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"Estado da União": Campanha europeia de vacinação em destaque

"Estado da União": Campanha europeia de vacinação em destaque
Direitos de autor Jean-Francois Badias/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved
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Assunto dominou o arranque da semana europeia. Presidente da Comissão Europeia evidenciou os progressos, mas lembrou que a batalha contra a Covid-19 ainda não está ganha

Esta semana, depois de um doloroso processo de recuperação, a Europa posicionou-se entre os líderes mundiais.

A União Europeia (UE) atingiu a meta de ter 70% da população adulta vacinada com pelo menos uma dose até o final de julho. Outros 57% de adultos europeus já estão totalmente vacinados, com as duas doses.

Ao anunciar estes números, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mostrou-se satisfeita, mas sem exageros. O motivo: a pandemia de Covid-19 está longe de terminada e a vacina continua a ser praticamente a única arma à disposição.

“Precisamos de manter o esforço. A variante Delta é muito perigosa e, por isso, apelo a todos os que tiverem a oportunidade para se vacinarem, pela própria saúde e para proteger os outros. Asseguro que a União Europeia continuará a fornecer volumes suficientes de vacinas”, sublinhou Ursula von der Leyen.

O anúncio do resultado positivo provisório chegou numa altura em que se regista um aumento de infeções, principalmente entre as pessoas que ainda não estão vacinadas.

Países como França já aprovaram leis rigorosas para conter o avanço da variante Delta, penalizando as pessoas que não tomarem a vacina.

No país, a iniciativa foi acolhida com protestos de uma minoria ruidosa que ainda se recusa a ser vacinada, retratando o presidente Emmanuel Macron como um ditador que tiraria as liberdades individuais das pessoas.

Implacável - durante uma visita aos territórios ses ultramarinos no Pacífico Sul - Macron atacou os manifestantes: "Quanto vale a vossa liberdade se me disserem: Não queremos ser vacinados. Se amanhã contagiarem o vosso pai, mãe ou a mim, eu sou vítima da vossa liberdade, quando tiveram a oportunidade de fazer alguma coisa para se protegerem e a mim também. (...) Isso não é liberdade. Isso chama-se irresponsabilidade, egoísmo.”

Palavras duras no que parece ser uma forma de guerra cultural que polariza cada vez mais as pessoas.

Na Bélgica, investigadores realizaram um estudo para perceber o que leva as pessoas para um ou outro campo sobre a matéria. A ideia ou por entender melhor os dois grupos e o que os motiva.

Em entrevista à Euronews, Timothy Desmet, economista especializado em marketing e comportamento do consumidor na Universidade Livre de Bruxelas, comentou os resultados.

Stefan Grobe, Euronews - Acaba de terminar um estudo para perceber porque é que os belgas escolhem ser ou não vacinados. Quais são os principais inputs?

Timothy Desmet, economista especializado em marketing e comportamento do consumidor na Universidade Livre de Bruxelas - Os principais inputs indicam que a maioria das pessoas está realmente feliz com a campanha de vacinação. Mencionam, principalmente, os benefícios para a saúde não só individual, mas, em primeiro lugar, para a saúde das pessoas mais fracas, mais velhas, ou que já têm uma doença. Esse é o principal fator de satisfação com a vacinação. Mas também vemos que as pessoas que ainda não foram vacinadas também estão muito hesitantes em se vacinar no futuro.

Stefan Grobe, Euronews - Estatisticamente falando, que tipo de pessoa recusa a vacina em termos de idade, género, educação, rendimentos?

Timothy Desmet, economista especializado em marketing e comportamento do consumidor na Universidade Livre de Bruxelas - Vemos algumas diferenças subtis entre esses diferentes grupos, mas tem mais a ver com a atitude, como eles se sentem em relação à vacinação, sejam velhos ou jovens, homens ou mulheres. Vemos que um padrão específico é que as pessoas que hesitam em vacinar-se são muito céticas em relação aos principais meios de comunicação. Os meios tradicionais. essas pessoas parecem encontrar as notícias principalmente nas redes sociais. O que se percebe é que eles procuram ou encontram informações que tornam a convicção ainda mais forte. E a convicção é principalmente que a vacinação é realmente perigosa e que tem riscos para a saúde por causa dos efeitos colaterais.

Stefan Grobe, Euronews - Vários governos na Europa aumentaram recentemente a pressão sobre as pessoas não vacinados para tomar a vacina. Até que ponto é que essas pessoas podem ser convencidas ou estimuladas a tomar a vacina?

Timothy Desmet, economista especializado em marketing e comportamento do consumidor na Universidade Livre de Bruxelas - Penso que é uma boa ideia porque não se conseguirá convencê-los com base em argumentos teóricos. Não se conseguirá convencê-los dizendo que a vacina não é perigosa. Eles nunca a vão comprar. Já têm essa convicção e não se conseguirá convencê-los dessa forma. Por isso é preciso encontrar outra forma. Do ponto de vista académico, e também a partir dos resultados do nosso estudo, vemos que essas questões práticas provavelmente vão funcionar melhor. Tem de se tornar muito difícil para eles o facto de não estarem vacinados.

Stefan Grobe, Euronews - O presidente dos EUA, Joe Biden, fala agora da “pandemia dos não vacinados”, sugerindo que só esses ficarão doentes e morrerão. O que pensa desse argumento?

Timothy Desmet, economista especializado em marketing e comportamento do consumidor na Universidade Livre de Bruxelas - Penso que é pouco sólido. Consigo entender, em parte. Mas claro, mesmo quando se está vacinado, há uma possibilidade de contaminação, mas também há uma possibilidade menor de morrer. Por isso, não concordo em ver isso como um problema dos não vacinados.

A campanha de vacinação não é o único tema na Europa que provoca reações fortes este verão. Outro, prende-se com o clima.

Após as inundações devastadoras na Alemanha e na Bélgica há duas semanas, a região ao redor do Lago Como, no norte da Itália, foi atingida por chuvas torrenciais e uma tempestade de granizo, que provocaram inundações graves e deslizamentos de terra.

Ao mesmo tempo, bombeiros na Grécia, Turquia e na ilha italiana da Sardenha lutaram para controlar as chamas. As autoridades gregas evacuaram várias áreas a norte de Atenas quando um incêndio se propagou por uma floresta numa encosta, danificando seriamente casas e incendiando carros.

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