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A arte e a cultura como forma de resolver conflitos

A arte e a cultura como forma de resolver conflitos
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Num período de grande instabilidade, a cultura e a artes têm um papel a desempenhar e podem ajudar a resolver conflitos.

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Num período de grande instabilidade, a cultura e a artes têm um papel a desempenhar e podem ajudar a resolver conflitos. É a mensagem deixada pela Cimeira Mundial das Artes e da Cultura. O evento decorreu em em Valeta, na ilha de Malta, e acolheu representantes de oitenta países.

“Aprendemos muitas coisas nestes encontros internacionais. Por exemplo, na Europa, estamos a ar por uma crise e temos medo de perder certos elementos da nossa vida em sociedade que eram considerados como um dado adquirido. Noutras partes do mundo, no domínio da arte e da cultura não existem políticas específicas, não existe uma preocupação em relação ao estatuto do artista e ao seu valor. Nesses países, os artistas estão a começar a luta do zero”, frisou Nina Obuljen, diretora da programação do evento.

Rana Yazaji é fundadora de uma associação que visa promover a paz na sociedade síria, através das artes e da cultura.

“O nosso papel a por criar narrativas paralelas para dizer que as artes e a cultura podem mudar as coisas, nomeadamente, nos campos de refugiados. A arte e a cultura não podem construir casas mas podem dar esperança. Podemos criar memórias e imaginar um futuro diferente, em conjunto, através das artes e da cultura”, frisou a responsável.

A cimeira foi também uma oportunidade para dar a conhecer o trabalho de artistas de vários países. O cravista iraniano Mahan Esfahani, que vive atualmente em Praga, foi convidado para tocar um concerto.

“Muitas vezes, os músicos não prestam atenção às artes visuais. E os artistas plásticos não prestam atenção à música ou ao teatro. Temos de tomar consciência de que pertencemos ao mesmo grupo. O nosso papel na sociedade é idêntico. Temos os mesmos inimigos. É importante apoiar-nos uns aos outros. Por isso, estes eventos são muito positivos”, disse o cravista iraniano.

A ativista palestiniana Marina Barham é fundadora de um grupo de teatro que visa promover a paz, a democracia e os direitos humanos.

“Cito o caso de um jovem que estava dividido entre a ideia de atirar pedras contras os soldados e a ideia de que podia perder a vida se o fizesse. Por isso decidiu inscrever-se num curso de teatro. Agora, ele tem um mestrado e viaja pelo mundo para contar a história de um campo de refugiados. Ele conta a história da Palestina e tenta lutar em nome da justiça e pelo seu país, através das artes e da cultura”, contou a responsável.

A cimeira das artes e da cultura foi lançada pela primeira vez há quinze anos, na Austrália, pela Federação Internacional dos Conselhos Artísticos e das Agências Culturais.

“O impacto da cimeira vão para além deste evento. Na cimeira trabalhamos especificamente durante 3 ou 4 dias com um público selecionado mas essas pessoas voltam para os seus países e espalham a mensagem”, sublinhou Sarah Gerdner, diretora executiva da Federação.

“Olhando para a história do mundo vemos que em cada protesto há uma canção. Por isso, a arte é muito importante, inclusive para a identidade das pessoas. Quem somos? Somos malteses, temos estas melodias que fazem parte da nossa vida. Eu costumo dizer que tudo é político. Porque não a arte?”, rematou o vocalista da banda maltesa Kafena, um dos grupos convidados a atuar durante a cimeira.

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