{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2021/04/16/estado-da-uniao-ocidente-atento-ao-jogo-russo-junto-a-ucrania" }, "headline": "\u0022Estado da Uni\u00e3o\u0022: Ocidente atento ao \u0022jogo\u0022 russo junto \u00e0 Ucr\u00e2nia", "description": "Em destaque est\u00e1 o forte aumento do contigente militar russo junto \u00e0 fronteira ucraniana, o que fez soar o alarme nas capitais ocidentais. Sobre este tema, Stefan Grobe entrevistou Ian Brzezinski, analista no Atlantic Council, em Washington D.C (EUA).", "articleBody": "O programa rev\u00ea os desenvolvimentos do esc\u00e2ndalo \u0022sofagate\u0022, que deixou a presidente da Comiss\u00e3o Europeia, Ursula von der Leyen, sem cadeira para se sentar na Turquia e as boas not\u00edcias que esta deu sobre a vacina\u00e7\u00e3o contra a Covid-19. Em destaque est\u00e1, ainda, o forte aumento do contigente militar russo junto \u00e0 fronteira ucraniana, o que fez soar o alarme nas capitais ocidentais. Sobre este tema, Stefan Grobe entrevistou Ian Brzezinski, analista no Atlantic Council, em Washington D.C (EUA), ex-funcion\u00e1rio no governo do presidente dos EUA, George W. Bush. Stefan Grobe/euronews: Esta esp\u00e9cie de jogo de esgrima da R\u00fassia \u00e9 um teste \u00e0 capacidade de resposta e \u00e0 determina\u00e7\u00e3o do governo do presidente dos EUA, Joe Biden, e dos seus parceiros transatl\u00e2nticos? Ian Brzezinski/analista no Atlantic Council: Certamente que \u00e9 um teste, mas \u00e9 mais significativo do que isso porque os russos aumentaram de forma muito significativa o contigente militar junto \u00e0 fronteira da Ucr\u00e2nia, o maior desde a invas\u00e3o em 2014. De facto, o General Walters, da NATO, disse que a disposi\u00e7\u00e3o dessa for\u00e7a \u00e9 muito semelhante \u00e0 levada a cabo pela R\u00fassia imediatamente antes da invas\u00e3o da Crimeia. Portanto, n\u00e3o \u00e9 apenas um teste que est\u00e1 e m causa. A R\u00fassia tem agora a capacidade de intervir em muito pouco tempo. Deve ser uma grande preocupa\u00e7\u00e3o n\u00e3o apenas para a Ucr\u00e2nia, mas tamb\u00e9m para a comunidade transatl\u00e2ntica. Stefan Grobe/euronews: O presidente da R\u00fassia, Vladimir Putin, est\u00e1 pronto para uma guerra que poderia ser mais longa e sangrenta do que o que aconteceu durante a anexa\u00e7\u00e3o da Crimeia, h\u00e1 sete anos? Ian Brzezinski/analista no Atlantic Council: O meu receio tem a ver com o facto da resposta do Ocidente \u00e0s provoca\u00e7\u00f5es e agress\u00f5es da R\u00fassia ter vindo a aumentar, constantemente, desde 2014. Portanto, o meu receio \u00e9 que as respostas do Ocidente, que t\u00eam progressivamente aumentado em termos de san\u00e7\u00f5es e a\u00e7\u00f5es no terreno, n\u00e3o tenham efetivamente conseguido dissuadir a R\u00fassia. Pelo contr\u00e1rio, o presidente Putin est\u00e1 mais determinado nas suas ambi\u00e7\u00f5es de vingan\u00e7a. Temo que Putin esteja pronto para iniciar um novo conflito na Ucr\u00e2nia. Stefan Grobe/euronews: O ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros ucraniano esteve em Bruxelas, esta semana, para dizer ao secret\u00e1rio-geral da NATO e ao secret\u00e1rio de Estado dos EUA que, desta vez, o seu pa\u00eds quer mais do que apenas palavras calorosas da parte deles. At\u00e9 onde estar\u00e1 o Ocidente disposto a ir? Ian Brzezinski/analista no Atlantic Council: Veremos. Biden tem muita influ\u00eancia e muita credibilidade. Penso que de imediato, face \u00e0 amea\u00e7a iminente da R\u00fassia, \u00e9 preciso enviar mais tropas para a Ucr\u00e2nia. Penso que dever\u00edamos enviar uma brigada multinacional para fazer exerc\u00edcios no oeste da Ucr\u00e2nia, tal como os russos est\u00e3o a fazer exerc\u00edcios na fronteira oriental da Ucr\u00e2nia. Isso complicaria o planeamento militar russo. Em segundo lugar, chegou o momento de debater os detalhes das san\u00e7\u00f5es robustas que seriam aprovadas se a R\u00fassia iniciasse novas hostilidades contra a Ucr\u00e2nia. N\u00e3o estou a falar do aumento progressivo e pontual de san\u00e7\u00f5es, que tem caracterizado a resposta dos EUA e do Ocidente \u00e0 agress\u00e3o russa no ado, mas antes de san\u00e7\u00f5es econ\u00f3micas setoriais claras que teriam um impacto profundo na economia russa e, portanto, na pol\u00edtica interna da R\u00fassia. Stefan Grobe/euronews: O presidente Biden sugeriu encontrar-se com Putin, num pa\u00eds terceiro, a fim de dissipar as tens\u00f5es. Quais sao as reais possibilidades de isso acontecer? Ian Brzezinski/analista no Atlantic Council: \u00c9 dif\u00edcil dizer. Putin anseia por reconhecimento, ent\u00e3o eu ficaria surpreendido se ele recusasse. Mas as reuni\u00f5es n\u00e3o t\u00eam sentido a menos que sejam complementadas por a\u00e7\u00f5es do tipo que acabei de descrever, ou seja, um movimento de tropas, o debate sobre san\u00e7\u00f5es, medidas que possam ser de imediato postas em pr\u00e1tica. Esse \u00e9 o contexto necess\u00e1rio para uma cimeira bilateral eficaz. ", "dateCreated": "2021-04-16T13:26:36+02:00", "dateModified": "2021-04-17T00:03:28+02:00", "datePublished": "2021-04-16T16:32:23+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F56%2F07%2F72%2F1440x810_cmsv2_7c7aeb26-552c-57ef-98f3-e5883af4e30e-5560772.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Em destaque est\u00e1 o forte aumento do contigente militar russo junto \u00e0 fronteira ucraniana, o que fez soar o alarme nas capitais ocidentais. Sobre este tema, Stefan Grobe entrevistou Ian Brzezinski, analista no Atlantic Council, em Washington D.C (EUA).", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F56%2F07%2F72%2F432x243_cmsv2_7c7aeb26-552c-57ef-98f3-e5883af4e30e-5560772.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Grobe", "givenName": "Stefan", "name": "Stefan Grobe", "url": "/perfis/47", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@StefanGrobe1", "jobTitle": "Correspondant", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue allemande " } }, { "@type": "Person", "familyName": "Marques da Silva", "givenName": "Isabel", "name": "Isabel Marques da Silva", "url": "/perfis/544", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9rie: a minha Europa", "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

"Estado da União": Ocidente atento ao "jogo" russo junto à Ucrânia

"Estado da União": Ocidente atento ao "jogo" russo junto à Ucrânia
Direitos de autor STR/AFP
Direitos de autor STR/AFP
De Stefan Grobe & Méabh McMahon
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Em destaque está o forte aumento do contigente militar russo junto à fronteira ucraniana, o que fez soar o alarme nas capitais ocidentais. Sobre este tema, Stefan Grobe entrevistou Ian Brzezinski, analista no Atlantic Council, em Washington D.C (EUA).

O programa revê os desenvolvimentos do escândalo "sofagate", que deixou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sem cadeira para se sentar na Turquia e as boas notícias que esta deu sobre a vacinação contra a Covid-19.

Em destaque está, ainda, o forte aumento do contigente militar russo junto à fronteira ucraniana, o que fez soar o alarme nas capitais ocidentais. Sobre este tema, Stefan Grobe entrevistou Ian Brzezinski, analista no Atlantic Council, em Washington D.C (EUA), ex-funcionário no governo do presidente dos EUA, George W. Bush.

Stefan Grobe/euronews: Esta espécie de jogo de esgrima da Rússia é um teste à capacidade de resposta e à determinação do governo do presidente dos EUA, Joe Biden, e dos seus parceiros transatlânticos?

Ian Brzezinski/analista no Atlantic Council: Certamente que é um teste, mas é mais significativo do que isso porque os russos aumentaram de forma muito significativa o contigente militar junto à fronteira da Ucrânia, o maior desde a invasão em 2014. De facto, o General Walters, da NATO, disse que a disposição dessa força é muito semelhante à levada a cabo pela Rússia imediatamente antes da invasão da Crimeia. Portanto, não é apenas um teste que está e m causa. A Rússia tem agora a capacidade de intervir em muito pouco tempo. Deve ser uma grande preocupação não apenas para a Ucrânia, mas também para a comunidade transatlântica.

Stefan Grobe/euronews: O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está pronto para uma guerra que poderia ser mais longa e sangrenta do que o que aconteceu durante a anexação da Crimeia, há sete anos?

Ian Brzezinski/analista no Atlantic Council: O meu receio tem a ver com o facto da resposta do Ocidente às provocações e agressões da Rússia ter vindo a aumentar, constantemente, desde 2014. Portanto, o meu receio é que as respostas do Ocidente, que têm progressivamente aumentado em termos de sanções e ações no terreno, não tenham efetivamente conseguido dissuadir a Rússia. Pelo contrário, o presidente Putin está mais determinado nas suas ambições de vingança. Temo que Putin esteja pronto para iniciar um novo conflito na Ucrânia.

Stefan Grobe/euronews: O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano esteve em Bruxelas, esta semana, para dizer ao secretário-geral da NATO e ao secretário de Estado dos EUA que, desta vez, o seu país quer mais do que apenas palavras calorosas da parte deles. Até onde estará o Ocidente disposto a ir?

Ian Brzezinski/analista no Atlantic Council: Veremos. Biden tem muita influência e muita credibilidade. Penso que de imediato, face à ameaça iminente da Rússia, é preciso enviar mais tropas para a Ucrânia. Penso que deveríamos enviar uma brigada multinacional para fazer exercícios no oeste da Ucrânia, tal como os russos estão a fazer exercícios na fronteira oriental da Ucrânia. Isso complicaria o planeamento militar russo. Em segundo lugar, chegou o momento de debater os detalhes das sanções robustas que seriam aprovadas se a Rússia iniciasse novas hostilidades contra a Ucrânia. Não estou a falar do aumento progressivo e pontual de sanções, que tem caracterizado a resposta dos EUA e do Ocidente à agressão russa no ado, mas antes de sanções económicas setoriais claras que teriam um impacto profundo na economia russa e, portanto, na política interna da Rússia.

Stefan Grobe/euronews: O presidente Biden sugeriu encontrar-se com Putin, num país terceiro, a fim de dissipar as tensões. Quais sao as reais possibilidades de isso acontecer?

Ian Brzezinski/analista no Atlantic Council: É difícil dizer. Putin anseia por reconhecimento, então eu ficaria surpreendido se ele recusasse. Mas as reuniões não têm sentido a menos que sejam complementadas por ações do tipo que acabei de descrever, ou seja, um movimento de tropas, o debate sobre sanções, medidas que possam ser de imediato postas em prática. Esse é o contexto necessário para uma cimeira bilateral eficaz.

Nome do jornalista • Isabel Marques da Silva

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

"Sofagate": Parlamento Europeu ouviu os protagonistas

Estado da União: Greenpeace alerta para o desaparecimento de explorações agrícolas familiares na UE

Estado da União: As tentativas de Zelenskyy para angariar novos apoios