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Amazon acusada de práticas anti-laborais

Amazon acusada de práticas anti-laborais
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De Joao Duarte Ferreira
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Os sindicatos acusam o gigante norte-americano de vendas online de estar a tentar vigiar os trabalhadores

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Os sindicatos europeus têm fortes suspeitas de que a multinacional Amazon esteja a espiar os trabalhadores.

Tudo começou com um anúncio de emprego para dois investigadores cuja função seria analisar o que a empresa descreve como ameaças incluindo a organização sindical.

O sindicato em questão, Uni Europa, enviou uma carta à Comissão Europeia a pedir uma investigação.

"Eles não podem espiar os trabalhadores e outras partes da sociedade. Queremos que a Comissão Europeia e as instituições europeias investiguem a Amazon, vejam o que estão a fazer e como se pode parar. Na Europa existe o RGPD, gozamos de proteção de dados e direitos de privacidade, e eles precisam de ser defendidos. Isso significa que é preciso investigar", apela o secretário regional do sindicato Uni Europa, Oliver Roethig.

O anúncio continha em questão continha dois parágrafos que levantaram suspeitas.

Em primeiro lugar, procuravam um analista fluente em línguas incluindo francês e espanhol, sugerindo que o alvo de vigilância seriam os trabalhadores europeus.

Em segundo lugar, menciona iniciativas políticas, terrorismo e atividades laborais organizadas como riscos futuros a acompanhar.

Um grupo de 37 eurodeputados escreveu ao proprietário da Amazon, Jeff Bezos, a exigir informações.

"A outra coisa que é surpreendente é que se trata de vigiar, numa mesma frase, líderes políticos, trabalhadores e terroristas. Tudo isso numa única frase. Fica subentendido que ser líder político ou ser terrorista é a mesma coisa e também que ser sindicalista ou ser terrorista é a mesma coisa", afirma a eurodeputada sa Leila Chaibi do grupo da Esquerda Europeia Unida.

A Amazon entretanto já retirou o anúncio. Em resposta ao pedido de esclarecimento apresentado pela euronews, a multinacional alega que o anúncio "não constituía uma descrição precisa das funções e que este erro teria já sido corrigido".

A empresa acrescenta que não vigia ninguém e tenta apenas compreender o ambiente em que opera.

Para além desta controvérsia, os sindicatos e os eurodeputados estão igualmente preocupados com os direitos laborais dos trabalhadores da Amazon. Há meses que Chaibi recolhe testemunhos.

"Diziam-me sempre a mesma coisa, que existia organização laboral implementada pela Amazon mas viamos sempre que a Amazon fazia todos os possíveis para evitar a organização coletiva dos trabalhadores, alega a eurodeputada sa.

Os sindicatos estão igualmente preocupados com a posição dominante da multinacional norte-americana no mercado online.

"Vemos que a Amazon está a avançar para uma situação em que ninguém pode pagar salários justos porque a Amazon é muito competitiva e poderosa. Temos que acabar com isto", reclama o sindicalista Oliver Roethig.

Os sindicatos apelaram à Comissão Europeia para levar tudo isto em consideração ao criar a nova  regulamentação para o comércio online, a chamada diretiva dos serviços digitais.

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