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França pode vir a transformar resíduos radioativos em talheres

Ativistas protestam contra a energia nuclear.
Ativistas protestam contra a energia nuclear. Direitos de autor AP Photo/Michel Euler
Direitos de autor AP Photo/Michel Euler
De Ruth WrightJuliette Laffont
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A Suécia e a Alemanha já têm forma de reciclar materiais após o encerramento de centrais nucleares.

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O que fazer com uma central nuclear depois de encerrada?

A empresa sa de energia EDF encontrou uma resposta inovadora após o encerramento da central de Fessenheim: transformar alguns dos materiais que restaram em garfos, as e puxadores de portas.

Felizmente, isto não significa que as mesas de França estejam postas com talheres radioativos.

Apenas os metais "muito pouco radioativos" vão ser transformados em ferro fundido ou aço, segundo a empresa. Os outros materiais vão ser enviados para instalações de tratamento de resíduos nucleares.

Se for aprovado, o novo centro de reciclagem vai estender-se por 15 hectares perto da fábrica que foi fechada.

"Isto iria permitir processar 500 mil toneladas de metais de baixa radioatividade durante um período de quarenta anos", declarou Laurent Jarry, antigo diretor das instalações da EDF em Fessenheim, ao jornal online francês Reporterre.

Há quem diga que o material radioativo nunca é seguro

Estes metais de baixa radioatividade são essencialmente entulho, terra ou sucata provenientes do desmantelamento ou do funcionamento de instalações nucleares ou de indústrias convencionais que usam materiais naturalmente radioativos.

Livrar-se deste tipo de material é sempre uma dor de cabeça para os fabricantes, uma vez que têm de pagar para o armazenar a longo prazo, se não for possível encontrar outra solução.

Apesar de os planos da EDF serem uma novidade em França, a Suécia, a Alemanha e os Estados Unidos já utilizam uma técnica semelhante para "limpar" a radioatividade dos metais antes de os fundir em lingotes para reutilização.

Mas nem todos são a favor de dar uma segunda vida aos materiais radioativos. Por isso, o público pode votar no projeto até fevereiro de 2025.

Ativistasantinucleares afirmam que não existe um limite inofensivo para a exposição à radioatividade e que qualquer dose, por mais baixa que seja, apresenta riscos para a saúde humana, como o aumento das probabilidades de desenvolver alguns tipos de cancro.

Por isso, o código de saúde pública francês teria de ser alterado para que a central de reciclagem pudesse avançar. Seria também preciso uma autorização ambiental.

Alteração da legislação sa permite que os resíduos pouco radioativos possam ser reciclados

Tal como a Comissão sa de Investigação e Informação Independente sobre a Radioatividade (CRIIRAD) demonstrou, num estudo de 2021, uma pequena quantidade de radioatividade vai permanecer sempre no produto reciclado (com uma quantidade variável em função do metal).

Até 2022, a legislação sa proibia a recuperação de resíduos pouco radioativos, com base no princípio de que todos os resíduos de uma instalação nuclear são radioativos. A própria Autoridade sa de Segurança Nuclear (ASN) opôs-se inicialmente a esta ideia, receando que os materiais radioativos pudessem entrar inadvertidamente em o com o público.

Este princípio de precaução francês era a exceção na Europa, até que um decreto ministerial publicado em fevereiro de 2022 tornou possível a reciclagem de resíduos pouco radioativos em determinadas condições.

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