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"Estado da União": A opção de vacinar os mais jovens

"Estado da União": A opção de vacinar os mais jovens
Direitos de autor THOMAS KIENZLE/AFP or licensors
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De Isabel Marques da SilvaStefan Grobe
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Há quem defende começar a vacinar já os mais novos e esse foi o tema da entrevista de Stefan Grobe a Julian Tang, virologista, especialista em doenças respiratórias na Universidade de Leicester.

A viagem do chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, a Moscovo, a 4 de fevereiro, continua a fazer manchetes, nomeadamente com as críticas dos eurodeputados, tendo ceca de 70 deles pedido a sua demissão.

O presidente da Polónia, Andrzej Duda, foi outra voz muito crítica, que exige mais explicações: "Josep Borrell deveria ter exigido que Alexei Navalny fosse libertado e que o assédio político acabasse. Este objetivo não foi alcançado de forma alguma e eu iria mais longe e faria uma pergunta básica: Qual foi o propósito desta visita e o que trouxe, não só para Josep Borrell, mas sobretudo para a Comunidade Europeia? Espero que estas perguntas venham a ser respondidas".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também foi duramente questionada pelos eurodeputados sobre a lentidão na campanha de vacinação, durante a sessão plenária do Parlamento Europeu.

A presidente itiu os erros, mas tentou explicar que o insucesso com problemas técnicos: “Não podemos por em causa a segurança quando se trata de injetar pessoas com substâncias biologicamente ativas num indivíduo de boa saúde. E é por isso que contamos com a autorização da Agência Europeia de Medicamentos. Isso significa que a aprovação pode levar três a quatro semanas suplementares", explicou von der Leyen.

A estratégia europeia de vacinação tem sido criticada a muitos níveis e um deles é a questão de saber quem deve tomar a vacina e em que ordem nas prioridades. Esse foi o tema da entrevista de Stefan Grobe a Julian Tang, virologista, especialista em doenças respiratórias na Universidade de Leicester.

Stefan Grobe/euronews: Num artigo recente disse que estamos totalmente errados sobre a estratégia de vacinação porque não se está a focar nos jovens, mas nos idosos e nos profissionais de saúde. Qual é o seu principal argumento?

Julian Tang/Virologista: A ideia é imunizar os jovens para proteger os mais velhos. Isto é, se não houver transmissao de vírus através dos jovens, os idosos não estarão expostos a perigo. Além disso, se imunizar os adultos jovens, estes podem reativar a economia, abrir os negócios e lojas, que são serviços que os idosos também frequentam normalmente. Se os jovens estiverem todos imunizados e protegidos, deixa de haver fonte de vírus a partir da qual os idosos possam ser infetados, o que resolve dois problemas, incluindo o de reativar a economia, o setor dos serviços, escolas e universidades.

Stefan Grobe/euronews: Disse, ainda, que dar prioridade aos jovens não terá, necessariamente, um efeito adverso na população mais velha, porquê?

Julian Tang/Virologista: Se imunizar a fonte de contágio para as pessoas mais velhas, isto é, as crianças e os adultos mais jovens e ativos no mercado de trabalho, então já não representarão uma ameaça para as pessoas mais velhas. Embora os idosos possam não estar ainda imunes, haverá muito pouco vírus em circulação na população mais jovem. Isto é uma abordagem dupla para proteger os idosos, já que são os mais jovens que têm mais os.

Stefan Grobe/euronews: As famílias fechadas em casa por causa do confinamento tentam manter as crianças e os adolescentes ocupados e felizes. No entanto, esta é uma situação difícil para os mais novos. Teme que haja algum impacto de longo prazo nas crianças confinadas por um período tao longo?

Julian Tang/Virologista: Eu ouvi comentários variados nas crianças. Aquelas que estão acostumadas a usar computadores e outras tecnologias com boa ligação à internet, sentem-se melhor porque podem jogar e falar com outras dessa forma, estão acostumados a este tipo de ambiente mais do que as crianças desfavorecidas, que não têm o a computador, Ipad, etc, e que vêm mais os amigos cara a cara. E também depende da educação porque se os pais usarem muito essas tecnologias não se cria um novo problema. Já as outras crianças podem sofrer um trauma, bem como os pais, por causa da situação nova.

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