{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/cultura/2024/08/12/celine-dion-critica-donald-trump-por-nao-ter-autorizado-a-utilizacao-do-tema-de-titanic" }, "headline": "C\u00e9line Dion critica Donald Trump por \u0022n\u00e3o ter autorizado\u0022 a utiliza\u00e7\u00e3o do tema de \u0022Titanic\u0022", "description": "Acreditamos que Trump e a sua equipa n\u00e3o t\u00eam sensibilidade para as refer\u00eancias culturais...", "articleBody": "Uma escolha estranha. Talvez bizarramente inapropriada. Ainda assim, uma escolha n\u00e3o autorizada.A equipa da cantora canadiana C\u00e9line Dion emitiu um comunicado, no qual afirma que Donald Trump n\u00e3o tinha o direito de utilizar a sua can\u00e7\u00e3o \u0022My Heart Will Go On\u0022 durante um com\u00edcio da campanha presidencial em Montana. A utiliza\u00e7\u00e3o da can\u00e7\u00e3o vencedora de um \u00d3scar do filme Titanic de 1997 n\u00e3o foi \u0022de forma alguma\u0022 autorizada e Dion \u0022n\u00e3o apoia esta utiliza\u00e7\u00e3o ou qualquer outra semelhante\u0022.A declara\u00e7\u00e3o dizia: \u0022hoje, a equipa de gest\u00e3o de Celine Dion e a sua editora discogr\u00e1fica, Sony Music Entertainment Canada Inc, tomaram conhecimento da utiliza\u00e7\u00e3o n\u00e3o autorizada do v\u00eddeo, grava\u00e7\u00e3o, atua\u00e7\u00e3o musical e imagem de Celine Dion a cantar 'My Heart Will Go On' num com\u00edcio da campanha de Donald Trump / JD Vance em Montana. Esta utiliza\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 de forma alguma autorizada e Celine Dion n\u00e3o apoia esta utiliza\u00e7\u00e3o ou qualquer outra semelhante\u0022.O comunicado conclui: \u0022... E a s\u00e9rio, aquela can\u00e7\u00e3o?\u0022Mais uma vez, Trump e a sua equipa de campanha parecem ter pouca ou nenhuma consci\u00eancia quando se trata de... cultura.Ap\u00f3s a utiliza\u00e7\u00e3o n\u00e3o autorizada do hino LGBTQ+ do artista franc\u00eas Woodkid na semana ada - cuja ironia n\u00e3o ou despercebida a muitos - Trump utilizou agora uma can\u00e7\u00e3o que faz parte da banda sonora de um filme sobre um navio a afundar-se...Embora possa parecer um pouco prematuro rotular a campanha presidencial de Trump como um navio que se est\u00e1 a afundar, a falta de consci\u00eancia demonstrada pode ser classificada como uma trag\u00e9dia \u00e9pica.Isto acontece depois de Dion ter estado \u0022nos olhos do mundo\u0022 ap\u00f3s o seu regresso aos palcos na cerim\u00f3nia de abertura dos Jogos Ol\u00edmpicos de Paris. Apesar da sua luta contra a s\u00edndrome da pessoa r\u00edgida (SPS), Dion cantou \u0022L'Hymne \u00e0 l'amour\u0022 de Edith Piaf na cerim\u00f3nia de abertura.Dion est\u00e1 longe de ser a primeira artista a opor-se \u00e0 (m\u00e1) utiliza\u00e7\u00e3o das suas can\u00e7\u00f5es por Trump para fins de campanha eleitoral.Desde os Creedence Clearwater Revival a Tom Petty, ando por Neil Young, The Rolling Stones e Adele, todos eles criticaram Trump por utilizar as suas can\u00e7\u00f5es sem autoriza\u00e7\u00e3o.Outros casos incluem Bruce Springsteen que se op\u00f4s, em 2016, a que Trump usasse \u0022Born in the U.S.A.\u0022 como um hino patri\u00f3tico, quando na verdade \u00e9 uma acusa\u00e7\u00e3o contundente ao tratamento dos veteranos do Vietname (oh, a ironia mais uma vez)!Rihanna exigiu que Trump n\u00e3o utilizasse \u0022Don't Stop the Music\u0022 depois de a can\u00e7\u00e3o ter sido tocada num com\u00edcio em 2018. E, os R.E.M. ficaram indignados com a utiliza\u00e7\u00e3o de \u0022Losing My Religion\u0022, \u0022Everybody Hurts\u0022 e \u0022It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine)\u0022 em com\u00edcios.Em 2020, o esp\u00f3lio de Leonard Cohen emitiu uma declara\u00e7\u00e3o criticando a utiliza\u00e7\u00e3o n\u00e3o autorizada por Trump de \u0022Hallelujah\u0022 de Cohen na Conven\u00e7\u00e3o Nacional Republicana - tendo rejeitado especificamente a autoriza\u00e7\u00e3o para a sua utiliza\u00e7\u00e3o. De forma brilhante, acrescentou que s\u00f3 teria considerado realisticamente a aprova\u00e7\u00e3o da can\u00e7\u00e3o de Cohen \u0022You Want It Darker\u0022.No in\u00edcio deste ano, o esp\u00f3lio de Sin\u00e9ad O'Connor pediu a Trump que deixasse de utilizar a can\u00e7\u00e3o de sucesso de 1990, \u0022Nothing Compares 2 U\u0022, nos seus com\u00edcios pol\u00edticos, dizendo \u0022ao longo da sua vida, \u00e9 bem sabido que Sin\u00e9ad O'Connor viveu um c\u00f3digo moral definido pela honestidade, bondade, justi\u00e7a e dec\u00eancia para com os seus semelhantes. Por isso, foi com indigna\u00e7\u00e3o que soubemos que Donald Trump tem usado a sua interpreta\u00e7\u00e3o ic\u00f3nica de Nothing Compares 2 U nos seus com\u00edcios pol\u00edticos\u0022.A n\u00edvel legislativo, pol\u00edticos norte-americanos t\u00eam alguma margem de manobra no que toca a esta pr\u00e1tica de usar as can\u00e7\u00f5es a seu bel-prazer, levando os artistas discogr\u00e1ficos ao desespero.Na verdade, os pol\u00edticos americanos nem sempre precisam da autoriza\u00e7\u00e3o dos artistas, uma vez que as campanhas pol\u00edticas podem comprar pacotes de licen\u00e7a de direitos musicais, o que lhes d\u00e1 o a milh\u00f5es de can\u00e7\u00f5es para com\u00edcios pol\u00edticos.Os artistas t\u00eam, no entanto, o direito de retirar a sua m\u00fasica dessa lista.", "dateCreated": "2024-08-12T08:07:30+02:00", "dateModified": "2024-08-12T16:36:52+02:00", "datePublished": "2024-08-12T11:01:19+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F64%2F62%2F94%2F1440x810_cmsv2_deb2ea67-b096-57c6-80f6-832d3fce5c89-8646294.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "C\u00e9line Dion critica Donald Trump por \u0022n\u00e3o ter autorizado\u0022 a utiliza\u00e7\u00e3o do cl\u00e1ssico do Titanic ", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F64%2F62%2F94%2F432x243_cmsv2_deb2ea67-b096-57c6-80f6-832d3fce5c89-8646294.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Mouriquand", "givenName": "David", "name": "David Mouriquand", "url": "/perfis/2538", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "As not\u00edcias da Cultura" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Céline Dion critica Donald Trump por "não ter autorizado" a utilização do tema de "Titanic"

Céline Dion critica Donald Trump por "não ter autorizado" a utilização do clássico do Titanic
Céline Dion critica Donald Trump por "não ter autorizado" a utilização do clássico do Titanic Direitos de autor Evan Agostini/Invision/AP - AP Photo/Alex Brandon
Direitos de autor Evan Agostini/Invision/AP - AP Photo/Alex Brandon
De David Mouriquand
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Acreditamos que Trump e a sua equipa não têm sensibilidade para as referências culturais...

PUBLICIDADE

Uma escolha estranha. Talvez bizarramente inapropriada. Ainda assim, uma escolha não autorizada.

A equipa da cantora canadiana Céline Dion emitiu um comunicado, no qual afirma que Donald Trump não tinha o direito de utilizar a sua canção "My Heart Will Go On" durante um comício da campanha presidencial em Montana.

A utilização da canção vencedora de um Óscar do filme Titanicde 1997 não foi "de forma alguma" autorizada e Dion "não apoia esta utilização ou qualquer outra semelhante".

A declaração dizia: "hoje, a equipa de gestão de Celine Dion e a sua editora discográfica, Sony Music Entertainment Canada Inc, tomaram conhecimento da utilização não autorizada do vídeo, gravação, atuação musical e imagem de Celine Dion a cantar 'My Heart Will Go On' num comício da campanha de Donald Trump / JD Vance em Montana. Esta utilização não é de forma alguma autorizada e Celine Dion não apoia esta utilização ou qualquer outra semelhante".

O comunicado conclui: "... E a sério, aquela canção?"

Mais uma vez, Trump e a sua equipa de campanha parecem ter pouca ou nenhuma consciência quando se trata de... cultura.

Após a utilização não autorizada do hino LGBTQ+ do artista francês Woodkid na semana ada - cuja ironia não ou despercebida a muitos - Trump utilizou agora uma canção que faz parte da banda sonora de um filme sobre um navio a afundar-se...

Embora possa parecer um pouco prematuro rotular a campanha presidencial de Trump como um navio que se está a afundar, a falta de consciência demonstrada pode ser classificada como uma tragédia épica.

Isto acontece depois de Dion ter estado "nos olhos do mundo" após o seu regresso aos palcos na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Apesar da sua luta contra a síndrome da pessoa rígida (SPS), Dion cantou "L'Hymne à l'amour" de Edith Piaf na cerimónia de abertura.

Donald Trump
Donald TrumpAlex Brandon/AP

Dion está longe de ser a primeira artista a opor-se à (má) utilização das suas canções por Trump para fins de campanha eleitoral.

Desde os Creedence Clearwater Revival a Tom Petty, ando por Neil Young, The Rolling Stones e Adele, todos eles criticaram Trump por utilizar as suas canções sem autorização.

Outros casos incluem Bruce Springsteen que se opôs, em 2016, a que Trump usasse "Born in the U.S.A." como um hino patriótico, quando na verdade é uma acusação contundente ao tratamento dos veteranos do Vietname (oh, a ironia mais uma vez)!

Rihanna exigiu que Trump não utilizasse "Don't Stop the Music" depois de a canção ter sido tocada num comício em 2018. E, os R.E.M. ficaram indignados com a utilização de "Losing My Religion", "Everybody Hurts" e "It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine)" em comícios.

Em 2020, o espólio de Leonard Cohen emitiu uma declaração criticando a utilização não autorizada por Trump de "Hallelujah" de Cohen na Convenção Nacional Republicana - tendo rejeitado especificamente a autorização para a sua utilização. De forma brilhante, acrescentou que só teria considerado realisticamente a aprovação da canção de Cohen "You Want It Darker".

No início deste ano, o espólio de Sinéad O'Connor pediu a Trump que deixasse de utilizar a canção de sucesso de 1990, "Nothing Compares 2 U", nos seus comícios políticos, dizendo "ao longo da sua vida, é bem sabido que Sinéad O'Connor viveu um código moral definido pela honestidade, bondade, justiça e decência para com os seus semelhantes. Por isso, foi com indignação que soubemos que Donald Trump tem usado a sua interpretação icónica de Nothing Compares 2 U nos seus comícios políticos".

A nível legislativo, políticos norte-americanos têm alguma margem de manobra no que toca a esta prática de usar as canções a seu bel-prazer, levando os artistas discográficos ao desespero.

Na verdade, os políticos americanos nem sempre precisam da autorização dos artistas, uma vez que as campanhas políticas podem comprar pacotes de licença de direitos musicais, o que lhes dá o a milhões de canções para comícios políticos.

Os artistas têm, no entanto, o direito de retirar a sua música dessa lista.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Apoiantes de Trump lançam moda das ligaduras nas orelhas

Morten Harket, dos A-ha, revela que tem doença de Parkinson

Jessie J diz ter sido diagnosticada com cancro da mama em fase inicial