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O cinema marroquino: entre progressos e hesitações

O cinema marroquino: entre progressos e hesitações
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O Coliseu é um dos cinemas históricos de Marraquexe e uma das 31 salas de cinema de Marrocos. Com 33 milhões de habitantes, o país possui menos de

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O Coliseu é um dos cinemas históricos de Marraquexe e uma das 31 salas de cinema de Marrocos.

Com 33 milhões de habitantes, o país possui menos de uma sala por cada milhão de pessoas, mas, a indústria cinematográfica nacional começa a exibir um certo dinamismo. Cinco dos dez filmes mais vistos em Marrocos são marroquinos

“A estrada de Kaboul”, de Brahim Chkiri, foi o segundo maior sucesso de 2014. A produção nacional é consumida internamente. O grande desafio é a exportação. O diretor do centro cinematográfico marroquino aponta o dedo à dominação de Hollywood.

“Vivemos os mesmos problemas que os vários cinemas nacionais. Em qualquer país, há o cinema nacional e o cinema americano.
É muito difícil penetrar os circuitos comerciais devido ao cinema americano
Mas quando saímos da esfera dos circuitos comerciais, vemos que o cinema marroquino, tal como o de outros países, suscita curiosidade”, sublinhou Sarim Fassi Fihri.

Não sendo um país exportador de cinema, Marrocos atrai numerosas produções estrangeiras que optam por rodar os filmes no país recorrendo a equipas técnicas marroquinas.

“Rodei dois filmes em Marrocos, pelo menos uma parte da rodagem. Os técnicos marroquinos são excecionais. Como trabalham para produções americanas, sas e belgas, acabam por adquirir muita experiência.
Para falar de cinema marroquino, é preciso falar dos técnicos. O outro aspeto é o lado artístico do cinema marroquino. Desde há uns anos para cá, tem surgido coisas interessantes”, afirmou o realizador Joachim Lafosse.

Uma nova geração de cineastas apoiada pelo rei Maomé VI tem-se afirmado nos últimos quinze anos. Em entrevista à euronews, o realizador marroquino Saad Chraibi resumiu as principais qualidades do cinema nacional.

“Em primeiro lugar, há uma grande diversidade de propostas. Se olharmos para os últimos vinte ou vinte e cinco filmes, temos obras comerciais, comédias, obras de autor, filmes artísticos, filmes sobre temas sociais. Esta diversidade é uma riqueza. Em segundo lugar, temos as novas gerações. Pessoalmente não estou preocupado porque daqui a cinco ou dez anos, há jovens, rapazes e raparigas que vão garantir o futuro do cinema marroquino”, disse Saad Chraibi.

“A Insubmissa” de Jawad Rhalib foi um dos filmes em competição no Festival de Cinema de Marraquexe. Jawad Rhalib faz parte da nova geração de realizadores que tem esperança no futuro.

“Fiz um filme chamado 7, rua da Loucura” que fala de laicidade. Retrata jovens mulheres que querem libertar-se de um pai ditador, elas recusam-se a rezar, bebem álcool. Surpreendentemente o filme foi bem recebido, sobretudo em Agadir. A sala estava cheia de mulheres com véus e de homens barbudos. Pensávamos que não íamos sair vivos da sala de cinema, mas, surpreendentemente, toda a gente aplaudiu. As pessoas estavam contentes e mostraram-se abertas”, contou Rhalib.

Porém, o entusiasmo de alguns cineastas marroquinos não pode escamotear a polémica recente em torno do filme “Much Loved” apresentado no último festival de Cannes.

A longa-metragem de Nabil Ayouch que retrata a prostituição em Marrocos, foi censurada pelas autoridades. Os marroquinos não puderam ver o filme nas salas de cinema. A atriz principal deixou o país alegando ser alvo de insultos.

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