{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2021/06/18/estado-da-uniao-prr-e-cimeira-ue-eua-em-destaque" }, "headline": "\u0022Estado da Uni\u00e3o\u0022: PRR e cimeira UE-EUA em destaque", "description": "Semana europeia come\u00e7ou por ser marcada por visita do presidente Joe Biden a Bruxelas. Seguiu-se a aprova\u00e7\u00e3o dos Planos de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia de v\u00e1rios Estados-membros", "articleBody": "A 1 de julho entra em vigor o \u0022Certificado Digital Covid-19 da UE\u0022, que dever\u00e1 facilitar as viagens na Uni\u00e3o Europeia. Muitos europeus aguardam impacientemente as f\u00e9rias de ver\u00e3o. Por outro lado, alguns l\u00edderes pol\u00edticos t\u00eam estado ocupados em desloca\u00e7\u00f5es entre v\u00e1rios pa\u00edses. \u00c9 o caso de Ursula von der Leyen. 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"Estado da União": PRR e cimeira UE-EUA em destaque

"Estado da União": PRR e cimeira UE-EUA em destaque
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Semana europeia começou por ser marcada por visita do presidente Joe Biden a Bruxelas. Seguiu-se a aprovação dos Planos de Recuperação e Resiliência de vários Estados-membros

A 1 de julho entra em vigor o "Certificado Digital Covid-19 da UE", que deverá facilitar as viagens na União Europeia.

Muitos europeus aguardam impacientemente as férias de verão. Por outro lado, alguns líderes políticos têm estado ocupados em deslocações entre vários países. É o caso de Ursula von der Leyen. Em três dias, a presidente da Comissão Europeia visitou Portugal, Espanha, Grécia, Dinamarca e Luxemburgo.

A líder do executivo comunitário esteve numa digressão de boas notícias para informar, oficialmente, os governos de vários países sobre a "luz verde" da Comissão aos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR). O assunto está em destaque nesta edição do programa "Estado da União."

Os fundos começarão a chegar em breve. Não ira que tudo fossem sorrisos durante os encontros com vários líderes europeus. Até porque esta semana, a Comissão conseguiu angariar 20 mil milhões de euros nos mercados de capitais através da emissão de obrigações a 10 anos para obter financiamento para a recuperação pós-pandemia.

Foi a maior emissão de obrigações institucionais de sempre na Europa, a maior transação institucional em uma única tranche de todos os tempos e o maior valor que a União Europeia arrecadou em uma única transação.

O clima de boa disposição também esteve sempre presente durante a visita do presidente dos EUA, Joe Biden, esta semana a Bruxelas, para participar na cimeira UE-EUA.

De acordo com um observador, é difícil dizer quem estava mais satisfeito, entre Biden e os europeus, agora que Donald Trump já não é presidente dos EUA.

Durante os encontros fizeram-se progressos em várias frentes. Porém, outros assuntos precisam de mais tempo. Mas o principal sentimento foi de alívio e alegria, como se percebeu pelas palavras de Ursula von der Leyen: "Antes de mais, foi bom saber que os EUA estão claramente de acordo que a União Europeia não é uma ameaça nacional em matéria de segurança. Ficamos satisfeitos com isso."

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, sublinhou: "Estamos contentes por os EUA estarem de volta. Também saudamos o trabalho concreto, intenso e denso que conseguimos fazer em conjunto."

Apesar do clima de romance, Bruxelas e Washington falharam em conseguir um fim permanente para a contenda comercial de 17 anos por causa dos subsídios pagos às fabricantes de aeronaves Airbus e Boeing.

Em vez disso, selaram um acordo de cessar-fogo temporal durante cinco anos. O que mostra que um acordo completo de paz transatlântica será difícil, independentemente da istração em exercício nos EUA.

Também por resolver está o assunto espinhoso das tarifas às importações de aço e alumínio da União Europeia, uma das decisões de Trump mais polémicas nos últimos quatro anos.

Os dois lados entendem que estas tarifas - a par das contramedidas Europeia - têm de ser eliminadas assim que possível.

Mas o diabo está nos detalhes. Durante a cimeira UE-EUA, estivemos à conversa com a secretária do Comércio dos EUA, Gina Raimondo, sobre este e outros assuntos.

Stefan Grobe, Euronews - Qual foi o ambiente nesta cimeira? Parece que foi como uma reunião de um casal distante que voltou a juntar-se?

Gina Raimondo, secretária do Comércio dos EUA - Sim, foi uma combinação de alívio, diria eu. Do lado europeu senti o alívio pelo facto de o presidente Biden estar aqui e da América que conhecem e gostam estar de volta. E de otimismo, por nós, sendo amigos de longa data, nos voltarmos a sentar à mesa para trabalhar em conjunto, partilhando valores comuns e resolvendo problemas em conjunto.

Stefan Grobe, Euronews - Donald Trump instaurou as tarifas pesadas sobre as exportações de alumínio e aço da União Europeia. Porque é tão difícil libertarmo-nos dessas tarifas e das contramedidas da UE?

Gina Raimondo - O verdadeiro problema não é a União Europeia em si. É a China e o excesso de aço e de alumínio barato que é canalizado para os nossos mercados. Depois há um efeito de spillover para os EUA e isso ameaça a nossa indústria do aço e os nossos trabalhadores do setor, que são essenciais. Dito isso, tive uma série de encontros enquanto estive em Bruxelas e estou otimista em encontrar uma solução.

Stefan Grobe, Euronews - Um dos frutos da cimeira foi o lançamento de um Conselho comum de Comércio e Tecnologia. Qual é o objetivo desse organismo?

Gina Raimondo - Em vez de lidarmos apenas como cibersegurança, semicondutores, inteligência artificial ou privacidade, abordá-los de forma holística será mais eficiente e efetivo. Honestamente, haverá desafios. Não vamos estar sempre de acordo, mas considerá-los neste fórum em que podemos pôr os nossos olhos no prémio dos nossos valores partilhados vai permitir-nos trabalhar em conjunto nessas questões que são do nosso interesse mútuo.

Stefan Grobe, Euronews - Não podemos falar verdadeiramente e relações comerciais sem mencionar a China. Qual é a estratégica comum em relação à China para deter a política económica agressiva chinesa?

Gina Raimondo - Em conjunto com a Europa temos de escrever as regras. Em relação às tecnologias emergentes. Precisamos de nos assegurar que podemos confiar uns nos outros para o abastecimento de semicondutores, por exemplo. A verdadeira estratégia a por ter uma América e uma União Europeia fortes. Uma indústria americana forte, inovação e empreendedorismo. O mesmo aqui na Europa.

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