Depardieu enfrenta novas acusações de assédio e agressão sexual

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O actor francês Gérard Depardieu foi acusado de agressão ou assédio sexual por 13 mulheres, de acordo com uma investigação conduzida pelo 'site' Mediapart.

Segundo o 'site', todas as vítimas, utilizando pseudónimos ou os nomes verdadeiros, alegam que a estrela as teria tocado de forma indecente, fazendo comentários obscenos. Estes incidentes teriam ocorrido nas últimas duas décadas em locais de rodagem de filmes e televisão ou em locais públicos.

O advogado de Depardieu afirma que o actor "nega formalmente todas as acusações que possam ser objecto de direito penal".

Depardieu já foi acusado pela actriz Charlotte Arnould, num caso que envolve violação e agressão sexual ocorrido em Dezembro de 2020. A actriz, que não se encontra entre as treze mulheres que prestaram testemunho à Mediapart, afirma ter sido violada em 2018, na residência parisiense de Gérard Depardieu. Na altura tinha 22 anos de idade.

Entre as treze mulheres que testemunharam à Mediapart, nove acusaram o actor de 74 anos de idade de agressão sexual, particularmente durante a rodagem de filmes.

É o caso de uma figurante de 24 anos de idade na altura dos alegados acontecimentos.

"Sem aviso prévio, Gérard Depardieu pôs a mão debaixo do meu vestido", diz ela. Ela afirma que respondeu empurrando-o para longe. "Mas ele continuou, tornou-se agressivo, tentou puxar-me as cuecas e tocar-me".

Outra alegada vítima, Sarah Brooks,tinha 20 anos quando conheceu o actor durante a rodagem da série "Marselha", em 2015. 

Em declarações à Mediapart, ela explica que Gérard Depardieu colocou a mão nos seus calções, emitindo "um grunhido esquisito". Ela diz que "retirou a mão uma vez", mas o actor voltou a inseri-la "nas [suas, Ed.] cuecas", tentando "tocar-lhe nas nádegas". Durante a rodagem da segunda temporada da série "Marselha", diz-se que a estrela teria igualmente "acariciado a coxa" de Graziella Jullian, uma figurante de 47 anos de idade.

O Ministério Público de Paris anunciou na quarta-feira , dia 12 de Abril, que "não tinha recebido qualquer nova queixa até à data".