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Bienal de Arte Contemporânea de Lyon destaca artistas libaneses

Bienal de Arte Contemporânea de Lyon destaca artistas libaneses
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De Frédéric Ponsardeuronews
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A edição 2022 da Bienal de Arte Contemporânea de Lyon destaca obras de artistas libaneses contemporâneos.

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A Bienal de Arte Contemporânea de Lyon é um dos eventos marcantes do mapa cultural europeu.

Até ao final do ano, 88 artistas de 39 países expõem as suas obras em sítios simbólicos da cidade, sítios arqueológicos, patrimoniais ou industriais.

"Temos sorte porque em Lyon a história é bem vísivel através da arquitectura e dos museus. Conseguimos fazer ligações, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, e isso permitiu-nos fazer esta ligação entre a arte contemporânea tal como a imaginamos hoje e a arte antiga. Podemos ver as ligações que podem ser tecidas entre as duas temporalidades e os artistas das diferentes épocas”, disse à euronews Isabelle Bertolotti, diretora-adjunta do evento.

A fragilidade ao longo do tempo

A edição 2022 intitula-se Manifesto de Fragilidade. "Muitos dos artistas presentes são do Líbano ou de outros países. Foi um dos fios que nos guiou. A nossa ideia era destacar artistas que pensam na fragilidade, ao nível do material que utilizam, das histórias que contam e das questões que são levantadas e colocadas pelas suas obras”, explicou Sam Bardaouil, co-curador da Bienal de Lyon 2022.

"Nós sentimos que era igualmente importante adotar uma perspetiva vertical em relação ao tempo para chamar a atenção para o carácter cíclico das coisas. Talvez não sejamos tão diferentes do que éramos há 2000 anos. A tecnologia pode mudar mas fundamentalmente somos as mesmas pessoas. A principal lição para mim é compreender que somos uma só humanidade, em muitos sentidos", sublinhou Till Fellrath, co-curador do evento.

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A instalação do artista belga Hans Op de Beeckeuronews

Retrato de um mundo após o apocalipse

A instalação do artista belga Hans Op de Beeck evoca um cenário pós-apocalíptico e intitula-se "Fomos os Últimos a Ficar". A instalação é de cor cinzenta. "Ao eliminarmos a cor, produz-se um certo efeito. O espetador é o único elemento colorido que caminha através da obra. Ao olharmos um para o outro neste cenário cinzento, destacamo-nos de uma forma muito estranha porque temos cor. O espetador faz uma distinção entre a vida real tal como ela é, com cores, e uma realidade que aparece depois da imagem, uma espécie de abstração da realidade. Como, acontece por exemplo, com a fotografia a preto e branco, é também uma abstração do Tempo e do Espaço".

Artistas libaneses em destaque

A obra da dupla libanesa Joana Hadjithomas e Khalil Joreige retrata a violenta explosão de 4 de Agosto no porto de Beirute. "O nosso estúdio em Beirute foi destruído juntamente com muitas das nossas obras. O que nos levou a refletir muito sobre fragilidade da arte, a fragilidade das instituições, que devem proteger a arte. E como se tratava de um tema da bienal, trabalhámos em torno desse símbolo da violência da explosão", explicou Joana Hadjithomas.

A Bienal de Arte Contemporânea de Lyon, em França, poder ser visitada até 31 de Dezembro.

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