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O veto ao mecanismo sobre o Estado de direito n\u00e3o pode deixar os outros ref\u00e9ns, considerou o eurodeputado liberal belga e ex-primeiro-ministro Guy Verhofstadt, em entrevista \u00e0 euronews. \u0022\u00c9 a primeira vez, devo dizer, que nas negocia\u00e7\u00f5es do or\u00e7amento vejo pa\u00edses a fazerem bloqueio sendo eles parte do grupo que recebe dinheiro. Na verdade, est\u00e3o a penalizar os seus pr\u00f3prios cidad\u00e3os. E se n\u00e3o for poss\u00edvel convenc\u00ea-los, a \u00fanica sa\u00edda \u00e9 fazer uma coopera\u00e7\u00e3o refor\u00e7ada com base no artigo 326.\u00ba do Tratado da Uni\u00e3o, que d\u00e1 a possibilidade aos outros 25 Estados-membros de avan\u00e7arem com o fundo de recupera\u00e7\u00e3o, sem a Pol\u00f3nia e sem a Hungria\u0022, explicou. 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Compara\u00e7\u00e3o escandalosa com Uni\u00e3o Sovi\u00e9tica Os l\u00edderes h\u00fangaro e polaco acusam os demais hom\u00f3logos de chantagem ideol\u00f3gica, de usarem o mecanismo para os obrigar a mudar as suas pol\u00edticas mais conservadoras.\u00a0 A esse respeito, o primeiro-ministro h\u00fangaro, Viktor Orb\u00e1n, comparou a\u00a0 Uni\u00e3o \u00a0Europeia \u00e0 Uni\u00e3o Sovi\u00e9tica. \u0022Penso que \u00e9 uma compara\u00e7\u00e3o escandalosa porque ele certamente se esqueceu de que na Uni\u00e3o Sovi\u00e9tica havia ditadores que matavam o seu pr\u00f3prio povo. Os historiadores est\u00e3o de acordo sobre o facto de mais de 20 milh\u00f5es de pessoas terem morrido \u00e0s m\u00e3os do regime da Uni\u00e3o Sovi\u00e9tica. Comparar tal sistema, tal tirania a um projeto democr\u00e1tico, a um projeto de paz como \u00e9 a Uni\u00e3o Europeia \u00e9 escandaloso\u0022, concluiu Guy Verhofstadt. 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Verhofstadt: "Fundo da UE pode avançar sem Polónia e Hungria"

Verhofstadt: "Fundo da UE pode avançar sem Polónia e Hungria"
Direitos de autor Olivier Matthys/Copyright 2019 The Associated Press. All rights reserved
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De Isabel Marques da Silva & Sandor Sziros
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A presidência rotativa da União Europeia, nas mãos da Alemanha, tem dito que está perto de conseguir um acordo que inclui aqueles dois países.

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Há uma proposta a ganhar apoio para desbloquear o orçamento da União Europeia para o próximos sete anos: deixar a Polónia e a Hungria de fora do fundo de recuperação dos efeitos da pandemia.

O veto ao mecanismo sobre o Estado de direito não pode deixar os outros reféns, considerou o eurodeputado liberal belga e ex-primeiro-ministro Guy Verhofstadt, em entrevista à euronews.

"É a primeira vez, devo dizer, que nas negociações do orçamento vejo países a fazerem bloqueio sendo eles parte do grupo que recebe dinheiro. Na verdade, estão a penalizar os seus próprios cidadãos. E se não for possível convencê-los, a única saída é fazer uma cooperação reforçada com base no artigo 326.º do Tratado da União, que dá a possibilidade aos outros 25 Estados-membros de avançarem com o fundo de recuperação, sem a Polónia e sem a Hungria", explicou.

Apoio dos cidadãos

Estes dois países estão contra o novo mecanismo que vincula os fundos europeus ao respeito pelo Estado de direito, mas o eurodeputado argumenta que há uma enorme pressão dos cidadãos de toda a Europa para que seja implementado.

"Na maioria dos países, 60-70% dos cidadãos consideram absolutamente normal que paremos com a transferência de dinheiro para um país que não aplica o Estado de direito, os valores da democracia, e que está nas mãos de pessoas corruptas. Porque não se trata apenas da questão do Estado de direito, é também uma questão de corrupção. O último relatório da agência europeia contra a corrupção é muito claro ao colocar a Hungria no topo da lista. Essa é, certamente, uma responsabilidade do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán", afirmou.

Comparação escandalosa com União Soviética

Os líderes húngaro e polaco acusam os demais homólogos de chantagem ideológica, de usarem o mecanismo para os obrigar a mudar as suas políticas mais conservadoras. A esse respeito, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, comparou a União Europeia à União Soviética.

"Penso que é uma comparação escandalosa porque ele certamente se esqueceu de que na União Soviética havia ditadores que matavam o seu próprio povo. Os historiadores estão de acordo sobre o facto de mais de 20 milhões de pessoas terem morrido às mãos do regime da União Soviética. Comparar tal sistema, tal tirania a um projeto democrático, a um projeto de paz como é a União Europeia é escandaloso", concluiu Guy Verhofstadt.

A presidência rotativa da União Europeia, nas mãos da Alemanha, tem dito que está perto de conseguir um acordo que inclui aqueles dois países.

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