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Napoleão, Wellington, Blücher e Príncipe de Orange "reencontram-se" em Waterloo

Napoleão, Wellington, Blücher e Príncipe de Orange "reencontram-se" em Waterloo
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As comemorações do bicentenário da Batalha de Waterloo trouxeram de volta à pequena localidade belga o espírito e as vivências de 1815. Os turistas

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As comemorações do bicentenário da Batalha de Waterloo trouxeram de volta à pequena localidade belga o espírito e as vivências de 1815. Os turistas, vindos de todo o mundo, cruzam-se e convivem com os protagonistas do confronto, meticulosamente interpretados por participantes que reconstituem no século XXI o curso dos acontecimentos da época.

Napoleão foi definitivamente derrotado em Waterloo. O ator que dá vida ao imperador justifica a derrota: “os historiadores estudam a batalha, que poderia ter terminado de outra forma, há dois séculos. Há fatores, como as condições climatéricas, a considerar, porque as balas dos canhões não estavam a produzir os efeitos esperados. Há o problema das dificuldades físicas do imperador, que parecia incapaz de montar a cavalo. As pessoas não o viram, mas isso serviria para galvanizar as tropas. Há o movimento de Blücher, que chegou ao campo de batalha quando ninguém o esperava. Depois existem os problemas relacionados com o terreno, que não permitiam que a artilharia fosse tão eficaz como poderia ter sido. Há muitos fatores que, contabilizados, justificam a derrota de Napoleão. Mas quando analisamos, duzentos anos depois, a paixão e o peso da epopeia napoleónica, perguntamo-nos se não terá ganho no fim de contas.”

O duque de Wellington desfez as expetativas de Napoleão. Era um homem reservado, mas solidário, como descreve o ator que interpreta outro dos protagonistas da Batalha de Waterloo: “ele foi um produto da época. Era um aristocrata distanciado. Parecia não se preocupar muito com os seus homens, mas preocupava. Assistiu a muito sofrimento, muitos amigos dele foram mortos ou feridos ao longo dos anos. Ele escudava-se numa espécie de máscara. Sabemos que existe um outro lado de Wellington, o da tristeza. Dizia que à exceção de uma batalha perdida não há nada mais triste do que uma batalha ganha. São belas palavras.”

A chegada, no último minuto, dos reforços de Gebhard Leberecht von Blücher, permitiu a vitória dos aliados, como descreve o ator que encarna o marechal prussiano: “Blücher era o fiel da balança. A batalha esteve várias vezes para mudar de rumo e se os prussianos não tivessem chegado provavelmente Napoleão teria ganho. Então Waterloo teria sido simplesmente mais outro campo de batalha. Depois de 1815, em Paris, Blücher queria julgar e enforcar Napoleão que adivinhou o poderia acontecer e fez-se prisioneiro de guerra com os britânicos.”

O príncipe de Orange, outro dos intervenientes, foi ferido em Waterloo, recorda um ator: “o príncipe de Orange foi comandante das tropas belgo-holandesas, às ordens do Duque de Wellington. Era muito conhecido pela bravura e pelo espírito de liderança e as coisas correram bem até ao final da batalha, em que ele e o cavalo ficaram feridos. O Monte do Leão [em Waterloo] marca o ponto exato onde foi atingido no ombro. Foi mandado erguer pelo pai, o rei Guilherme I.”

A batalha de Waterloo aconteceu depois de Napoleão regressar do exílio na ilha de Elba. Num curto espaço de tempo reconstruiu o exército francês, longe de imaginar que viria a ser definitivamente derrotado.

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