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Thierry Mounib, presidente da associa\u00e7\u00e3o \u0022Bien Vivre \u00e0 Pierre-B\u00e9nite\u0022: \u0022Todos os dias, h\u00e1 pais que v\u00eam ver-me e dizem-me o que se a na sua fam\u00edlia: 'Fomos embora de Pierre-B\u00e9nite quando o nosso filho morreu, com 9 anos, de um cancro dos test\u00edculos'. Poder\u00e1 ter algo a ver com os PFAS? Talvez, porque \u00e9 um tipo de cancro que pode ser causado pelos PFAS.\u0022 Um inqu\u00e9rito recente revelou n\u00edveis alarmantes de contamina\u00e7\u00e3o no sangue dos habitantes da \u00e1rea.\u00a0 Thierry denuncia a falta de a\u00e7\u00e3o dos pol\u00edticos:\u00a0 \u0022Os nossos eleitos tentam assegurar a popula\u00e7\u00e3o. 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A difícil batalha contra os "poluentes eternos"

Fábrica da Arkema em Pierre-Bénite
Fábrica da Arkema em Pierre-Bénite Direitos de autor euronews
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De Anne Devineaux
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Nos arredores da cidade sa de Lyon, a fábrica da Arkema é acusada de largar químicos PFAS no ambiente circundante

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Em Pierre-Bénite, nos arredores da cidade sa de Lyon, a fábrica do gigante da indústria química Arkema é alvo de múltiplas acusações. 

Durante décadas, toneladas de substâncias perfluoroalquiladas ou PFAS, mais conhecidas pela designação de "poluentes eternos", foram largadas no ambiente circundante, um escândalo revelado no ano ado por uma investigação jornalística.

Thierry Mounib, presidente da associação "Bien Vivre à Pierre-Bénite":"Todos os dias, há pais que vêm ver-me e dizem-me o que se a na sua família: 'Fomos embora de Pierre-Bénite quando o nosso filho morreu, com 9 anos, de um cancro dos testículos'. Poderá ter algo a ver com os PFAS? Talvez, porque é um tipo de cancro que pode ser causado pelos PFAS."

Um inquérito recente revelou níveis alarmantes de contaminação no sangue dos habitantes da área. 

Thierry denuncia a falta de ação dos políticos: "Os nossos eleitos tentam assegurar a população. Segundo as declarações do nosso deputado, não vale a pena alarmar a população porque, de qualquer forma, não há solução."

No solo, no ar e na água, os "poluentes eternos" estão por todo o lado. 

Nas hortas a curta distância da fábrica, as conversas oscilam entre inquietude e ira.

 Habitantes e associações lançaram uma ação na Justiça contra a Arkema, num processo penal inédito em França.

O objetivo é conseguir que o grupo francês pague um estudo a longo prazo sobre a saúde dos habitantes da zona e obter uma redução imediata das emissões tóxicas.

Camille Panisset, diretora da associação "Notre Affaire à Tous":"A Arkema produz PFAS deste 1957. E, segundo o relatório da IGEDD (Inspeção Geral do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável), são deitadas 3,5 toneladas de PFAS para o rio Ródano em cada ano. Desde outubro do ano ado, depois de um decreto da prefeitura, começaram a filtrar. Mas hoje temos ainda uma dezena de quilos por mês. Na providência cautelar, exigimos que seja menos de um quilo."

Questionada sobre o assunto, a Arkema não quis comentar o processo legal, sublinhando que "as regras sas e europeias estão entre as mais estritas do mundo".

Ao nível europeu, o uso de substâncias químicas é enquadrado pelo regulamento REACH. A revisão do texto está em curso, mas atrasada, nomeadamente devido à batalha em Bruxelas com os industriais.

Marie Toussaint, eurodeputada EELV:"Alguns compostos perfluorados foram proibidos pela legislação europeia, mas uma grande parte, mais de 10.000 substâncias, continuam a estar autorizadas na Europa. Na realidade, temos muito pouco controlo sobre o estado das águas, dos solos e dos habitantes que podem ser intoxicados."

Nos últimos meses, cinco países europeus - Alemanha, Países Baixos, Dinamarca, Suécia e Noruega - pediram uma proibição total dos PFAS e a questão está agora a ser analizada.

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