{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/cultura/2018/08/16/bonga-celebra-76-anos-em-palco-e-entre-amigos" }, "headline": "Bonga celebra 76 anos em palco e entre amigos", "description": "M\u00fasico angolano sobe ao palco da Aula Magna, em Lisboa, a 05 de setembro, o dia de do anivers\u00e1rio", "articleBody": "O m\u00fasico angolano Bonga celebra 76 anos no palco da Aula Magna da Universidade de Lisboa no pr\u00f3ximo dia 05 de setembro com um espet\u00e1culo ao qual se referiu como \u0022uma festa com amigos\u0022. Em entrevista \u00e0 ag\u00eancia Lusa, Bonga disse que o espet\u00e1culo na Aula Magna \u0022vai ser antes de mais um dia de festa\u0022 porque \u00e9 o seu 76.\u00ba anivers\u00e1rio. \u0022Vou l\u00e1 ter as pessoas que frequentam a minha casa, os familiares, os amigos e os f\u00e3s, que s\u00e3o uns mi\u00fados incr\u00edveis, por conseguinte vai ser um espet\u00e1culo em que vamos recordar o que se canta l\u00e1 em casa, desde o 'Corrumba' \u00e0s 'Frutas de Vontade', fazendo vibrar num espet\u00e1culo que \u00e9 um reencontro com pessoas que me querem muito\u0022, disse o m\u00fasico que recordou a carreira de mais de 40 anos. Uma carreira que se confunde com a m\u00fasica angolana e a hist\u00f3ria do pa\u00eds, que retrata nas suas can\u00e7\u00f5es, e \u00e9 feita de \u0022muitas cumplicidades musicais\u0022. Bonga recordou \u0022os tempos dif\u00edceis\u0022 que viveu, tendo chegado \u0022a ser proibido de atuar, at\u00e9 em Angola\u0022, e quando a m\u00fasica angolana, \u0022de forma pejorativa, era chamada de folclore\u0022. \u0022Houve um per\u00edodo de preconceito, em que chamavam [\u00e0 m\u00fasica angolana] o folclore, o que era um bocado pejorativo, e [houve] obst\u00e1culos que tive de enfrentar, porque era uma m\u00fasica diferente, que n\u00e3o era valorizada, menos ouvida, e hoje, mais que nunca, tenho a consci\u00eancia de ter posto um tijolo nessa grande constru\u00e7\u00e3o que \u00e9 a divulga\u00e7\u00e3o, consequente, desta nossa m\u00fasica angolana/africana\u0022, afirmou o m\u00fasico, acrescentando que a m\u00fasica angolana, atualmente, \u0022\u00e9 mais reconhecida e conceituada do que h\u00e1 20 anos\u0022. Referindo-se \u00e0s atuais fus\u00f5es musicais como os ritmos 'kizomba' com 'kuduro', o m\u00fasico considerou que \u0022correm o risco de ar depressa\u0022, ao contr\u00e1rio do g\u00e9nero que sempre cantou, \u0022o semba, que est\u00e1 definido, que \u00e9 angolano, e \u00e9 intemporal, ali\u00e1s, mesmo os que fazem essas fus\u00f5es acabam por vir bater ao semba\u0022. Bonga referiu-se ao semba como uma m\u00fasica \u0022que tem uma express\u00e3o pr\u00f3pria e uma viv\u00eancia muito forte em rela\u00e7\u00e3o a todo um povo que fez disso a sua forma de vida\u0022. Relativamente ao povo angolano, o cantor disse \u0022que as popula\u00e7\u00f5es continuam carentes e com grandes problemas\u0022. \u0022\u00c9 degradante saber que h\u00e1 crian\u00e7as que morrem diariamente\u0022, mas reconheceu que, atualmente, \u0022h\u00e1 uma vontade pol\u00edtica, com vista a uma melhor redistribui\u00e7\u00e3o da riqueza\u0022. No palco da sala da Cidade Universit\u00e1ria, Bonga vai ser acompanhado pelos m\u00fasicos Betinho Feij\u00f3 (guitarra e dire\u00e7\u00e3o musical), Ciro Bertini (acorde\u00e3o), Hernani Lagross (baixo) e Est\u00eav\u00e3o Gipson (bateria), e pela bailarina Joana Calunga. No espet\u00e1culo, que contar\u00e1 \u0022com algumas participa\u00e7\u00f5es surpresa\u0022, o alinhamento ser\u00e1 feito pelos \u0022temas de sempre\u0022, como \u0022Kissueia\u0022, que definiu como uma \u0022balada nost\u00e1lgica, cheia de profundidade e recorda\u00e7\u00e3o da terra de origem\u0022, assim como \u0022Mariquinha\u0022, \u0022Mulemba Xangola\u0022, \u0022Kambua\u0022, \u0022Patxi Ni Ngongo\u0022 ou \u0022Uma L\u00e1grima no Canto do Olho\u0022. Bonga comparou-se ao Vinho do Porto, afirmando que \u0022quanto mais velho melhor\u0022 e da\u00ed \u0022continuar hoje a ser cantado pelos mais novos\u0022. Jos\u00e9 Adelino Barcel\u00f3 de Carvalho, de seu nome de registo, adotou na adolesc\u00eancia o nome de Bonga Kuenda, que apontou como o seu \u0022verdadeiro eu\u0022. A sua estreia musical, em 1972, foi com o \u00e1lbum \u0022Angola'72\u0022, ao qual se sucederam v\u00e1rios outros e, como disse \u00e0 Lusa, continua \u0022a ser muito solicitado\u0022, nomeadamente em Fran\u00e7a, pa\u00eds que o distinguiu com a Ordem das Artes e Letras, grau de cavaleiro, em 2014. Por Portugal, o m\u00fasico angolano atuou, este ano, no Rock in Rio, em Lisboa, no Festival Med, em Loul\u00e9, recentemente, em Braga, e foi um dos participantes no espet\u00e1culo de final do ano, em 2017, na Pra\u00e7a do Com\u00e9rcio, em Lisboa, entre outras atua\u00e7\u00f5es. ", "dateCreated": "2018-08-16T07:02:41+02:00", "dateModified": "2018-08-16T07:20:59+02:00", "datePublished": "2018-08-16T07:20:00+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F27%2F05%2F64%2F1440x810_cmsv2_89a66373-1343-5af7-bb46-0262ac5b8645-3270564.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O angolano em 2011 no Festival Bout du Monde, em Fran\u00e7a", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F27%2F05%2F64%2F432x243_cmsv2_89a66373-1343-5af7-bb46-0262ac5b8645-3270564.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Bonga celebra 76 anos em palco e entre amigos

O angolano em 2011 no Festival Bout du Monde, em França
O angolano em 2011 no Festival Bout du Monde, em França Direitos de autor Thesupermat/ Arquivo
Direitos de autor Thesupermat/ Arquivo
De Lusa
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Músico angolano sobe ao palco da Aula Magna, em Lisboa, a 05 de setembro, o dia de do aniversário

PUBLICIDADE

O músico angolano Bonga celebra 76 anos no palco da Aula Magna da Universidade de Lisboa no próximo dia 05 de setembro com um espetáculo ao qual se referiu como "uma festa com amigos".

Em entrevista à agência Lusa, Bonga disse que o espetáculo na Aula Magna "vai ser antes de mais um dia de festa" porque é o seu 76.º aniversário.

"Vou lá ter as pessoas que frequentam a minha casa, os familiares, os amigos e os fãs, que são uns miúdos incríveis, por conseguinte vai ser um espetáculo em que vamos recordar o que se canta lá em casa, desde o 'Corrumba' às 'Frutas de Vontade', fazendo vibrar num espetáculo que é um reencontro com pessoas que me querem muito", disse o músico que recordou a carreira de mais de 40 anos.

Uma carreira que se confunde com a música angolana e a história do país, que retrata nas suas canções, e é feita de "muitas cumplicidades musicais".

Bonga recordou "os tempos difíceis" que viveu, tendo chegado "a ser proibido de atuar, até em Angola", e quando a música angolana, "de forma pejorativa, era chamada de folclore".

"Houve um período de preconceito, em que chamavam [à música angolana] o folclore, o que era um bocado pejorativo, e [houve] obstáculos que tive de enfrentar, porque era uma música diferente, que não era valorizada, menos ouvida, e hoje, mais que nunca, tenho a consciência de ter posto um tijolo nessa grande construção que é a divulgação, consequente, desta nossa música angolana/africana", afirmou o músico, acrescentando que a música angolana, atualmente, "é mais reconhecida e conceituada do que há 20 anos".

Referindo-se às atuais fusões musicais como os ritmos 'kizomba' com 'kuduro', o músico considerou que "correm o risco de ar depressa", ao contrário do género que sempre cantou, "o semba, que está definido, que é angolano, e é intemporal, aliás, mesmo os que fazem essas fusões acabam por vir bater ao semba".

Bonga referiu-se ao semba como uma música "que tem uma expressão própria e uma vivência muito forte em relação a todo um povo que fez disso a sua forma de vida".

Relativamente ao povo angolano, o cantor disse "que as populações continuam carentes e com grandes problemas".

"É degradante saber que há crianças que morrem diariamente", mas reconheceu que, atualmente, "há uma vontade política, com vista a uma melhor redistribuição da riqueza".

No palco da sala da Cidade Universitária, Bonga vai ser acompanhado pelos músicos Betinho Feijó (guitarra e direção musical), Ciro Bertini (acordeão), Hernani Lagross (baixo) e Estêvão Gipson (bateria), e pela bailarina Joana Calunga.

No espetáculo, que contará "com algumas participações surpresa", o alinhamento será feito pelos "temas de sempre", como "Kissueia", que definiu como uma "balada nostálgica, cheia de profundidade e recordação da terra de origem", assim como "Mariquinha", "Mulemba Xangola", "Kambua", "Patxi Ni Ngongo" ou "Uma Lágrima no Canto do Olho".

Bonga comparou-se ao Vinho do Porto, afirmando que "quanto mais velho melhor" e daí "continuar hoje a ser cantado pelos mais novos".

José Adelino Barceló de Carvalho, de seu nome de registo, adotou na adolescência o nome de Bonga Kuenda, que apontou como o seu "verdadeiro eu".

A sua estreia musical, em 1972, foi com o álbum "Angola'72", ao qual se sucederam vários outros e, como disse à Lusa, continua "a ser muito solicitado", nomeadamente em França, país que o distinguiu com a Ordem das Artes e Letras, grau de cavaleiro, em 2014.

Por Portugal, o músico angolano atuou, este ano, no Rock in Rio, em Lisboa, no Festival Med, em Loulé, recentemente, em Braga, e foi um dos participantes no espetáculo de final do ano, em 2017, na Praça do Comércio, em Lisboa, entre outras atuações.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Uzbequistão apresenta Tashkent modernista na Bienal de Veneza 2025

Conheça os violinistas que protagonizaram o primeiro Classic Violin Olympus no Dubai

Inaugurado o maior espaço de arte imersiva do mundo no distrito cultural de Abu Dhabi