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Talvez tivesse sido melhor ar diretamente ao voto final em vez de ar pela prova\u00e7\u00e3o das audi\u00e7\u00f5es. S\u00e3o tr\u00eas horas e 45 perguntas que deixam todos exaustos. E, no final das contas, sabe-se que conta menos a presta\u00e7\u00e3o dos comiss\u00e1rios do que os acordos pol\u00edticos que foram feitos antes. Mas para os jornalistas e comentadores \u00e9 um exerc\u00edcio interessante porque revela as personalidades e percebe-se que h\u00e1 pessoas com talento, outras sem; tamb\u00e9m se percebe o dom\u00ednio que t\u00eam ou n\u00e3o de l\u00ednguas estrangeiras\u201d.AT/euronews: \u201cH\u00e1 comiss\u00e1rios problem\u00e1ticos que talvez n\u00e3o venham a ser postos de lado mas que poder\u00e3o ser realocados. Haver\u00e1 ajustes de pastas?\u201dJQ/jornalista: \u201cAquele que realmente levanta mais problemas em termos de valores europeus \u00e9 o comiss\u00e1rio h\u00fangaro. \u00c9 um ex-ministro da Justi\u00e7a de um governo ultra-conservador\u2026\u201dAT/euronews: \u201c... e a quem foi dada a pasta da Educa\u00e7\u00e3o e da Cidadania\u201d.JQ/jornalista: \u201rovavelmente ser-lhe-\u00e1 retirada a pasta da Cidadania, para depois ser entregue a outro comiss\u00e1rio conservador. 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"Europe Weekly": tensão nas audições aos comissários europeus

"Europe Weekly": tensão nas audições aos comissários europeus
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Nesta edição do “Europe Weekly”, que faz a revisão da atualidade europeia da semana, destacamos a tensão pela qual aram os novos membros da Comissão Europeia.

Antes de ocuparem os cargos, em novembro, têm de ar numa audição perante os eurodeputados e 21 já foram examinados. Os menos convincentes ainda não receberam a luz verde do Parlamento e um deles é o espanhol Miguel Arias Cañete.

Essa não foi a única audiência tempestuosa: com alguma ironia de calendário, o governo da França confirmou que ia continuar a ultraar o limite do défice até 2017, exatamente na semana em que Pierre Moscovici foi ouvido no Parlamento Europeu, algo que não ajudou o candidato francês.

Para analisar esta questão em maior profundida, a correspondente da euronews em Bruxelas, Audrey Tilve, entrevistou Jean Quatremer, correspondente em Bruxelas do jornal francês “Libération” e autor do blogue “Bastidores de Bruxelas”.

Audrey Tilve/euronews (AT/euronews): “As comissões parlamentares adiaram o seu veredicto sobre cinco comissários: o britânico Hill, o espanhol Cañete, o húngaro Navracsics, a checa Jourova e o francês Moscovici. A decisão será tomada na próxima semana. Na sua opinião, quais os comissários que podem ser postos de lado”?

Jean Quatremer /jornalista (JQ/jornalista): “Nenhum, vais ser tudo muito simples. E digo nenhum porque existe uma grande coligação de apoio à Comissão presidida por Jean-Claude Juncker, que reúne os conservadores do PPE, os liberais e os socialistas europeus.

Os três partidos juntos têm a maioria absoluta no Parlamento Europeu e entre eles há uma espécie de pacto de não agressão. As coisas começaram a correr mal no início da semana, porque os socialistas têm atacado comissários conservadores e vice-versa, nomeadamente o socialista Pierre Moscovici.

Foi um pouco “olho por olho, dente por dente”. E parecia encaminhar-se para uma guerra aberta ou uma espécie de jogo do tiro ao prato. Na quinta-feira à noite, fez-se um cessar-gogo. Jean-Claude Juncker foi falar com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e decidiram acalmar as coisas e tentar evitar que qualquer comissário seja enviado para casa”.

AT/euronews: “Falou de pacto de não-agressão e é verdade que aqui se utiliza o termo. Estamos perante um jogo de arranjinhos políticos"> Notícias relacionadas

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