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Europeus "ignoram" protestos no Irão para preservar acordo

Europeus "ignoram" protestos no Irão para preservar acordo
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De Isabel Silva
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O analista político Cornelius Adebahr explica que o cuidado para não ofender o Irão, "ignorando" os protestos no país, se deve ao facto de "os europeus estarem a fazer grandes esforços para convencerem os norte-americanos a permanecerem no acordo".

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Os líderes europeus evitaram qualquer menção aos protestos populares no Irão durante a reunião com o chefe da diplomacia daquele país, quinta-feira, em Bruxelas. O silêncio foi criticado por ativistas dos direitos humanos, nomeadamente pela Amnistia Internacional.

O analista político Cornelius Adebahr explica que esse cuidado para não ofender o Irão se deve ao facto de "os europeus estarem a fazer grandes esforços para convencerem os norte-americanos a permanecerem no acordo".

"Como isso pode bem acontecer, os europeus tentam evitar que os iranianos façam o mesmo imediatamente. Querem ganhar tempo para chegar a um novo acordo que, de alguma forma, possa preservar o entendimento", acrescentou o perito do centro de estudos Carnegie Europe.

Vários analistas dizem que os protestos revelam a frustração com a falta de crescimento económico prometido pelo regime quando assinou o acordo, em 2015, que pôs fim às sanções internacionais.

"No Irão, as únicas pessoas que estão felizes com o acordo são o chefe da diplomacia Zarif e o Presidente Rouhani ou, talvez, as pessoas próximas a Rouhani", argumenta Majid Golpour, investigador na Universidade Livre de Bruxelas.

"Apesar de toda a propaganda do Estado, os líderes não conseguiram convencer a opinião pública sobre os benefícios deste acordo. Os europeus deviam estar cientes disso", disse, ainda.

A Amnistia Internacional pede à União Europeia que exija o respeito pelos direitos das mais de três mil pessoas que foram detidas, bem como uma investigação rigorosa às mortes de mais de uma vintena de manifestantes. 

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