{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2020/01/23/defensores-dos-rohingya-prometem-vigiar-myanmar" }, "headline": "Defensores dos Rohingya prometem vigiar Myanmar", "description": "O governo da G\u00e2mbia, que apresentou a queixa, e os ativistas pelos direitos do povo Rohingya prometem vigiar a a\u00e7\u00e3o das autoridades de Myanmar que foram instadas, pelo Tribunal Penal Internacional, a evitar novos atos de viol\u00eancia contra esta minoria mu\u00e7ulmana.", "articleBody": "O tribunal superior das Na\u00e7\u00f5es Unidas ordenou ao governo de Myanmar que tome medidas para evitar o genoc\u00eddio dos Rohyinga, uma minoria mu\u00e7ulmana daquele pa\u00eds de maioria budista. \u0022Dever\u00e1 tomar todas as medidas ao seu alcance para impedir a pr\u00e1tica de todos os atos, em particular matar membros deste grupo, causar s\u00e9rios danos corporais ou mentais aos membros do grupo\u0022, disse Abdulqawi Yusuf, presidente do Tribunal Penal Internacional (TPI). A queixa foi apresentada pela G\u00e2mbia junto do TPI, sedeado nos Pa\u00edses Baixos, para denunciar a viol\u00eancia que causou milhares de mortos e levou \u00e0 fuga de cerca de 700 mil pessoas para o vizinho Bangladesh, segundo dados da ONU. \u0022Este \u00e9 um dia hist\u00f3rico, n\u00e3o apenas para o direito internacional e para a comunidade internacional, mas, especialmente, para os Rohingya. Penso que o facto do tribunal ter tomado uma decis\u00e3o por unanimidade dos 17 ju\u00edzes, oriundos de diferentes partes do mundo e representando diferentes culturas e valores, \u00e9 sinal de que o genoc\u00eddio n\u00e3o pode ser nunca tolerado\u0022, afirmou Abubacarr Marie Tambadou, Procurador-Geral da G\u00e2mbia. A l\u00edder civil de Myanmar, Aung San Suu Kyi, aceitou testemunhar, em dezembro, e argumentou que o tribunal n\u00e3o tinha jurisdi\u00e7\u00e3o sobre o seu pa\u00eds, negando a pr\u00e1tica deste tipo de crimes. Aung San Suu Kyi falou de casos isolados, que estavam a ser devidamente acompanhados pelas autoridades do pa\u00eds, mas os queixosos esperam que aceite o veredicto. \u0022O fato de membros do pa\u00eds terem estado presentes no tribunal, esta manh\u00e3, mostra que Myanmar, no que diz respeito a este caso, age com um membro respons\u00e1vel da comunidade internacional. Acredito que ser\u00e3o coerentes nessa atitude e que cumprir\u00e3o as indica\u00e7\u00f5es dadas pelo tribunal\u0022, acrescentou Abubacarr Marie Tambadou. Os ativistas pelos direitos do povo Rohingya prometem acompanhar de perto a situa\u00e7\u00e3o. \u0022Muitos membros da minha fam\u00edlia ainda est\u00e3o em Myanmar, na prov\u00edncia de Rakine, e temem por suas vidas. Esta decis\u00e3o coloca um microsc\u00f3pio a observar toda a regi\u00e3o e se identificamos o mais pequeno deslize que consideremos problem\u00e1tico, vamos fazer grande alarido\u0022, disse Yasmin Ullah, da Rede de Direitos Humanos dos Rohingya. Os assassinatos, viol\u00eancia sexual e destrui\u00e7\u00e3o de propriedade ocorreram, sobretudo, entre o final de 2016 e meados de 2017. ", "dateCreated": "2020-01-23T16:17:14+01:00", "dateModified": "2020-01-23T23:58:28+01:00", "datePublished": "2020-01-23T19:34:41+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F45%2F72%2F30%2F1440x810_cmsv2_8bf09804-1c13-5afd-918e-91d1b76ac4f0-4457230.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "O governo da G\u00e2mbia, que apresentou a queixa, e os ativistas pelos direitos do povo Rohingya prometem vigiar a a\u00e7\u00e3o das autoridades de Myanmar que foram instadas, pelo Tribunal Penal Internacional, a evitar novos atos de viol\u00eancia contra esta minoria mu\u00e7ulmana.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F45%2F72%2F30%2F432x243_cmsv2_8bf09804-1c13-5afd-918e-91d1b76ac4f0-4457230.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Marques da Silva", "givenName": "Isabel", "name": "Isabel Marques da Silva", "url": "/perfis/544", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Defensores dos Rohingya prometem vigiar Myanmar

Defensores dos Rohingya prometem vigiar Myanmar
Direitos de autor Euronews
Direitos de autor Euronews
De Isabel Marques da SilvaShona Murray
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O governo da Gâmbia, que apresentou a queixa, e os ativistas pelos direitos do povo Rohingya prometem vigiar a ação das autoridades de Myanmar que foram instadas, pelo Tribunal Penal Internacional, a evitar novos atos de violência contra esta minoria muçulmana.

PUBLICIDADE

O tribunal superior das Nações Unidas ordenou ao governo de Myanmar que tome medidas para evitar o genocídio dos Rohyinga, uma minoria muçulmana daquele país de maioria budista.

"Deverá tomar todas as medidas ao seu alcance para impedir a prática de todos os atos, em particular matar membros deste grupo, causar sérios danos corporais ou mentais aos membros do grupo", disse Abdulqawi Yusuf, presidente do Tribunal Penal Internacional (TPI).

A queixa foi apresentada pela Gâmbia junto do TPI, sedeado nos Países Baixos, para denunciar a violência que causou milhares de mortos e levou à fuga de cerca de 700 mil pessoas para o vizinho Bangladesh, segundo dados da ONU.

"Este é um dia histórico, não apenas para o direito internacional e para a comunidade internacional, mas, especialmente, para os Rohingya. Penso que o facto do tribunal ter tomado uma decisão por unanimidade dos 17 juízes, oriundos de diferentes partes do mundo e representando diferentes culturas e valores, é sinal de que o genocídio não pode ser nunca tolerado", afirmou Abubacarr Marie Tambadou, Procurador-Geral da Gâmbia.

A líder civil de Myanmar, Aung San Suu Kyi, aceitou testemunhar, em dezembro, e argumentou que o tribunal não tinha jurisdição sobre o seu país, negando a prática deste tipo de crimes.

Aung San Suu Kyi falou de casos isolados, que estavam a ser devidamente acompanhados pelas autoridades do país, mas os queixosos esperam que aceite o veredicto.

"O fato de membros do país terem estado presentes no tribunal, esta manhã, mostra que Myanmar, no que diz respeito a este caso, age com um membro responsável da comunidade internacional. Acredito que serão coerentes nessa atitude e que cumprirão as indicações dadas pelo tribunal", acrescentou Abubacarr Marie Tambadou.

Os ativistas pelos direitos do povo Rohingya prometem acompanhar de perto a situação. "Muitos membros da minha família ainda estão em Myanmar, na província de Rakine, e temem por suas vidas. Esta decisão coloca um microscópio a observar toda a região e se identificamos o mais pequeno deslize que consideremos problemático, vamos fazer grande alarido", disse Yasmin Ullah, da Rede de Direitos Humanos dos Rohingya.

Os assassinatos, violência sexual e destruição de propriedade ocorreram, sobretudo, entre o final de 2016 e meados de 2017.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Centenas de mineiros mortos após tempestades em Myanmar

ONU aprova resolução que condena abuso de direitos a minorias

Gâmbia garante existirem provas de genocídio sobre os Rohingya