O diagnóstico de cancro de Harvey Weinstein surge numa altura em que este aguarda o seu novo julgamento na prisão.
Harvey Weinstein foi diagnosticado com uma forma de cancro da medula óssea chamada leucemia mieloide crónica, segundo informaram fontes que afirmam que Weinstein está a receber tratamento na prisão, citadas pela imprensa norte-americana.
O representante legal de saúde de Weinstein em Nova Iorque, Craig Rothfeld, recusou-se a comentar o diagnóstico: "Por respeito à privacidade do Sr. Weinstein, não faremos mais comentários".
Também Juda Engelmayer, porta-voz do norte-americano, disse à imprensa que Rothfeld "expressa profunda consternação com a especulação em torno da condição médica do Sr. Weinstein". "É preocupante e inaceitável que assuntos de saúde tão privados e confidenciais se tenham tornado num assunto de discussão pública", afirmou.
A leucemia mieloide crónica é uma forma rara de cancro que afeta a medula óssea e os glóbulos brancos. É mais comum em pessoas com mais de 65 anos e tende a desenvolver-se de forma lenta. Por norma, responde bem aos tratamentos, prolongando "a fase crónica por tempo indeterminado", sendo a "esperança de vida destes doentes idêntica à da população em geral", segundo é explicado no site da Associação Portuguesa contra Leucemia.
No mês ado, Weinstein, de 72 anos, foi levado de urgência para o Bellevue Hospital,** em Manhattan, para um procedimento médico de emergência para remover líquido do coração e dos pulmões, depois de se ter queixado de dores no peito. Mais tarde, Rothfeld confirmou que se tratava de uma cirurgia de pericardiocentese.
No início do ano, o produtor estava numa situação de saúde "desastrosa" e utilizou uma cadeira de rodas nas últimas audiências em tribunal.
Weinstein está atualmente detido em Rikers Island, em Nova Iorque, enquanto aguarda um novo julgamento a 12 de novembro, depois de um tribunal de recurso ter anulado as suas condenações por violação e agressão sexual em 2020.
Weinstein foi considerado culpado em 24 de fevereiro de 2020 dos crimes de violação de primeiro e terceiro grau e condenado a 23 anos de prisão.
Em setembro, Weinstein enfrentou uma nova acusação de crime sexual depois de uma nova alegada vítima falar sobre as alegadas ações que ele tinha cometido contra ela. A mulher, que não foi identificada, acusou-o de a ter forçado a fazer sexo oral num hotel de Manhattan, na primavera de 2006.
Weinstein negou que tenha violado ou agredido sexualmente alguém.