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Milhares de raparigas na Europa enfrentam mutilações e casamentos forçados

Milhares de raparigas na Europa enfrentam mutilações e casamentos forçados
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De Nuno Prudêncio
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É quase impossível obter números exatos sobre o casamento forçado e a mutilação genital feminina na Europa. Mas as estimativas são assustadoras.

O casamento forçado e a mutilação genital feminina não pertencem nem ao ado, nem a países longínquos. A realidade destes fenómenos está bem presente na Europa dos dias de hoje.

Recentemente, alguns países celebraram um Dia Internacional dedicado às meninas e às jovens mulheres, sob os auspícios da ONU. O Insiders junta-se a essa iniciativa à sua maneira, fazendo eco de problemáticas que continuam a afetar raparigas em várias partes do mundo, expostas por vezes a formas de violência difíceis de conceber em pleno século 21. Falamos concretamente em casamentos forçados e na mutilação genital feminina.

Captured and cut: #FGM returns to Sierra Leone despite ban, highlighting the challenges facing anti-FGM campaigners https://t.co/p0wMEt0ppw

— Sarah Hyde (@SazBN1) 30 septembre 2016

É quase impossível apresentar números exatos sobre a ocorrência destes fenómenos na Europa, uma vez que costumam suceder no maior dos segredos, no seio das próprias famílias. No entanto, as estimativas indicam uma dimensão assustadora.

A mutilação genital feminina consiste na remoção parcial ou total dos órgãos sexuais externos, um ritual feito à margem de qualquer intervenção médica.

Há cerca de 500 mil mulheres na União Europeia que terão sido vítimas de excisão. Prevê-se que anualmente estejam em risco 180 mil jovens mulheres e raparigas. No que respeita ao casamento forçado, só no Reino Unido, são registados perto de 1300 casos por ano. Um quarto deles refere-se a raparigas menores de idade.

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Muitas das vezes, estes dois fenómenos estão associados, como nos mostra a reportagem que Damon Embling fez no Reino Unido, onde encontrou mulheres que sobreviveram por pouco ao pesadelo: Mutilação genital feminina: O crime do qual muito poucos falam.

A segunda história desta edição a-se na Bélgica, um dos primeiros países europeus a criar uma lei específica para criminalizar o casamento forçado. A reportagem Casamentos forçados: ‘Contem a alguém o que está a acontecer’ é da autoria de Valérie Gauriat.

O Insiders falou igualmente com Isabelle Gillette-Faye, socióloga sa e responsável pelo Grupo de Abolição das Mutilações Sexuais Femininas e Casamentos Forçados (GAMS): “Cada vaga migratória obriga a uma reflexão sobre os direitos das mulheres”.

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