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Italianos apreensivos quanto às eleições

Restaurante italiano em Bruxelas
Restaurante italiano em Bruxelas
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Para além das questões económicas, o país enfrenta a possibilidade de vir a ser dirigido por um partido abertamente eurocético.

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Os italianos vão às urnas este domingo num clima de incerteza. Apesar da economia estar a crescer,  este crescimento situa-se abaixo da média registada na zona euro (1,5% ao invés de 2,4%). A taxa de desemprego situa-se acima dos 11% enquanto no resto da zona euro a média é de 9,1%.

Mas para além da economia, existem outras questões que estão a procupar os italianos. A emigração é um dos temas mais quentes dos debates pré-eleitorais e o tema tem servido de bandeira para espalhar o medo entre a população a braços ainda com as consequências da crise dos migrantes provenientes do exterior da União Europeia.

Mas como é que os italianos que vivem no estrangeiro olham para as eleições no seu país?

Fomos falar com Giorgia, proprietária do bar "ce Piace", em Bruxelas. Giorgia deixou para trás uma carreira de sucesso numa empresa de consultoria para abrir um bar que se tornou muito popular entre a comunidade internacional residente na capital belga.

"Gosto de ir a casa de férias e visitar a minha família mas estou bem aqui. Penso que abrir uma empresa em Itália é mais difícil do que na Bélgica", afirma Giorgia.

Desemprego elevado e uma dívida pública significativa estão a atrasar o crescimento do país, que oferece poucas oportunidades, como explica este jovem médico.

"Ter futuro em Itália é neste momento impossível. Muitos colegas falam-me das suas experiências e das lutas contínuas: por vezes sacrificam vários dias para chegarem ao fim de mãos vazias, por vezes nem sequer são pagos. Conheço histórias inacreditáveis", adianta Riccardo de Angelis.

Mas mais do que a economia, a questão que mais preocupa os italianos, e os estrangeiros, é o alastramento do populismo que promove o racismo, o ódio e euroceticismo.

A nova lei eleitoral pode criar um parlamento fragmentado o qual irá requerer negociações difíceis para a formação de um novo governo.

"Há anos que a incerteza faz parte da realidade dos italianos no entanto, numa altura em que a Europa se prepara para implementar grandes reformas, a instabilidade política pode deixar Itália de fora das discussões sobre o futuro do continente", afirma a correspondente da euronews em bruxelas, Elena Cavallone.

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