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Morreu Marisa Paredes, uma das musas de Pedro Almodóvar

Marisa Paredes
Marisa Paredes Direitos de autor Paul White/AP
Direitos de autor Paul White/AP
De Roberto Macedonio Vega
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A atriz espanhola tinha 78 anos e entrou em mais de 70 filmes e 80 séries ao longo da carreira. O chefe do governo de Espanha, Pedro Sánchez, já lamentou a sua morte.

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Morreu, esta terça-feira, a atriz espanhola Marisa Paredes, uma das maiores intérpretes do seu país e uma das musas de Pedro Almodóvar, com mais de 70 filmes e 80 séries de televisão no ativo. Tornou-se presidente da Academia Espanhola de Cinema e recebeu em 2018 o Goya de Honra pela sua longa carreira, a juntar aos outros dois Goyas que venceu em 1996 e 1988.

Foi a Academia quem comunicou a sua morte na manhã desta terça-feira. A atriz morreu aos 78 anos de idade. Paredes também desenvolveu a sua carreira fora de Espanha, trabalhando com sucesso em países como França, Itália e México.

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, reagiu à notícia no X:

O primeiro-ministro espanhol transmitiu “um abraço sincero à família e entes queridos” e disse estar “devastado pela notícia da morte de Marisa Paredes, uma das atrizes mais importantes que o nosso país alguma vez produziu”. A sua presença no cinema e no teatro e o seu empenhamento na democracia serão um exemplo para as gerações vindouras”, acrescentou Pedro Sánchez.

Na mesma linha, o ministro espanhol da Cultura, Ernest Urtasun, lamentou esta perda. "Recordaremos o seu talento, a sua voz, a elegância ética e o compromisso de alguém que encarnou o mais alto nível da cultura espanhola”, afirmou numa publicação no X.

Musa de Pedro Almodóvar

É considerada uma “chica Almodóvar” e trabalhou com alguns dos mais importantes realizadores europeus. O seu primeiro papel surgiu aos 14 anos, quando se estreou no filme de José Osuna Esta noche no, em 1961. “Muitos realizadores confiaram em mim e também tiveram a sorte de eu ter confiado neles”, disse ao receber o Goya de Honra.

A nível europeu, fez parte do elenco de filmes memoráveis como A Vida é Bela (Roberto Benigni) ou Ninguém Escreve ao Coronel. Também atuou em A Espinha do Diabo de Guillermo del Toro.

Entre os inúmeros prémios que recebeu ao longo da extensa carreira contam-se o Prémio Nacional de Cinematografia e a Medalha de Ouro de Mérito nas Belas Artes.

Muitos dos seus filmes mais recordados são os que realizou com Pedro Almodóvar, em cujo universo interpretou algumas das suas personagens mais memoráveis em filmes como Tudo Sobre a Minha Mãe, vencedor do Óscar em 1999, A Pele que Habito e Saltos Altos.

Compromisso político com a esquerda

A sua posição política de esquerda também tem sido pública, tornando-se por vezes uma voz desta ideologia. Gerou polémica no funeral de Concha Velasco, quando a presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, chegou e Paredes lhe disse: “O que está a fazer aqui? Saia!"

Foi também crítica do governo de José María Aznar durante a Guerra do Iraque. Num discurso como presidente da Academia, afirmou: “É preciso ter medo da ignorância e do dogmatismo. É preciso ter medo da guerra”.

Marisa Paredes deixa um imenso vazio no mundo da representação e um legado memorável. O seu talento tornou-a um ícone do cinema espanhol e europeu e uma verdadeira lenda.

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