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As cidades património da Unesco face às alterações climáticas: o caso de Lübeck

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As cidades património da Unesco face às alterações climáticas:  o caso de Lübeck
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De Jeremy Wilks
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Devido à sua posição particular, Lübeck afirmou-se como um importante centro comercial medieval, mas, hoje, tornou-se vulnerável ao aumento do nível das águas.

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A cidade alemã de Lübeck é uma das cidades património mundial da Unesco ameaçada pelas alterações climáticas*.

Fundada em 1143, Lübeck é célebre pelas igrejas góticas e palácios. Devido à sua posição particular, afirmou-se como um importante centro comercial medieval, mas, hoje, tornou-se vulnerável face aumento do nível das águas. Situada à beira do rio Trave, Lübeck não está protegida do Mar Báltico. 

As autoridades da cidade alemã querem preservar o património para as gerações futuras, o que implica enfrentar o desafio das alterações climáticas. O primeiro o é avaliar os riscos.

"Não estamos a falar apenas de cheias quando o nível do mar sobe, mas também de chuvas fortes. E secas extremas. É isso que está em causa. Já começámos a elaborar um plano e claro já estamos a trabalhar", afirmou Catharina Vogel, coordenadora do gabinete que se ocupa do estatuto de Lubeck como Património Mundial da Unesco.

Especialistas afirmam que é preciso agir

A euronews falou com Arne Arns que aconselha a cidade alemã em relação aos riscos futuros, com base em cenários climáticos e registos históricos.

"Vemos aqui a marca da maré alta da tempestade de 1872. E este evento foi a maior tempestade registada aqui nos últimos mil anos. E se imaginarmos que o nível do mar vai subir cerca de um metro, talvez até um metro e meio, nos próximos cem anos, isso significa que poderemos enfrentar as piores cheias de sempre", considerou Arne Arns, professor de engenharia especializado nas zonas costeiras, da Universidade de Rostock.

A preparação para os efeitos das alterações climáticas levanta muitas questões, mas, para Arne Arns é necessário agir.

"Olhando para esta área, vemos que estamos relativamente limitados em termos de espaço. E por isso temos tendência a ser bastante inflexíveis quando se trata de desenvolver ou instalar mecanismos de proteção. A única coisa que podemos fazer aqui é evitar que as águas entrem no rio Trave ou conceber um elemento de proteção aqui, no local, como um muro de proteção contra cheias", frisou Arne Ans.

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Arne Arns, professor de engenharia especializado nas zonas costeiras, da Universidade de Rostockeuronews

Como preparar-se para as cheias?

Jan Dohmeyer, residente em Lübeck, está a restaurar a casa e a instalar bombas de drenagem e barreiras contra cheias. "A água sobe 2 milímetros, 3 milímetros por ano. Não é muito, mas em dez anos é muito e em 20 anos é muito. E os nossos filhos têm três e cinco anos. O que vai acontecer daqui a 50 anos? Já estamos preocupados com isso”, disse à euronews Jan Dohmeyer.

Os dados do Serviço de Alterações Climáticas Copernicus

A nível global, o mês de junho foi o quarto mais quente, desde que há registo, com temperaturas 0,2 graus Celsius acima da média de 1991-2020. Junho de 2021 fica marcado por uma série de ondas de calor. A Sibéria registou temperaturas acima da média. A cidade de Yakutsk atingiu um novo recorde: 35,1 graus em junho.

Na América do Norte o mês de junho foi o mais quente desde que há registo. Lytton, no Canadá, ficou destruída por incêndios florestais, depois de atingir um novo recorde para o país: 49,6 graus.

Na Finlândia, o mês de junho foi o mais quente desde que há registo. Helsínquia bateu um novo recorde para o mês de junho: 31,7 graus. Na Finlândia e nos estados bálticos esteve muito mais quente do que a média no mês ado. 

Registou-se um tempo mais frio do que a média em todo o Mar Negro e na Península Ibérica. Em relação à anomalia de precipitação, houve, de novo, muito mais chuva do que a média no Mar Negro e em toda a Europa Ocidental.

*Esta reportagem foi realizada antes das cheias que mataram mais de 160 pessoas na Alemanha

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