{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/cultura/2019/06/21/fatboy-slim-estreia-nova-carreira-em-lisboa" }, "headline": "Fatboy Slim estreia nova carreira em Lisboa", "description": "A convite do artista portugu\u00eas Vhils, DJ e produtor brit\u00e2nico \u00e9 pela primeira vez o curador de uma exposi\u00e7\u00e3o de arte. \u0022Smiley High Club\u0022 pode ser visitada at\u00e9 final de julho", "articleBody": "O s\u00edmbolo \u2018smiley\u2019 e o seu criador, Harvey Ball, s\u00e3o figuras centrais de \u201cSmile High Club\u201d, exposi\u00e7\u00e3o com curadoria do DJ brit\u00e2nico Fat Boy Slim (Norman Cook), inaugurada esta sexta-feira na galeria Underdogs, em Lisboa. \u201cSmile High Club\u201d representa uma estreia de Fat Boy Slim na curadoria de exposi\u00e7\u00f5es. \u201ara mim \u00e9 t\u00e3o empolgante estar a fazer algo fora da minha carreira na m\u00fasica e explorar o outro amor na minha vida [a Arte]\u201d, afirmou, em declara\u00e7\u00f5es \u00e0 ag\u00eancia Lusa. A mostra re\u00fane trabalhos de 12 artistas e coletivos, alguns criados propositadamente para a ocasi\u00e3o, e obras da cole\u00e7\u00e3o de \u2018smileys\u2019 que Norman Cook come\u00e7ou h\u00e1 30 anos. \u201cA ideia \u00e9 promover o trabalho do Harvey Ball [norte-americano que criou o s\u00edmbolo que consiste num c\u00edrculo amarelo com olhos e sorriso pretos] e o nome Harvey Ball e eu colaborar com artistas e desafi\u00e1-los a fazerem algo \u00e0 volta do \u2018smiley\u2019 ou do Harvey Ball\u201d, explicou. Dos 12 artistas e coletivos \u2013 Andrea Harz, Bob Jaroc, Carrie Reichardt, Chemical X, Est\u00fadio Pedrita, James Joyce, Jimmy Cauty, Joseph Ford, Mark Vessey, Ron English, RYCA e The London Police -, alguns s\u00e3o amigos de Norman Cook, outros conhe\u00e7o-os porque usam o \u2018smiley\u2019 nos seus trabalhos, e de outros, como os portugueses Est\u00fadio Pedrita, \u00e9 \u201capenas f\u00e3\u201d. Aos que j\u00e1 usavam \u2018smiley\u2019 nos seus trabalhos, Fat Boy Slim pediu-lhes para \u201cirem mais longe\u201d, a outros, como o coletivo brit\u00e2nico The London Police e os Est\u00fadio Pedrita, sugeriu que fizessem um retrato de Harvey Ball. No caso dos portugueses, porque achou \u201cque fazer um \u2018smiley\u2019 com os azulejos n\u00e3o funcionaria e sabia que eles fazem retratos muito bons\u201d. A conversa de Norman Cook com a Lusa decorreu na quinta-feira, na Underdogs, enquanto a exposi\u00e7\u00e3o estava a ser montada e o DJ via algumas das pe\u00e7as pela primeira vez, sem ser atrav\u00e9s do ecr\u00e3 de um telem\u00f3vel. \u201cEstou literalmente como uma crian\u00e7a no meu entusiasmo\u201d, partilhou. A possibilidade de o DJ, pela primeira vez, curar uma exposi\u00e7\u00e3o de arte aconteceu atrav\u00e9s \u201cda amizade e colabora\u00e7\u00e3o com [o artista portugu\u00eas] Vhils\u201d e \u00e9 \u201cuma esp\u00e9cie de fus\u00e3o, cruzamento, entre carreira musical e o amor pela Arte\u201d. \u201cO Vhils s\u00f3 me perguntou se queria fazer uma exposi\u00e7\u00e3o e eu pensei no que poderia juntar. O \u2018smiley\u2019 \u00e9 algo muito importante para mim, na minha vida, e atrav\u00e9s da m\u00fasica e da Arte tem sido uma constante na minha vida\u201d, contou. Na galeria estar\u00e1 uma \u201equena parte\u201d da cole\u00e7\u00e3o que Norman Cook come\u00e7ou em 1989, numa altura em que \u201ca moda do [estilo de m\u00fasica] \u2018acid house\u2019 ou e toda a gente deu o que tinha com 'smileys'\u201d. \u201cComo eu gostava do 'smiley' em vez de estar obcecado com \u2018acid house\u2019, foi quando comecei a colecion\u00e1-lo, porque toda a gente estava a livrar-se dele\u201d, recordou, lembrando que na altura em que \u201ca cena do \u2018acid house\u2019 explodiu toda a gente usava t-shirts com o 'smiley', remendos e autocolantes\u201d. O DJ n\u00e3o consegue precisar quantos itens tem na cole\u00e7\u00e3o, mas v\u00e3o \u201cdesde uma tatuagem [no bra\u00e7o] a preservativos\u201d. \u201cTenho uma boa cole\u00e7\u00e3o de arte - The London Police, RYCA com quem fa\u00e7o muita coisa de smileys para a minha carreira -, tenho uns 30 quadros ou trabalhos art\u00edsticos, milhares de coisas pequenas, uma tatuagem, o telhado de minha casa tem pintado um \u2018smiley\u2019 com cerca de nove metros de di\u00e2metro, que pode ser visto do espa\u00e7o, e uma vez numa atua\u00e7\u00e3o no festival Creamfields consegui que o p\u00fablico formasse um \u2018smiley\u2019 humano, que provavelmente p\u00f4de ser visto do espa\u00e7o\u201d, referiu. Apesar de a cole\u00e7\u00e3o s\u00f3 ter come\u00e7ado h\u00e1 30 anos, o primeiro item foi adquirido em 1977: \u201cAcho que a minha c\u00f3pia, agora assinada, do \u2018Psycho Killer\u2019, single de 12 polegadas dos Talking Heads, \u00e9 provavelmente o primeiro objeto da minha cole\u00e7\u00e3o\u201d. \u201cA capa era uma foto de uma t-shirt com o \u2018smiley\u2019, o que em tempos de punk era muito ir\u00f3nico. Mas o uso do \u2018smiley\u2019 na nossa cultura \u00e9 muitas vezes ir\u00f3nico \u2013 a imagem da morte com um \u2018smiley\u2019 ou da pol\u00edcia de choque \u2013 ent\u00e3o funciona como uma posi\u00e7\u00e3o\u201d, considerou. Al\u00e9m de estar prometido um pequeno 'set' na inaugura\u00e7\u00e3o da exposi\u00e7\u00e3o, Fat Boy Slim tem uma atua\u00e7\u00e3o marcada no \u2018rooftop\u2019 [terra\u00e7o, em portugu\u00eas] do Terminal de Cruzeiros de Lisboa. \u201cAtuar como DJ na abertura da minha exposi\u00e7\u00e3o \u00e9 um sonho tornado realidade\u201d, afirmou Norman Cook, refor\u00e7ando a ideia de como \u201c\u00e9 bom poder juntar tudo [m\u00fasica e Arte] e conseguir fazer as duas coisas\u201d. \u201cSmile High Club\u201d, de entrada livre, pode ser visitada at\u00e9 27 de julho . A Underdogs \u00e9 uma plataforma cultural, fundada pela sa Pauline Foessel e pelo portugu\u00eas Alexandre Farto (Vhils), que se divide entre arte p\u00fablica, com pinturas nas paredes da cidade, exposi\u00e7\u00f5es dentro de portas (no n.\u00ba 56 da Rua Fernando Palha) e a produ\u00e7\u00e3o de edi\u00e7\u00f5es art\u00edsticas originais. A plataforma, que come\u00e7ou em 2015 a organizar visitas guiadas de Arte Urbana em Lisboa, tinha tamb\u00e9m uma loja, na Rua da Cintura do Porto de Lisboa, que acolhia exposi\u00e7\u00f5es e que a partir de hoje a a funcionar no espa\u00e7o da galeria. Hoje, al\u00e9m de \u201cSmile High Club\u201d, \u00e9 tamb\u00e9m inaugurada na Underdogs \u201cIgnorantism\u201d, exposi\u00e7\u00e3o individual do franc\u00eas Fuzi, que nesta mostra, de acordo com o texto de apresenta\u00e7\u00e3o, \u201cregressa \u00e0 espontaneidade do graffiti, evocando as marcas inscritas em paredes de pris\u00f5es, rabiscadas em cub\u00edculos de casas de banho, ou riscadas em janelas de comboios\u201d. ", "dateCreated": "2019-06-21T08:18:07+02:00", "dateModified": "2019-06-21T19:33:35+02:00", "datePublished": "2019-06-21T19:33:29+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F97%2F74%2F54%2F1440x810_cmsv2_919bdaed-16d4-5f32-ad2d-5c6d38a77f6c-3977454.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Norman Cook, de nome verdadeiro, o m\u00fasico \u00e9 agora tamb\u00e9m curador de arte", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F97%2F74%2F54%2F432x243_cmsv2_919bdaed-16d4-5f32-ad2d-5c6d38a77f6c-3977454.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Fatboy Slim estreia nova carreira em Lisboa

Norman Cook, de nome verdadeiro, o músico é agora também curador de arte
Norman Cook, de nome verdadeiro, o músico é agora também curador de arte Direitos de autor Agência Lusa
Direitos de autor Agência Lusa
De Agência Lusa
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A convite do artista português Vhils, DJ e produtor britânico é pela primeira vez o curador de uma exposição de arte. "Smiley High Club" pode ser visitada até final de julho

PUBLICIDADE

O símbolo ‘smiley’ e o seu criador, Harvey Ball, são figuras centrais de “Smile High Club”, exposição com curadoria do DJ britânico Fat Boy Slim (Norman Cook), inaugurada esta sexta-feira na galeria Underdogs, em Lisboa.

“Smile High Club” representa uma estreia de Fat Boy Slim na curadoria de exposições. “Para mim é tão empolgante estar a fazer algo fora da minha carreira na música e explorar o outro amor na minha vida [a Arte]”, afirmou, em declarações à agência Lusa.

A mostra reúne trabalhos de 12 artistas e coletivos, alguns criados propositadamente para a ocasião, e obras da coleção de ‘smileys’ que Norman Cook começou há 30 anos.

“A ideia é promover o trabalho do Harvey Ball [norte-americano que criou o símbolo que consiste num círculo amarelo com olhos e sorriso pretos] e o nome Harvey Ball e eu colaborar com artistas e desafiá-los a fazerem algo à volta do ‘smiley’ ou do Harvey Ball”, explicou.

Dos 12 artistas e coletivos – Andrea Harz, Bob Jaroc, Carrie Reichardt, Chemical X, Estúdio Pedrita, James Joyce, Jimmy Cauty, Joseph Ford, Mark Vessey, Ron English, RYCA e The London Police -, alguns são amigos de Norman Cook, outros conheço-os porque usam o ‘smiley’ nos seus trabalhos, e de outros, como os portugueses Estúdio Pedrita, é “apenas fã”.

Aos que já usavam ‘smiley’ nos seus trabalhos, Fat Boy Slim pediu-lhes para “irem mais longe”, a outros, como o coletivo britânico The London Police e os Estúdio Pedrita, sugeriu que fizessem um retrato de Harvey Ball. No caso dos portugueses, porque achou “que fazer um ‘smiley’ com os azulejos não funcionaria e sabia que eles fazem retratos muito bons”.

A conversa de Norman Cook com a Lusa decorreu na quinta-feira, na Underdogs, enquanto a exposição estava a ser montada e o DJ via algumas das peças pela primeira vez, sem ser através do ecrã de um telemóvel. “Estou literalmente como uma criança no meu entusiasmo”, partilhou.

A possibilidade de o DJ, pela primeira vez, curar uma exposição de arte aconteceu através “da amizade e colaboração com [o artista português] Vhils” e é “uma espécie de fusão, cruzamento, entre carreira musical e o amor pela Arte”.

“O Vhils só me perguntou se queria fazer uma exposição e eu pensei no que poderia juntar. O ‘smiley’ é algo muito importante para mim, na minha vida, e através da música e da Arte tem sido uma constante na minha vida”, contou.

Na galeria estará uma “pequena parte” da coleção que Norman Cook começou em 1989, numa altura em que “a moda do [estilo de música] ‘acid house’ ou e toda a gente deu o que tinha com 'smileys'”.

“Como eu gostava do 'smiley' em vez de estar obcecado com ‘acid house’, foi quando comecei a colecioná-lo, porque toda a gente estava a livrar-se dele”, recordou, lembrando que na altura em que “a cena do ‘acid house’ explodiu toda a gente usava t-shirts com o 'smiley', remendos e autocolantes”.

O DJ não consegue precisar quantos itens tem na coleção, mas vão “desde uma tatuagem [no braço] a preservativos”.

“Tenho uma boa coleção de arte - The London Police, RYCA com quem faço muita coisa de smileys para a minha carreira -, tenho uns 30 quadros ou trabalhos artísticos, milhares de coisas pequenas, uma tatuagem, o telhado de minha casa tem pintado um ‘smiley’ com cerca de nove metros de diâmetro, que pode ser visto do espaço, e uma vez numa atuação no festival Creamfields consegui que o público formasse um ‘smiley’ humano, que provavelmente pôde ser visto do espaço”, referiu.

Apesar de a coleção só ter começado há 30 anos, o primeiro item foi adquirido em 1977: “Acho que a minha cópia, agora assinada, do ‘Psycho Killer’, single de 12 polegadas dos Talking Heads, é provavelmente o primeiro objeto da minha coleção”.

“A capa era uma foto de uma t-shirt com o ‘smiley’, o que em tempos de punk era muito irónico. Mas o uso do ‘smiley’ na nossa cultura é muitas vezes irónico – a imagem da morte com um ‘smiley’ ou da polícia de choque – então funciona como uma posição”, considerou.

Além de estar prometido um pequeno 'set' na inauguração da exposição, Fat Boy Slim tem uma atuação marcada no ‘rooftop’ [terraço, em português] do Terminal de Cruzeiros de Lisboa.

“Atuar como DJ na abertura da minha exposição é um sonho tornado realidade”, afirmou Norman Cook, reforçando a ideia de como “é bom poder juntar tudo [música e Arte] e conseguir fazer as duas coisas”.

“Smile High Club”, de entrada livre, pode ser visitada até 27 de julho.

A Underdogs é uma plataforma cultural, fundada pela sa Pauline Foessel e pelo português Alexandre Farto (Vhils), que se divide entre arte pública, com pinturas nas paredes da cidade, exposições dentro de portas (no n.º 56 da Rua Fernando Palha) e a produção de edições artísticas originais.

A plataforma, que começou em 2015 a organizar visitas guiadas de Arte Urbana em Lisboa, tinha também uma loja, na Rua da Cintura do Porto de Lisboa, que acolhia exposições e que a partir de hoje a a funcionar no espaço da galeria.

Hoje, além de “Smile High Club”, é também inaugurada na Underdogs “Ignorantism”, exposição individual do francês Fuzi, que nesta mostra, de acordo com o texto de apresentação, “regressa à espontaneidade do graffiti, evocando as marcas inscritas em paredes de prisões, rabiscadas em cubículos de casas de banho, ou riscadas em janelas de comboios”.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Vhils de Portugal para o mundo

Vhils apresenta "Intrínseco" em Lisboa

Percorra as obras de Vhils em Lisboa numa experiência em 360 graus