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Polémica com fim de carne halal e kosher na Bélgica

Polémica com fim de carne halal e kosher na Bélgica
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De Isabel Marques da Silva
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Tal como fez a Flandres, em janeiro, a região belga da Valónia decidiu, a 1 de setembro, proibir o abate de animais para consumo que não recorra, previamente, a atordoamento, para que não sintam dor. Foi retirada a exceção para os ritos religiosos, como o muçulmano e o judaico.

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Tal como fez a Flandres, em janeiro, a região belga da Valónia decidiu, a 1 de setembro, proibir o abate de animais para consumo que não recorra, previamente, a atordoamento, para que não sintam dor.

Foi retirada a exceção para os ritos religiosos, como o muçulmano e o judaico, que designam a sua carne de halal e kosher, respetivamente.

"A partir desse momento, teremos que fechar a porta dos nossos talhos. Não podemos vender carne que não seja halal", disse um talhante da comunidade muçulmana entrevistado pela euronews.

Estas comunidades religiosas fazem um corte na garganta para sangramento do animal, sem antes usarem uma técnica anestesiante.

Bem-estar animal ou direitos das minorias?

Os apoiantes do atordoamento dizem que não se trata de um ataque à tradição, mas de proteger os direitos dos animais.

"Não se trata de todo de uma proibição do abate com preceito religioso. É uma proibição do abate que não use antes o atordoamento, porque mesmo que se sigam as regras da "arte", usando uma lâmina muito afiada e tudo o que manda a tradição religiosa, o animal vai sempre sofrer", Michel Vandenbosch, presidente da delegação na Bélgica do grupo Ação Global para a Defesa dos Animais.

Vários países da União Europeia exigem o atordoamento, com ou sem exceção religiosa, o que depende do tamanho das comunidades minoritárias nesses países. No caso da Bélgica, a comunidade muçulmana alega que é uma manobra anti-imigração.

"Este regulamento está na agenda islamofóbica na Europa. Essas pessoas aram, também, a visar as organizações judaicas. Penso que muçulmanos e judeus devem queixar-se, juntos, na justiça", afirmou Mustapha Chairi, presidente do Coletivo Contra a Islamofobia na Bélgica.

O Tribunal Constitucional da Bélgica já enviou um caso para apreciação num tribunal da União Europeia, referente à proibição decretada em janeiro, na Flandres. 

Espera-se uma decisão dentro de dois anos, que poderá estabelecer precedente para o resto da Europa.

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