{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2021/04/29/retirada-da-nato-do-afeganistao-pode-criar-novo-conflito" }, "headline": "Retirada da NATO do Afeganist\u00e3o pode criar novo conflito", "description": "Retirada da NATO do Afeganist\u00e3o pode criar novo conflito. As for\u00e7as da NATO e da comunidade internacional v\u00e3o iniciar a retirada no dia 1 de maio com conclus\u00e3o prevista at\u00e9 11 de setembro", "articleBody": "O governo afeg\u00e3o receia o pior uma vez terminada a retirada das for\u00e7as da NATO que come\u00e7a a 1 de maio e termina a 11 de setembro deste ano. O objetivo das for\u00e7as europeias, norte-americanas e da comunidade internacional era lutar contra o terrorismo global atrav\u00e9s da implementa\u00e7\u00e3o de processos democr\u00e1ticos no Afeganist\u00e3o acompanhados por medidas de refor\u00e7o da confian\u00e7a a fim de derrotar a Al Qaida e os Talib\u00e3. Caber\u00e1 agora ao ex\u00e9rcito afeg\u00e3o controlar a situa\u00e7\u00e3o. Os avan\u00e7os democr\u00e1ticos s\u00e3o fr\u00e1geis enquanto os Talib\u00e3 est\u00e3o mais fortes do que nunca. \u0022Sem flexibilidade \u00e9 imposs\u00edvel chegar a um acordo de paz com os Taliban, mas h\u00e1 quest\u00f5es e linhas vermelhas que os afeg\u00e3os n\u00e3o est\u00e3o preparados para negociar, essas linhas vermelhas podem ser a defesa e for\u00e7as de seguran\u00e7a do Afeganist\u00e3o, direitos humanos, direitos das mulheres, liberdade de express\u00e3o e comunica\u00e7\u00e3o social\u0022, afirma\u00a0Mir Haider Afzaly, presidente da comiss\u00e3o de defesa do parlamento afeg\u00e3o. A Uni\u00e3o Europeia forneceu a Cabul apoio de infraestruturas para a reconstru\u00e7\u00e3o da sociedade afeg\u00e3 incluindo as ag\u00eancias de seguran\u00e7a e pol\u00edcia.\u00a0 A estabilidade do Afeganist\u00e3o ainda \u00e9 relevante para a seguran\u00e7a da Uni\u00e3o Europeia.\u00a0 Por isso mesmo, Bruxelas quer introduzir as suas pr\u00f3prias condi\u00e7\u00f5es. \u0022Trata-se da substitui\u00e7\u00e3o da for\u00e7a militar por um acompanhamento pol\u00edtico e por isso \u00e9 preciso que os europeus e os aliados coloquem as suas condi\u00e7\u00f5es. O apoio financeiro ao Afeganist\u00e3o dever\u00e1 estar condicionado a essa quest\u00e3o que dever a quest\u00e3o democr\u00e1tica\u0022, defende a eurodeputada Maria Arena, presidente do comit\u00e9 de direitos europeus. \u00c9 imposs\u00edvel criar estabilidade no Afeganist\u00e3o sem consenso e a coopera\u00e7\u00e3o de pot\u00eancias externas. Sucedem-se apelos no sentido da Uni\u00e3o Europeia aumentar os os diplom\u00e1ticos com pa\u00edses vizinhos como \u00e9 o caso do Paquist\u00e3o e Ir\u00e3o, ambos patrocinadores de fa\u00e7\u00f5es militares agressivas. Divis\u00f5es \u00e9tnicas, religiosas e tribais podem regressar ao conflito e os Talib\u00e3 podem capturar a capital como aconteceu em 1996. A interven\u00e7\u00e3o da NATO custou muitas vidas entre os soldados enviados para o terreno.\u00a0 A popula\u00e7\u00e3o civil viu-se apanhada no fogo cruzado. Muitos n\u00e3o tiveram alternativa sen\u00e3o fugirem. A analista do Col\u00e9gio da Europa, Shada Islam, afirma que Bruxelas deve preparar-se para o pior. \u0022Infelizmente prevejo que os refugiados afeg\u00e3os venham a ter que abandonar as suas casas, ocorrer\u00e1 um novo fluxo de refugiados para o Ir\u00e3o, da\u00ed para Turquia e da Turquia para a Uni\u00e3o Europeia. Penso que a UE devia come\u00e7ar j\u00e1 a preparar campos de assentamento, a preparar aux\u00edlio humanit\u00e1rio\u0022, afirma a analista. Pelo menos 2,7 milh\u00f5es de afeg\u00e3os j\u00e1 abandonaram o pa\u00eds e contam-se entre os principais requerentes de asilo em muitos pa\u00edses europeus. Constituem igualmente a maioria dos migrantes na rota dos Balc\u00e3s e nos campos de refugiados no Mar Egeu. ", "dateCreated": "2021-04-28T10:24:26+02:00", "dateModified": "2021-04-29T16:00:26+02:00", "datePublished": "2021-04-29T15:59:57+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F60%2F22%2F00%2F1440x810_cmsv2_ec49ac93-2146-5117-92ac-6a9871b942c0-5602200.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Retirada da NATO do Afeganist\u00e3o pode criar novo conflito. As for\u00e7as da NATO e da comunidade internacional v\u00e3o iniciar a retirada no dia 1 de maio com conclus\u00e3o prevista at\u00e9 11 de setembro", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F60%2F22%2F00%2F432x243_cmsv2_ec49ac93-2146-5117-92ac-6a9871b942c0-5602200.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Retirada da NATO do Afeganistão pode criar novo conflito

Retirada da NATO do Afeganistão pode criar novo conflito
Direitos de autor David Guttenfelder/AP2010
Direitos de autor David Guttenfelder/AP2010
De euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Retirada da NATO do Afeganistão pode criar novo conflito. As forças da NATO e da comunidade internacional vão iniciar a retirada no dia 1 de maio com conclusão prevista até 11 de setembro

PUBLICIDADE

O governo afegão receia o pior uma vez terminada a retirada das forças da NATO que começa a 1 de maio e termina a 11 de setembro deste ano.

O objetivo das forças europeias, norte-americanas e da comunidade internacional era lutar contra o terrorismo global através da implementação de processos democráticos no Afeganistão acompanhados por medidas de reforço da confiança a fim de derrotar a Al Qaida e os Talibã.

Caberá agora ao exército afegão controlar a situação. Os avanços democráticos são frágeis enquanto os Talibã estão mais fortes do que nunca.

"Sem flexibilidade é impossível chegar a um acordo de paz com os Taliban, mas há questões e linhas vermelhas que os afegãos não estão preparados para negociar, essas linhas vermelhas podem ser a defesa e forças de segurança do Afeganistão, direitos humanos, direitos das mulheres, liberdade de expressão e comunicação social", afirma Mir Haider Afzaly, presidente da comissão de defesa do parlamento afegão.

A União Europeia forneceu a Cabul apoio de infraestruturas para a reconstrução da sociedade afegã incluindo as agências de segurança e polícia. 

A estabilidade do Afeganistão ainda é relevante para a segurança da União Europeia. 

Por isso mesmo, Bruxelas quer introduzir as suas próprias condições.

"Trata-se da substituição da força militar por um acompanhamento político e por isso é preciso que os europeus e os aliados coloquem as suas condições. O apoio financeiro ao Afeganistão deverá estar condicionado a essa questão que dever a questão democrática", defende a eurodeputada Maria Arena, presidente do comité de direitos europeus.

É impossível criar estabilidade no Afeganistão sem consenso e a cooperação de potências externas.

Sucedem-se apelos no sentido da União Europeia aumentar os os diplomáticos com países vizinhos como é o caso do Paquistão e Irão, ambos patrocinadores de fações militares agressivas.

Divisões étnicas, religiosas e tribais podem regressar ao conflito e os Talibã podem capturar a capital como aconteceu em 1996.

A intervenção da NATO custou muitas vidas entre os soldados enviados para o terreno. 

A população civil viu-se apanhada no fogo cruzado. Muitos não tiveram alternativa senão fugirem.

A analista do Colégio da Europa, Shada Islam, afirma que Bruxelas deve preparar-se para o pior.

"Infelizmente prevejo que os refugiados afegãos venham a ter que abandonar as suas casas, ocorrerá um novo fluxo de refugiados para o Irão, daí para Turquia e da Turquia para a União Europeia. Penso que a UE devia começar já a preparar campos de assentamento, a preparar auxílio humanitário", afirma a analista.

Pelo menos 2,7 milhões de afegãos já abandonaram o país e contam-se entre os principais requerentes de asilo em muitos países europeus. Constituem igualmente a maioria dos migrantes na rota dos Balcãs e nos campos de refugiados no Mar Egeu.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Alemanha termina presença no Afeganistão

Comunidade quer acelerar paz no Afeganistão

Polónia e Portugal assinalam o mês do orgulho com marchas LGBTQ+