{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2016/01/28/timmermans-reintroducao-do-controlo-nas-fronteiras-nacionais-tera-impacto" }, "headline": "Timmermans: \u0022Reintrodu\u00e7\u00e3o do controlo nas fronteiras nacionais ter\u00e1 impacto econ\u00f3mico\u0022", "description": "O futuro de Schengen parece repousar nas m\u00e3os da Gr\u00e9cia. A na\u00e7\u00e3o tem tr\u00eas meses para controlar as fronteiras, caso contr\u00e1rio os Estados-membros", "articleBody": "O futuro de Schengen parece repousar nas m\u00e3os da Gr\u00e9cia. A na\u00e7\u00e3o tem tr\u00eas meses para controlar as fronteiras, caso contr\u00e1rio os Estados-membros poder\u00e3o encerrar as respetivas fronteiras por um per\u00edodo de at\u00e9 dois anos. A Comiss\u00e3o Europeia tem v\u00e1rios cen\u00e1rios em cima da mesa com o objetivo de reduzir o fluxo de refugiados para o velho continente atrav\u00e9s da chamada rota dos Balc\u00e3s. Basicamente, a Gr\u00e9cia \u00e9 instada a controlar as pessoas atrav\u00e9s da fronteira mar\u00edtima, a registar efetivamente migrantes e refugiados e a cortar o fluxo na fronteira, a norte, com a Antiga Rep\u00fablica Jugoslava da Maced\u00f3nia. Na pr\u00e1tica, isto poder\u00e1 bloquear mais pessoas na Gr\u00e9cia e isolar o pa\u00eds de Schengen. Em entrevista exclusiva \u00e0 Euronews, o vice-presidente da Comiss\u00e3o Europeia, Frans Timmermans, comentou os \u00faltimos desenvolvimentos relacionados com esta mat\u00e9ria. Efi Koutsokosta, euronews \u2013 Falou em defici\u00eancias graves. O que est\u00e1 a pedir \u00e0 Gr\u00e9cia? Frans Timmermans, vice-presidente da Comiss\u00e3o Europeia \u2013 O que precisamos de fazer \u00e9 assegurar que quando as pessoas chegam \u00e0 Gr\u00e9cia s\u00e3o registadas rapidamente. Este registo tem de ser imediatamente introduzido no sistema EURODAC, o que significa que a informa\u00e7\u00e3o fica dispon\u00edvel em toda a Europa. Tamb\u00e9m precisamos de assegurar que podemos selecionar rapidamente entre as pessoas que t\u00eam direito a prote\u00e7\u00e3o internacional \u2013 refugiados \u2013 e aqueles que n\u00e3o t\u00eam esse direito porque v\u00eam de pa\u00edses onde n\u00e3o existe guerra ou persegui\u00e7\u00e3o. Atualmente, a capacidade para isso \u00e9 insuficiente na Gr\u00e9cia. euronews \u2013 Mas n\u00e3o se pede \u00e0 Gr\u00e9cia um melhor controlo das fronteiras mar\u00edtimas e terrestres com mais guardas? Ouviram-se muitas declara\u00e7\u00f5es nesse sentido. Frans Timmerans \u2013 Tamb\u00e9m precisamos disso. Mas trata-se de uma responsabilidade coletiva europeia. A fronteira grega \u00e9 uma fronteira europeia e oferecemos esta coopera\u00e7\u00e3o h\u00e1 muito tempo. A Comiss\u00e3o colocou em cima da mesa a proposta para uma Guarda Costeira e Fronteiri\u00e7a europeia. Julgo que \u00e9 muito importante. euronews \u2013 Mas se a Comiss\u00e3o Europeia diz a um Estado-membro que pode ser exclu\u00eddo do Espa\u00e7o Schengen, praticamente falando, dentro de tr\u00eas meses, a mensagem enviada \u00e9 a de que as pol\u00edticas como as que foram empregues por Viktor Orb\u00e1n venceram. \u00c9 assim? Frans Timmermans \u2013 Isto serve para apelar \u00e0s tropas. N\u00e3o \u00e9 um aviso e n\u00e3o \u00e9 uma amea\u00e7a. Serve para dizer a todos e \u00e0 Gr\u00e9cia para atuarmos em conjunto. N\u00e3o temos tempo infinito para faz\u00ea-lo. N\u00e3o estamos a fazer isto porque queremos limitar Schengen, mas porque queremos salvar. Se se reintroduzir o controlo nas fronteiras nacionais, o impacto econ\u00f3mico ser\u00e1 dram\u00e1tico. Haver\u00e1 longas filas de cami\u00f5es. Temos 56 milh\u00f5es de cruzamentos de fonteira todos os anos na Europa. Se tornarmos as coisas mais dif\u00edceis, as consequ\u00eancias econ\u00f3micas ser\u00e3o bastante negativas. euronews: ite que a resposta da Uni\u00e3o Europeia a esta crise falhou? Frans Timmermans: N\u00e3o \u00e9 a Uni\u00e3o Europeia como tal que falhou. \u00c9 a falta de confian\u00e7a entre os Estados-membros que est\u00e1 a causar o problema. Os Estados-membros que est\u00e3o a sofrer consequ\u00eancias como a Alemanha, Su\u00e9cia, Holanda, \u00c1ustria pedem aos pa\u00edses onde chegam as pessoas, como a Gr\u00e9cia e It\u00e1lia, para que se fa\u00e7a um melhor trabalho no controlo das fronteiras. Pa\u00edses como a Gr\u00e9cia e It\u00e1lia pedem aos outros Estados-membros solidariedade e para n\u00e3o serem abandonados. Se n\u00e3o se partilhar o fardo, porque motivo deveriam fazer um melhor trabalho no controlo das fronteiras?Os outros questionam: desde que se fa\u00e7a um melhor trabalho no controlo das fronteiras, porque se deveria fazer um melhor trabalho a partilhar o fardo?Existe um problema de confian\u00e7a entre os Estados-membros. Precisamos de fazer estas coisas ao mesmo tempo. euronews \u2013 H\u00e1 tempo? Frans Timmermans \u2013 N\u00e3o temos muito tempo. Porque se continuarmos a fazer isto e se chegarmos ao ver\u00e3o, de novo, com grandes n\u00fameros de pessoas a virem para a Europa, alguns Estados-membros \u2013 mesmo os maiores \u2013 n\u00e3o ter\u00e3o outra alternativa a n\u00e3o ser fechar as fronteiras. Depois, claro, a Gr\u00e9cia ter\u00e1 um grande problema pela frente.", "dateCreated": "2016-01-28T17:43:52+01:00", "dateModified": "2016-01-28T17:43:52+01:00", "datePublished": "2016-01-28T17:43:52+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F322619%2F1440x810_322619.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O futuro de Schengen parece repousar nas m\u00e3os da Gr\u00e9cia. A na\u00e7\u00e3o tem tr\u00eas meses para controlar as fronteiras, caso contr\u00e1rio os Estados-membros", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F322619%2F432x243_322619.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Timmermans: "Reintrodução do controlo nas fronteiras nacionais terá impacto económico"

Timmermans: "Reintrodução do controlo nas fronteiras nacionais terá impacto económico"
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

O futuro de Schengen parece repousar nas mãos da Grécia. A nação tem três meses para controlar as fronteiras, caso contrário os Estados-membros

PUBLICIDADE

O futuro de Schengen parece repousar nas mãos da Grécia. A nação tem três meses para controlar as fronteiras, caso contrário os Estados-membros poderão encerrar as respetivas fronteiras por um período de até dois anos.

A Comissão Europeia tem vários cenários em cima da mesa com o objetivo de reduzir o fluxo de refugiados para o velho continente através da chamada rota dos Balcãs.

Basicamente, a Grécia é instada a controlar as pessoas através da fronteira marítima, a registar efetivamente migrantes e refugiados e a cortar o fluxo na fronteira, a norte, com a Antiga República Jugoslava da Macedónia. Na prática, isto poderá bloquear mais pessoas na Grécia e isolar o país de Schengen.

Em entrevista exclusiva à Euronews, o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, comentou os últimos desenvolvimentos relacionados com esta matéria.

Efi Koutsokosta, euronews – Falou em deficiências graves. O que está a pedir à Grécia?

Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia – O que precisamos de fazer é assegurar que quando as pessoas chegam à Grécia são registadas rapidamente. Este registo tem de ser imediatamente introduzido no sistema EURODAC, o que significa que a informação fica disponível em toda a Europa. Também precisamos de assegurar que podemos selecionar rapidamente entre as pessoas que têm direito a proteção internacional – refugiados – e aqueles que não têm esse direito porque vêm de países onde não existe guerra ou perseguição. Atualmente, a capacidade para isso é insuficiente na Grécia.

euronews – Mas não se pede à Grécia um melhor controlo das fronteiras marítimas e terrestres com mais guardas? Ouviram-se muitas declarações nesse sentido.

Frans Timmerans – Também precisamos disso. Mas trata-se de uma responsabilidade coletiva europeia. A fronteira grega é uma fronteira europeia e oferecemos esta cooperação há muito tempo. A Comissão colocou em cima da mesa a proposta para uma Guarda Costeira e Fronteiriça europeia. Julgo que é muito importante.

euronews – Mas se a Comissão Europeia diz a um Estado-membro que pode ser excluído do Espaço Schengen, praticamente falando, dentro de três meses, a mensagem enviada é a de que as políticas como as que foram empregues por Viktor Orbán venceram. É assim?

Frans Timmermans – Isto serve para apelar às tropas. Não é um aviso e não é uma ameaça. Serve para dizer a todos e à Grécia para atuarmos em conjunto. Não temos tempo infinito para fazê-lo. Não estamos a fazer isto porque queremos limitar Schengen, mas porque queremos salvar. Se se reintroduzir o controlo nas fronteiras nacionais, o impacto económico será dramático. Haverá longas filas de camiões. Temos 56 milhões de cruzamentos de fonteira todos os anos na Europa. Se tornarmos as coisas mais difíceis, as consequências económicas serão bastante negativas.

euronews: ite que a resposta da União Europeia a esta crise falhou?

Frans Timmermans: Não é a União Europeia como tal que falhou. É a falta de confiança entre os Estados-membros que está a causar o problema. Os Estados-membros que estão a sofrer consequências como a Alemanha, Suécia, Holanda, Áustria pedem aos países onde chegam as pessoas, como a Grécia e Itália, para que se faça um melhor trabalho no controlo das fronteiras. Países como a Grécia e Itália pedem aos outros Estados-membros solidariedade e para não serem abandonados. Se não se partilhar o fardo, porque motivo deveriam fazer um melhor trabalho no controlo das fronteiras?
Os outros questionam: desde que se faça um melhor trabalho no controlo das fronteiras, porque se deveria fazer um melhor trabalho a partilhar o fardo?
Existe um problema de confiança entre os Estados-membros. Precisamos de fazer estas coisas ao mesmo tempo.

euronews – Há tempo?

Frans Timmermans – Não temos muito tempo. Porque se continuarmos a fazer isto e se chegarmos ao verão, de novo, com grandes números de pessoas a virem para a Europa, alguns Estados-membros – mesmo os maiores – não terão outra alternativa a não ser fechar as fronteiras. Depois, claro, a Grécia terá um grande problema pela frente.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Nikos Xydakis: "Grécia não será depósito de pessoas"

Polónia e Portugal assinalam o mês do orgulho com marchas LGBTQ+

Milhares de manifestantes em Roma contra a guerra em Gaza