{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/green/2025/03/20/greenpeace-condenada-a-pagar-mais-de-600-milhoes-de-euros-a-petrolifera-devido-a-protestos" }, "headline": "Greenpeace condenada a pagar mais de 600 milh\u00f5es de euros a petrol\u00edfera devido a protestos contra oleodutos nos EUA", "description": "A organiza\u00e7\u00e3o ambientalista afirmou anteriormente que o processo poderia lev\u00e1-la \u00e0 fal\u00eancia.", "articleBody": "A organiza\u00e7\u00e3o ambientalista Greenpeace ter\u00e1 de pagar mais de 660 milh\u00f5es de d\u00f3lares (606 milh\u00f5es de euros) de indemniza\u00e7\u00e3o na sequ\u00eancia de alega\u00e7\u00f5es de difama\u00e7\u00e3o, e outras queixas, apresentadas por uma empresa petrol\u00edfera no \u00e2mbito dos protestos contra a constru\u00e7\u00e3o do oleoduto Dakota Access, em Dakota do Norte, segundo a decis\u00e3o de um j\u00fari na quarta-feira (19 de mar\u00e7o).A Energy Transfer, sediada em Dallas, e a sua filial Dakota Access acusaram a Greenpeace International, sediada nos Pa\u00edses Baixos, a Greenpeace USA e a Greenpeace Fund Inc. de difama\u00e7\u00e3o, invas\u00e3o de propriedade, obstru\u00e7\u00e3o, conspira\u00e7\u00e3o e outros atos. A Greenpeace USA foi considerada respons\u00e1vel de todas as acusa\u00e7\u00f5es, sendo que as restantes foram dadas como culpadas de algumas. As indemniza\u00e7\u00f5es, que totalizam cerca de 666,9 milh\u00f5es de d\u00f3lares (613 milh\u00f5es de euros), ser\u00e3o repartidas pelas tr\u00eas entidades. O j\u00fari considerou que a Greenpeace USA deve pagar a maior parte da indemniza\u00e7\u00e3o, cerca de 404 milh\u00f5es de d\u00f3lares (371 milh\u00f5es de euros), enquanto a Greenpeace Fund Inc. e a Greenpeace International dever\u00e3o pagar, cada uma, cerca de 131 milh\u00f5es de d\u00f3lares (120 milh\u00f5es de euros).Greenpeace planeia recorrer da decis\u00e3oA Greenpeace afirmou anteriormente que uma indemniza\u00e7\u00e3o elevada a pagar \u00e0 empresa de oleodutos amea\u00e7aria levar a organiza\u00e7\u00e3o \u00e0 fal\u00eancia. Ap\u00f3s o veredito do j\u00fari, composto por nove pessoas, o consultor jur\u00eddico s\u00e9nior da Greenpeace afirmou que o trabalho do grupo \u201cnunca vai parar\u201d.\u201cEsta \u00e9 a mensagem realmente importante de hoje, e n\u00f3s estamos a sair daqui e vamos reunir-nos para decidir quais s\u00e3o os nossos pr\u00f3ximos os\u201d, referiu Deepa Panabha, em declara\u00e7\u00e3o aos jornalistas, no exterior do tribunal.A organiza\u00e7\u00e3o disse, mais tarde, que planeia recorrer da decis\u00e3o.\u201cA luta contra as grandes petrol\u00edferas n\u00e3o terminou hoje\u201d, afirmou Kristin Casper, conselheira geral da Greenpeace Internacional. \u201cSabemos que a lei e a verdade est\u00e3o do nosso lado.\u201dKristin Casper destacou que o grupo ir\u00e1 enfrentar a Energy Transfer em tribunal em julho, em Amesterd\u00e3o, num processo judicial contra a intimida\u00e7\u00e3o apresentado no m\u00eas ado.A Energy Transfer considerou o veredito de quarta-feira uma \u201cvit\u00f3ria\u201d para \u201cos americanos que compreendem a diferen\u00e7a entre o direito \u00e0 liberdade de express\u00e3o e a viola\u00e7\u00e3o da lei\u201d.\u201cEmbora estejamos satisfeitos pelo facto de a Greenpeace ter sido responsabilizada pelas suas a\u00e7\u00f5es contra n\u00f3s, esta vit\u00f3ria \u00e9 realmente para as pessoas de Mandan e de toda a Dakota do Norte que tiveram de viver o ass\u00e9dio di\u00e1rio e as perturba\u00e7\u00f5es causadas pelos manifestantes que foram financiados e treinados pela Greenpeace\u201d, disse a empresa, \u00e0 Associated Press.A empresa tinha referido anteriormente que a a\u00e7\u00e3o judicial no tribunal estatal tinha a ver com o facto de a Greenpeace n\u00e3o ter cumprido a lei e n\u00e3o com liberdade de express\u00e3o.Numa declara\u00e7\u00e3o, o advogado da Energy Transfer, Trey Cox, apontou: \u201cEste veredito indica claramente que, quando o direito de protestar pacificamente \u00e9 violado de forma ilegal e abusiva, tais a\u00e7\u00f5es ser\u00e3o responsabilizadas\u201d.O que est\u00e1 em causa?O caso remonta aos protestos de 2016 e 2017 contra o oleoduto Dakota Access e o facto de atravessar o rio Missouri a montante da reserva da tribo Sioux de Standing Rock. Durante anos, a tribo op\u00f4s-se ao projeto, alegando tratar-se de um risco para o seu abastecimento de \u00e1gua.O oleoduto multiestatal transporta cerca de 5% da produ\u00e7\u00e3o di\u00e1ria de petr\u00f3leo dos Estados Unidos, tendo come\u00e7ado a realizar esse processo em meados de 2017.Trey Cox afirmou que a Greenpeace levou a cabo um esquema para impedir a constru\u00e7\u00e3o do oleoduto. Durante as alega\u00e7\u00f5es iniciais, destacou ainda que a Greenpeace pagou a pessoas de fora da regi\u00e3o para se deslocarem \u00e0 zona e protestarem, enviou material necess\u00e1rio para as iniciativas, organizou ou coordenou a forma\u00e7\u00e3o de manifestantes e fez declara\u00e7\u00f5es falsas sobre o projeto para impedir a sua concretiza\u00e7\u00e3o.Os advogados das diferentes entidades da Greenpeace afirmaram que n\u00e3o havia provas relativamente \u00e0s alega\u00e7\u00f5es, que os funcion\u00e1rios da Greenpeace tinham pouco ou nenhum envolvimento nos protestos e que as organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o tinham nada a ver com os atrasos da Energy Transfer na constru\u00e7\u00e3o ou no refinanciamento.", "dateCreated": "2025-03-20T08:48:28+01:00", "dateModified": "2025-03-20T17:53:29+01:00", "datePublished": "2025-03-20T17:53:29+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F12%2F70%2F94%2F1440x810_cmsv2_5a06e305-7ae0-5611-846e-51a35d9fc329-9127094.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Representantes da Greenpeace falam com os jornalistas no exterior do Tribunal do Condado de Morton, no Dakota do Norte, EUA. ", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F12%2F70%2F94%2F432x243_cmsv2_5a06e305-7ae0-5611-846e-51a35d9fc329-9127094.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias verdes" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Greenpeace condenada a pagar mais de 600 milhões de euros a petrolífera devido a protestos contra oleodutos nos EUA

Representantes da Greenpeace falam com os jornalistas no exterior do Tribunal do Condado de Morton, no Dakota do Norte, EUA.
Representantes da Greenpeace falam com os jornalistas no exterior do Tribunal do Condado de Morton, no Dakota do Norte, EUA. Direitos de autor AP Photo/Jack Dura
Direitos de autor AP Photo/Jack Dura
De Jack Dura com AP
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

A organização ambientalista afirmou anteriormente que o processo poderia levá-la à falência.

PUBLICIDADE

A organização ambientalista Greenpeace terá de pagar mais de 660 milhões de dólares (606 milhões de euros) de indemnização na sequência de alegações de difamação, e outras queixas, apresentadas por uma empresa petrolífera no âmbito dos protestos contra a construção do oleoduto Dakota Access, em Dakota do Norte, segundo a decisão de um júri na quarta-feira (19 de março).

A Energy Transfer, sediada em Dallas, e a sua filial Dakota Access acusaram a Greenpeace International, sediada nos Países Baixos, a Greenpeace USA e a Greenpeace Fund Inc. de difamação, invasão de propriedade, obstrução, conspiração e outros atos.

A Greenpeace USA foi considerada responsável de todas as acusações, sendo que as restantes foram dadas como culpadas de algumas. As indemnizações, que totalizam cerca de 666,9 milhões de dólares (613 milhões de euros), serão repartidas pelas três entidades.

O júri considerou que a Greenpeace USA deve pagar a maior parte da indemnização, cerca de 404 milhões de dólares (371 milhões de euros), enquanto a Greenpeace Fund Inc. e a Greenpeace International deverão pagar, cada uma, cerca de 131 milhões de dólares (120 milhões de euros).

Greenpeace planeia recorrer da decisão

A Greenpeace afirmou anteriormente que uma indemnização elevada a pagar à empresa de oleodutos ameaçaria levar a organização à falência.

Após o veredito do júri, composto por nove pessoas, o consultor jurídico sénior da Greenpeace afirmou que o trabalho do grupo “nunca vai parar”.

“Esta é a mensagem realmente importante de hoje, e nós estamos a sair daqui e vamos reunir-nos para decidir quais são os nossos próximos os”, referiu Deepa Panabha, em declaração aos jornalistas, no exterior do tribunal.

A organização disse, mais tarde, que planeia recorrer da decisão.

“A luta contra as grandes petrolíferas não terminou hoje”, afirmou Kristin Casper, conselheira geral da Greenpeace Internacional. “Sabemos que a lei e a verdade estão do nosso lado.”

Kristin Casper destacou que o grupo irá enfrentar a Energy Transfer em tribunal em julho, em Amesterdão, num processo judicial contra a intimidação apresentado no mês ado.

A Energy Transfer considerou o veredito de quarta-feira uma “vitória” para “os americanos que compreendem a diferença entre o direito à liberdade de expressão e a violação da lei”.

“Embora estejamos satisfeitos pelo facto de a Greenpeace ter sido responsabilizada pelas suas ações contra nós, esta vitória é realmente para as pessoas de Mandan e de toda a Dakota do Norte que tiveram de viver o assédio diário e as perturbações causadas pelos manifestantes que foram financiados e treinados pela Greenpeace”, disse a empresa, à Associated Press.

A empresa tinha referido anteriormente que a ação judicial no tribunal estatal tinha a ver com o facto de a Greenpeace não ter cumprido a lei e não com liberdade de expressão.

Numa declaração, o advogado da Energy Transfer, Trey Cox, apontou: “Este veredito indica claramente que, quando o direito de protestar pacificamente é violado de forma ilegal e abusiva, tais ações serão responsabilizadas”.

O que está em causa?

O caso remonta aos protestos de 2016 e 2017 contra o oleoduto Dakota Access e o facto de atravessar o rio Missouri a montante da reserva da tribo Sioux de Standing Rock.

Durante anos, a tribo opôs-se ao projeto, alegando tratar-se de um risco para o seu abastecimento de água.

Manifestantes contra a expansão do oleoduto Dakota Access caminham nas águas frias do riacho e enfrentam a polícia local, perto de Cannon Ball, Dakota do Norte, em 2016.
Manifestantes contra a expansão do oleoduto Dakota Access caminham nas águas frias do riacho e enfrentam a polícia local, perto de Cannon Ball, Dakota do Norte, em 2016.AP Photo/John L. Mone

O oleoduto multiestatal transporta cerca de 5% da produção diária de petróleo dos Estados Unidos, tendo começado a realizar esse processo em meados de 2017.

Trey Cox afirmou que a Greenpeace levou a cabo um esquema para impedir a construção do oleoduto. Durante as alegações iniciais, destacou ainda que a Greenpeace pagou a pessoas de fora da região para se deslocarem à zona e protestarem, enviou material necessário para as iniciativas, organizou ou coordenou a formação de manifestantes e fez declarações falsas sobre o projeto para impedir a sua concretização.

Os advogados das diferentes entidades da Greenpeace afirmaram que não havia provas relativamente às alegações, que os funcionários da Greenpeace tinham pouco ou nenhum envolvimento nos protestos e que as organizações não tinham nada a ver com os atrasos da Energy Transfer na construção ou no refinanciamento.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Greenpeace abre delegação em Portugal e traz quebra-gelo Artic Sunrise a Lisboa e Porto

Governo neerlandês obrigado a reduzir as emissões de azoto até 2030: vitória legal para a Greenpeace

Greenpeace pede proibição do fracking na Hungria