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Pressão comercial europeia leva Tailândia a fazer pesca sustentável

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Em 2015, a União Europeia atribuiu à Tailândia o chamado cartão amarelo. Devido ao receio de deixar de poder vender para o mercado europeu, o país decidiu fazer reformas.

A pesca ilegal é uma das maiores ameaças ambientais. Estima-se que 20% da pesca mundial é ilegal, não declarada ou desregulada, o que representa dez mil milhões de euros por ano. A Tailândia era um dos países com práticas duvidosas na área da pesca. Nesta edição de Ocean, vamos ver como é que o país conseguiu resolver o problema.

"Há 30 anos que patrulho o mar. No ado, não tinha grande controlo sobre a pesca. Eles estavam a dizimar o oceano, pescavam peixes grandes e pequenos durante o período de reprodução. Agora, com as novas leis, as coisas mudaram", contou Jaroonsak Petchsri, diretor da Patrulha Regional das Pescas da Tailândia.

Durante anos, na Tailândia, os limites de captura eram ignorados e os barcos pescavam em áreas protegidas. Várias espécies foram dizimadas.

O peixe tailandês destinava-se sobretudo à exportação e acabava no prato dos europeus. O país começou a ser alvo de pressão para por fim à sobrepesca.

Em 2015, a União Europeia atribuiu à Tailândia o chamado cartão amarelo: se as autoridades tailandesas não resolvessem o problema, deixariam de poder vender para o mercado europeu. O país decidiu fazer reformas.

"Estou à vontade com as inspeções, penso que a pesca ilegal tem de acabar. Agora os barcos têm um sistema de localização por satélite, há inspeções no porto, declaramos tudo o que pescamos todos os dias, agora é muito difícil pescar ilegalmente", disse à euronews Prasitchai Woraratyanont, capitão de uma embarcação de pesca.

A cidade de Mahachai, a quarenta quilómetros de Banguecoque, é um dos maiores centros piscatórios da Tailândia. O peixe e o marisco ocupam um lugar de destaque na gastronomia tailandesa e dão emprego às comunidades locais.

A reforma do setor da pesca ou pela introdução de novas tecnologias. Atualmente, as autoridades trabalham com um programa informático que fornece informação detalhada sobre a localização de cada embarcação. Em caso de atividade suspeita, o computador lança o alerta e recomenda uma inspeção.

"Consideramos que é muito importante educar os pescadores e explicar-lhes as leis que devem seguir., Estas inspeções permitem-nos assegurar que tudo está em ordem, em relação à embarcação, aos trabalhadores e às capturas", disse Sagultem Peera, diretor do Porto de Samut Sakhon.

Barcos tailandeses controlados com sistema de localização

Recentemente, a instalação de um sistema de localização por satélite nos barcos tornou-se obrigatória. As autoridades inspecionam as embarcações para ver se o sistema funciona corretamente.

Desde 2018, o centro de monitorização da Pesca em Banguegoque é capaz de seguir o rasto de seiscentas embarcações.

"Recebemos dados sobre a velocidade e a direção seguida por cada barco em tempo real. Se uma traineira abranda e começa a pescar numa zona onde há restrições começamos imediatamente o procedimento para intercetá-la", disse Bundit Kullavanijaya, diretor do Grupo de Trabalho para a Monitorização das Embarcações, no Departamento de Pesca da Tailândia.

As autoridades tailandesas reforçaram também o controlo alfandegário. Os contentores com peixe congelado são inspecionados com um sistema de raio-X. Durante muitos anos, a pesca ilegal de vários países ava pela Tailândia para chegar à Europa. Foi uma das razões pelas quais o país recebeu o cartão amarelo da União Europeia em 2015.

O chamado "branqueamento de peixe", uma referência ao branqueamento de capitais, merece uma atenção especial. O objetivo da fiscalização é evitar que as fábricas tailandesas comprem contentores carregados de peixe proveniente de pequenas embarcações de países terceiros que pescam ilegalmente.

Tailândia reconhece benefícios da pressão europeia

A Tailândia aderiu a um acordo internacional para combater a pesca ilegal, o que significa que as embarcações estrangeiras só podem atracar nos portos tailandesas se forem certificadas.

"Agora, as nossas leis foram alteradas, podemos controlar e inspecionar as embarcações estrangeiras. O sistema é muito eficaz, podemos retraçar cada lata de atum e conhecer o barco que o pescou", contou Jamaree Rakbangleam, inspetor portuário.

Em janeiro, a União Europeia reconheceu os progressos realizados pela Tailândia na área da pesca. O país pode continuar a exportar peixe para a Europa. As autoridades tailandesas reconhecem que a pressão europeia ajudou o governo a convencer os pescadores a aceitar o reforço do controlo.

"Como maior importador de marisco do mundo, penso que a União Europeia usou o seu poder para resolver o problema. Por isso, não nos queixamos de ter recebido um cartão amarelo. Para nós, o cartão amarelo foi um alerta, uma forma de nos obrigar a olhar para o problema e tentar fazer algo importante para resolvê-lo", concluiu Adisorn Promthep, diretor-geral do Departamento de Pesca da Tailândia.

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