Réplica do fundo do mar usa a tecnologia dos últimos 20 anos e ajuda a responder às perguntas dos políticos, explica o diretor-geral da Mercator Ocean International.
O Gémeo Digital Europeu do Oceano (European Digital Twin of the Ocean) visa criar um modelo virtual dos oceanos, partir de dados de satélites, sensores, inteligência artificial e supercomputadores. Vai ajudar cientistas, empresas e políticos a compreender melhor o fundo do mar e, sobretudo, testar ideias e desenvolver indústrias oceânicas sustentáveis.
O Gémeo Digital Europeu do Oceano está a ser desenvolvido através de dois projetos financiados pela União Europeia, o EDITO-Infra e o EDITO Model Lab. Os projetos são liderados pela Mercator Ocean International, uma organização sem fins lucrativos em transição para uma organização intergovernamental, com sede na cidade sa de Toulouse.
A Euronews falou com o diretor-geral da Mercator Ocean International, Pierre Bahurel, durante o Fórum Digital Europeu para os Oceanos, em Bruxelas, onde foi apresentada a a infraestrutura principal do Gémeo Digital do Oceano.
“Um gémeo digital do oceano é uma réplica digital do verdadeiro oceano”, explicou Bahurel. “Brincamos com ele para entender qual o impacto das nossas ações.”
O diretor-geral da Mercator Ocean International também explicou que este projetos beneficiam de toda a tecnologia que foi desenvolvida ao logo das últimas duas décadas, como satélites, modelos ou servicços como o Copernicus Marine.
No entanto, à tecnologia acresce também, a maior importância dos oceanos na agenda política, que agora são tema de conferências e mencionados em acordos.
“Os decisores políticos estão a perguntar-nos sobre o oceano e nós estamos prontos para lhes responder”, diz Pierre Bahurel, concluindo que há uma convergência entre a tecnologia e a procura.