Num castelo na capital da Eslováquia, sob as habituais apertadas medidas de segurança, os líderes da União Europeia debaterão, sexta-feira, qual o melhor caminho para a União depois da saída do Reino
PUBLICIDADENum castelo na capital da Eslováquia, sob as habituais apertadas medidas de segurança, os líderes da União Europeia debaterão, sexta-feira, qual o melhor caminho para a União depois da saída do Reino Unido.
Este país não tomará parte, pelo que os restantes 27 chefes de Estado e de governo terão mais liberdade para falarem.
Ivan Korcok, secretário de Estado para os Assuntos Europeus da Eslováquia, explicou à euronews que “vai ser uma reunião informal, não serão adotadas conclusões, não haverá pressão para elaborar declarações ou apreentar resultados. Trata-se de fazer um debate equitativo, que é devido há muito tempo, e que permitirá a todos os que se sentam à mesa dizerem aquilo que sentem”.
A euronews também falou com um jornalista eslovaco perito em assuntos europeus sobre as expetativas quanto aos principais temas da agenda.
Radovan Geist, jornalista do Euractiv, afirmou que “as diferenças entre diferentes grupos de países, nomeadamente entre alguns de Leste e o resto da União Europeia são mais visíveis do que há um ano. Se a cimeira debater a migração, de certeza que essas diferenças vão emergir durante as discussões. Outro tema controverso é em que medida a União deve regular as políticas sociais, porque alguns dos mais recentes Estados-membros não estão muito entusiasmados com isso”.
O enviado da euronews a Bratislava, Sandor Zsiros, acrescenta que “após as declarações de líderes, não será tomada nenhuma decisão nesta cimeira sobre o futuro da União Europeia. É apenas o início de um processo de consultas que deve culminar em março de 2017, quando se assinalam os 60 anos do Tratado de Roma, fundador da União. Talvez nessa altura esteja clara qual a direção a seguir após o Brexit”.