados-membros est\u00e3o a fazer coisas que v\u00e3o contra os objetivos das pol\u00edticas coletivas. O problema, como sempre, continua a ser que os Estados-membros protegem de forma zelosa as respetivas prerrogativas e mat\u00e9ria de pol\u00edtica externa\u0022, sublinhou, em entrevista \u00e0 Euronews, John O'Brenna, professor da c\u00e1tedra Jean Monnet, na Universidade de Maynooth, na Irlanda. Apesar do apoio de Estados-membros como Fran\u00e7a e Alemanha, a proposta esbarra na resist\u00eancia da Su\u00e9cia ou da Ch\u00e9quia, que entendem que pode amea\u00e7ar as rela\u00e7\u00f5es comerciais. Se for aprovado, o novo instrumento dever\u00e1 permitir a Bruxelas reagir de forma contundente e r\u00e1pida contra \u0022chantagem\u0022 econ\u00f3mica e comercial. Para isso, ainda ter\u00e1 de receber a \u0022luz verde\u0022 do Parlamento Europeu e do Conselho da Uni\u00e3o Europeia. ", "dateCreated": "2021-12-08T11:22:03+01:00", "dateModified": "2021-12-08T16:21:25+01:00", "datePublished": "2021-12-08T16:19:27+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F28%2F77%2F00%2F1440x810_cmsv2_762cc8f7-35b4-529b-a09c-1a64a6b80819-6287700.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Comiss\u00e3o Europeia apresentou proposta para criar instrumento de contra-ataque a t\u00e1ticas de intimida\u00e7\u00e3o que contempla aplica\u00e7\u00e3o de san\u00e7\u00f5es", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F28%2F77%2F00%2F432x243_cmsv2_762cc8f7-35b4-529b-a09c-1a64a6b80819-6287700.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Sacadura", "givenName": "Pedro", "name": "Pedro Sacadura", "url": "/perfis/654", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@PedroSacadura", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "R\u00e9daction" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Bruxelas aponta baterias à "coerção económica" de países terceiros

Bruxelas aponta baterias à "coerção económica" de países terceiros
Direitos de autor STR/AFP
Direitos de autor STR/AFP
De Pedro SacaduraShona Murray
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Comissão Europeia apresentou proposta para criar instrumento de contra-ataque a táticas de intimidação que contempla aplicação de sanções

PUBLICIDADE

Bruxelas quer reforçar as "defesas" dos Estados-membros contra táticas de intimidação económica e comercial por parte de países terceiros.

Para isso, a Comissão Europeia propôs hoje a criação de um novo instrumento de resposta à "coerção económica", de que considera estar a ser vítima.

Na prática, funcionará como uma "arma" ao serviço dos 27.

Contempla, entre outras coisas, a hipótese de se aplicarem sanções a indivíduos, empresas ou países extra bloco comunitário, quando se esgotar a via do diálogo, privilegiada na resolução de diferendos.

Apesar de o executivo comunitário referir que o instrumento "não visa nenhum país específico," a verdade é que as restrições comerciais que a China impôs recentemente à Lituânia, por causa da abertura de uma embaixada de Taiwan em Vilnius, serviram de exemplo de como este poderia entrar em ação.

"Estamos numa situação geopolítica de conflito. Este novo instrumento vai-nos equipar para podermos reagir melhor a este tipo de situações. Permitirá mostrar que, se for preciso a União Europeia (UE) tem ferramentas para se defender da coerção económica. Isto poder funcionar com um elemento de dissuasão", sublinhou, em conferência de imprensa, o vice-presidente executivo da Comissão Europeia com a pasta do Comércio.

Valdis Dombrovskis acrescentou: "O objetivo [deste instrumento] é dissuadir os países de restringir ou ameaçar restringir o comércio ou o investimento para provocar uma mudança de política na UE em áreas como as alterações climáticas, a tributação ou a segurança alimentar."

Também pretende "impedir interferências graves na soberania da UE ou dos seus Estados-Membros."

Além de sanções, diz a Comissão, as respostas poderão ainda ar pela "imposição de tarifas e restrições às importações do país em causa, por restrições aos serviços ou investimentos ou por medidas para limitar o o do referido país ao mercado interno da União Europeia."

Por exigirem unanimidade, as decisões da política externa europeia em matéria de sanções são muitas vezes difíceis de aprovar.

Até porque diferentes governos têm diferentes relações comerciais que tentam salvaguardar com países como a Rússia ou a China, por exemplo.

"O que quer que a União Europeia esteja a fazer através de sanções ou instrumentos de retaliação está completamente minado quando os próprios Estados-membros estão a fazer coisas que vão contra os objetivos das políticas coletivas. O problema, como sempre, continua a ser que os Estados-membros protegem de forma zelosa as respetivas prerrogativas e matéria de política externa", sublinhou, em entrevista à Euronews, John O'Brenna, professor da cátedra Jean Monnet, na Universidade de Maynooth, na Irlanda.

Apesar do apoio de Estados-membros como França e Alemanha, a proposta esbarra na resistência da Suécia ou da Chéquia, que entendem que pode ameaçar as relações comerciais.

Se for aprovado, o novo instrumento deverá permitir a Bruxelas reagir de forma contundente e rápida contra "chantagem" económica e comercial.

Para isso, ainda terá de receber a "luz verde" do Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Roménia, mina de sal de Praid em risco de desabamento: evacuações e alerta máximo de inundação

Dinamarca abandona 'Frugal Four' para se focar no rearmamento da UE

Meloni recebe Macron e Fico: Ucrânia no topo da agenda das conversações em Roma