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Covid-19: Trabalhadores do sexo pedem maior apoio

Covid-19: Trabalhadores do sexo pedem maior apoio
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De Isabel Marques da Silva & Gregoire Lory
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A primeira semana de atividade na Bélgica, onde se estima existirem 26 mil trabalhadores do sexo, sobretudo mulheres, terá sido confusa em termos istrativos e de regras sanitárias face à pandemia..

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Os trabalhadores do sexo na Bélgica queixam-se de dificuldade em retomar os seus direitos laborais em fase de desconfinamento.

A primeira semana de atividade no país, onde se estima existirem 26 mil trabalhadores, sobretudo mulheres, terá sido confusa em termos istrativos e de regras sanitárias.

"Eu não volto ao trabalho com um sorriso no rosto, mas não tenho outra opção. A Covid-19 assusta-me porque é uma doença sobre a qual não sabemos muito. Quando retomarmos a atividade teremos de explicar aos clientes que teremos de usar máscara, tanto eles como nós, porque é preciso manter essa barreira de proteção, mas será que o cliente aceitará isso?", disse Marie, que está no setor há cerca de três décadas, em entrevista à euronews.

Marie cessou toda a atividade até porque é fumadora desde há muitos anos e tem uma doença respiratória crónica que a coloca no grupo de maior risco de complicações se contrair Covid-19.

A paragem forçada levou a que gastasse as economias que fez para quando se reformasse, poque paga despesas da casa onde mora e do espaço onde trabalha.

"Vou ter de recomeçar já com nove mil em dívidas, porque houve coisas que não pude pagar: rendas a duplicar, gasolina, eletricidade a duplicar. Ao dia um de cada mês tenho de pagar três mil  euros, antes de poder comer uma sanduíche, fumar um maço de cigarros... ainda não paguei a conta do telefone", disse Marie.

As associações de apoio aos trabalhadores do setor tentaram reforçar as medidas de emergência.

"Estabelecemos um sistema de distribuição de alimentos específico para o distrito norte de Bruxelas, que ajuda cerca de 130 pessoas por semana e outros parceiros associativos criaram sistemas similares para responder, pelo menos, a essa necesisidade básica. Alguns trabalhadores perderam as habitação, estamos a ser confrontados com situações humaniárias bastante dramáticas", exlicou Maxime Maes, coordenador do sindicato UTSOPI.

O governo belga fez um documento orientador para a retoma no setor, mas há muito receio sobre o regresso à atividade tendo em conta a possível evolução da pandemia.

"Se nada mudar, processarei o governo porque eles têm que reverter a regra de regressar ao trabalho, porque a prostituição deveria ser proibida até pelo menos 1 de setembro",  disse a trabalhadora Marijke, que indica esta data porque foi a escolhida pelos Países Baixos, temendo que os clientes do país vizinho se desloquem para a Bélgica, aumentando o risco de contágio.

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