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Uma "Missa pelos Mortos" a celebrar a vida estreia em Aix en Provence

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Uma "Missa pelos Mortos" a celebrar a vida estreia em Aix en Provence
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Uma interpretação do Requiem de Mozart estreou no Festival Lírico de Aix en Provence. Em "Musica" damos a conhecer a abordagem à obra.

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Uma audaciosa e por vezes perturbadora versão encenada do Requiem de Mozart fez a estreia mundial no Festival Lírico de Aix en Provence, este ano.

O encenador, Romeo Castellucci, e o maestro Raphaël Pichon quebraram as regras com a interpretação da missa pelos mortos composto por Mozart .

"Este Requiem é uma obra que já foi cantada vezes sem conta em todo o mundo. É um ritual para nós, para os que permanecem vivos, não para aqueles que partiram. O encenador via muito mais uma celebração da vida do que dos mortos", conta o maestro.

A soprano Siobhan Stagg revela que abordaram "a vida ao contrário, começando com uma pessoa no palco no final da vida que começa a andar parar trás; temos uma mulher de 20 e poucos anos, depois uma menina de nove anos e terminando com um bebé. Portanto, refletimos sobre a morte em sentido inverso, pensando sobre o círculo da vida, Esta produção exige realmente tudo das pessoas que estão no palco, toda a vida que tiverem e essa é a ironia que Romeu adora, vê-las a dançar, a correr, sem fôlego, exaustas até ao final", afirma.

A história por trás do Requiem de Mozart é repleta de drama.

Mozart morreu com menos da metade da missa pelos mortos composta.

"Mozart falou da morte como se fosse um dos melhores amigos. Talvez possamos dizer que teve uma espécie de premonição de que esta Missa pelos Mortos seria para ele próprio", diz Raphaël Pichon.

Para o maestro, "a Lacrimosa é de uma extrema exposição e fragilidade. O que é belo deve ser frágil, efémero, aparecer e desaparecer, é o desaparecimento da beleza que a torna bela".

Mozart começou e terminou o Requiem com dois solos de soprano. Uma escolha que, de acordo com Siobhan Stagg poderá ser intencional. "A voz da soprano é a mais leve e talvez a mais inocente, em certo sentido. Nós gostamos de pensar que quando nascemos e morrermos, - se formos religiosos - somos inocentes e estamos limpos dos nossos erros, que vamos para um lugar melhor, em paz. Acho que essa cor vocal poderá ter sido escolhida por esse motivo", afirma a soprano.

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