"Café Society", de Woody Allen, abre Festival de Cannes

PUBLICIDADE

O céu estava cinzento mas Woody Allen trouxe uma verdadeira chuva de estrelas para a adeira vermelha no arranque da 69.ª edição do Festival de Cannes.

“Café Society”, filme do realizador norte-americano, fez as honras de abertura do evento mas sendo exibido fora da competição.

Instantes antes do elenco de luxo do filme – que propõe uma viagem à indústria de Hollywood dos anos 30 – se reunir para uma conferência de imprensa, foram divulgadas declarações polémicas de Ronan Farrow.

Através de uma coluna de jornal, o filho de Woody Allen e Mia Farrow manifestou-se sobre a existência de “cultura de impunidade e silêncio” entre os meios de comunicação social sobre alegados abusos sexuais perpetrados pelo cineasta.

Allen preferiu falar de cinema e de Cannes em resposta às perguntas que surgiram: “Não acredito em competição por coisas artísticas. A competição é ótima em desporto, em que é a essência do mesmo, mas se fizermos um filme e o júri que premiar esse filme disser que se trata do melhor filme, eu poderei considerar a película mais aborrecida em Cannes. Uns consideram o meu filme aborrecido, outros adoram. É tudo muito subjetivo.”

Woody Allen, de 80 anos, regressa a Cannes, onde se estreou em 1979 com “Manhattan” e onde já apresentou mais de uma dezena de filmes fora de competição.

“Café Society” conta com nomes de peso da indústria como Steve Carell, Blake Lively, Corey Stoll ou Parker Posey. O filme junta a atriz Kristen Stewart e Jesse Eisenberg, os protagonistas, pela terceira vez no grande ecrã.

“Neste caso fiz uma abordagem de uma forma que, felizmente, abandonei quase imediatamente após começar a filmar. No início pensei que teria de aprender todas as falas na perfeição. Ele não ensaia nem nada do género. Mas eu senti que tinha de preparar-me. Sou muito má nisso e não funcionou muito bem”, disse Kristen Stewart.

“Café Society” teve a primeira exibição mundial na quarta-feira, 11 de maio, em Cannes.