O estudo comparou os transportes em 24 cidades da Europa.
PUBLICIDADEViajar de uma forma mais ecológica é, cada vez mais, uma preocupação, principalmente, quando as deslocações são feitas em grandes cidades, famosas pelo trânsito intenso e poluição.
Um novo estudo revelou as cinco principais cidades da Europa que oferecem as opções de transporte mais ecológicas.
A investigação do Smart City Expo World Congress descobriu que Londres, Amesterdão e Viena têm, oficialmente, os transportes mais ecológicos, com Berlim e Helsínquia a completarem top cinco.
A redução das emissões de carbono é uma prioridade global e a Europa tem como objetivo reduzir as emissões dos automóveis em 55% até 2030.
Embora seja uma quantidade significativa, é exequível, com as autoridades e os cidadãos cada vez mais conscientes da necessidade de implementar mudanças na forma como nos deslocamos nas cidades, bem como de melhorar os transportes nos nossos principais centros.
O Smart City Expo World Congress, que decorrerá em Barcelona de 5 a 7 de novembro, centra-se nas cidades e na inovação urbana, ajudando-as a tornarem-se locais mais ecológicos para viver.
Antes do seu início, a organização analisou 24 grandes cidades europeias, classificando-as da melhor para a pior em termos de transportes mais ecológicos. Eis o que o estudo revelou.
Que cidades da Europa têm os transportes mais ecológicos?
As cidades foram classificadas de acordo com os seus sistemas de bicicletas partilhadas, percursos para bicicletas, tarifas de autocarro, se têm autocarros elétricos, número de carros elétricos e pontos de recarga. O estudo também teve em conta os níveis de poluição atmosférica em cada cidade, bem como o número de aeroportos.
Londres: vitória nos autocarros elétricos, mas fracasso nos aeroportos
Londres liderou decisivamente a lista com um índice de 5,87 em dez e foi elogiada pelo seu empenhamento nos transportes ecológicos.
Não só possui cerca de 80 000 veículos elétricos e uma vasta rede de mais de 11 500 carregadores, como a sua frota de quase 1400 autocarros elétricos também foi elogiada.
Londres ficou aquém do esperado devido ao seu número de aeroportos - seis, o maior número de todas as cidades apresentadas -, bem como à relativa falta de empresas públicas de aluguer de bicicletas e às ciclovias bastante curtas.
Amesterdão: a capital da bicicleta é amiga dos veículos elétricos
Amesterdão é conhecida pela sua cultura de ciclismo.
Em segundo lugar, com uma pontuação de 5,71 em dez, a capital holandesa tem uns impressionantes 858 km de ciclovias, bem como cinco opções de aluguer de bicicletas públicas.
Também oferece cerca de 13.549 estações de carregamento de veículos elétricos, o que mostra que Amesterdão serve tanto os ciclistas como os condutores interessados em utilizar veículos elétricos e diminuir a sua pegada de carbono.
Viena: bicicletas partilhadas e caminhos a condizer
A capital da Áustria assegura o terceiro lugar com uma pontuação de 5,70 em 10.
Viena promove o transporte sustentável através dos seus extensos 1300 km de ciclovias e de seis empresas de aluguer de bicicletas.
Tem também uma frota de 150 autocarros elétricos e apenas um aeroporto, o que facilita a escolha de opções de transporte mais amigas do ambiente.
Berlim: ciclovias em abundância, mas os autocarros não são baratos
Com uma pontuação de 5,52 em 10, Berlim está em quarto lugar. A capital alemã tem cerca de 30.000 veículos elétricos nas estradas, bem como mais de 3.500 estações de carregamento de veículos elétricos.
A pesquisa revelou que a cidade está a demonstrar um compromisso com os transportes ecológicos, apesar de uma tarifa média de autocarro de 3,20 euros - uma das mais elevadas entre os 24 países estudados.
Berlim também tem 1.000 km de rotas de ciclismo e 6 opções de aluguer de bicicletas, o que significa que é uma escolha atrativa para residentes e viajantes ativos e com consciência ecológica - e para aqueles que não querem apanhar o autocarro.
Helsínquia: a capital da nação mais feliz tem ar puro
A fechar os cinco primeiros lugares, com uma pontuação de 5,36 em 10, está Helsínquia.
A capital finlandesa possui as rotas de ciclismo mais longas de todas as cidades analisadas, com 1.300 km.
É também o lar de mais de 25.000 veículos elétricos, 146 estações de carregamento e uma frota de 428 autocarros elétricos.
Tem também, de longe, o nível de poluição atmosférica mais baixo de todas as cidades estudadas, solidificando Helsínquia entre as cidades com transportes mais ecológicos.
Onde é que a Europa precisa de melhorar os seus transportes?
No outro extremo da escala está Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina, que tem a qualidade do ar mais baixa de toda a Europa e uma pontuação de transportes verdes de apenas 2,80.
A esta cidade juntam-se Skopje, a capital da Macedónia do Norte, e Vaduz, a capital do Liechtenstein. Ambas obtiveram maus resultados no que se refere aos autocarros elétricos e ao aluguer de bicicletas públicas e têm pontuações de Transportes Verdes de 3,07 e 3,28, respetivamente.
Também no fundo da lista estão a capital de Chipre, Nicósia, e a capital da Lituânia, Vilnius, que ficaram mal classificadas no que respeita à qualidade do ar e à falta de ciclovias. Receberam pontuações de 3,64 e 3,76, o que significa que têm muito a melhorar numa altura em que a Europa está a tentar reduzir as suas emissões de carbono.