{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/cultura/2015/05/21/castrignano-o-regresso-da-tarantela" }, "headline": "Castrignan\u00f2: O regresso da tarantela", "description": "Antonio Castrignan\u00f2 \u00e9 um dos principais divulgadores da tarantela. Entre ado e presente, o m\u00fasico e cantor d\u00e1 a conhecer uma m\u00fasica ancestral, que fala do trabalho no campo, da alegria de viver e", "articleBody": "Antonio Castrignan\u00f2 \u00e9 um dos principais divulgadores da tarantela. Entre ado e presente, o m\u00fasico e cantor d\u00e1 a conhecer uma m\u00fasica ancestral, que fala do trabalho no campo, da alegria de viver e da integra\u00e7\u00e3o social. Para o artista, a tarantela da regi\u00e3o da Ap\u00falia (Puglia) \u201c\u00e9 uma esp\u00e9cie de medicamento, uma coisa natural. \u00c9 o fruto de um povo que decidiu n\u00e3o marginalizar as pessoas que t\u00eam problemas, que aram por dificuldades, e que optaram por os reintegrar na sociedade, na comunidade, atrav\u00e9s de um ritual espiritual e atrav\u00e9s da dan\u00e7a de uma m\u00fasica em particular: a \u2018pizzica tarantata\u2019\u201d. Concertos ao lado de artistas como Goran Bregovic deram visibilidade a este movimento de recupera\u00e7\u00e3o de uma m\u00fasica que nasceu nos campos agr\u00edcolas e nas tabernas e que fala de uma terra \u2013 a regi\u00e3o de Salento \u2013 muito tempo esquecida em It\u00e1lia. O cantor recorda que h\u00e1 cerca de \u201c25/30 anos, nem os italianos conheciam Salento. Nem sequer as previs\u00f5es do tempo inclu\u00edam este pequeno peda\u00e7o de terra que forma o \u2018tac\u00e3o\u2019, (o salto alto da forma de bota da It\u00e1lia). Os jovens, gra\u00e7as a um movimento iniciado nos anos 90, conseguiram transformar a vitalidade e a for\u00e7a extraordin\u00e1ria de Salento em dignidade, a dignidade de se apresentar e dar a conhecer ao mundo atual um povo que sofreu muito, mas que tamb\u00e9m tem muita alegria para partilhar\u201d. Nascido na pequena aldeia de Calimera, na Ap\u00falia, Castrignan\u00f2 quer guardar as mem\u00f3rias e tradi\u00e7\u00f5es da sua regi\u00e3o natal. O artista afirma que \u201co ado pode ensinar-nos muitas coisas. Pode oferecer-nos a ess\u00eancia de valores que estamos a perder hoje em dia: o valor de comunicar sem ser atrav\u00e9s das redes sociais, mas olhando as pessoas nos olhos, como talvez j\u00e1 n\u00e3o fa\u00e7amos hoje; o valor de n\u00e3o ficar especado ao telem\u00f3vel a olhar para o ret\u00e2ngulo e de verdadeiramente encontrar outras pessoas e de crescer atrav\u00e9s do confronto (de ideias)\u201d. Este ver\u00e3o, Castrignan\u00f3 andar\u00e1 em digress\u00e3o por It\u00e1lia e Fran\u00e7a a recordar com a m\u00fasica as suas origens migrantes. O m\u00fasico afirma que as pessoas est\u00e3o \u201csempre prontas a apontar o dedo ao outro, ao que \u00e9 diferente, ao necessitado ou \u00e0quele que \u00e9 marginalizado. Mas fazem isso sem conhecer a sua hist\u00f3ria\u201d. O artista considera que \u201csentimos uma necessidade urgente de encontrar solu\u00e7\u00f5es que, em primeiro lugar, nos gratifiquem, em vez de escutarmos as verdadeiras necessidades que for\u00e7am as pessoas a procurar a sua dignidade noutro lugar\u201d. \u201cQuem dan\u00e7a a \u2018pizzica\u2019 nunca morre. No dialeto de Lecce, isso significa que tudo o que dissemos at\u00e9 agora resume um mundo e exprime a alegria de viver atrav\u00e9s da m\u00fasica\u201d, conclui Castrignan\u00f2.", "dateCreated": "2015-05-21T15:18:01+02:00", "dateModified": "2015-05-21T15:18:01+02:00", "datePublished": "2015-05-21T15:18:01+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F306453%2F1440x810_306453.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Antonio Castrignan\u00f2 \u00e9 um dos principais divulgadores da tarantela. Entre ado e presente, o m\u00fasico e cantor d\u00e1 a conhecer uma m\u00fasica ancestral, que fala do trabalho no campo, da alegria de viver e", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F306453%2F432x243_306453.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "As not\u00edcias da Cultura" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Castrignanò: O regresso da tarantela

Castrignanò: O regresso da tarantela
Direitos de autor 
De Euronews com euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Antonio Castrignanò é um dos principais divulgadores da tarantela. Entre ado e presente, o músico e cantor dá a conhecer uma música ancestral, que fala do trabalho no campo, da alegria de viver e

PUBLICIDADE

Antonio Castrignanò é um dos principais divulgadores da tarantela. Entre ado e presente, o músico e cantor dá a conhecer uma música ancestral, que fala do trabalho no campo, da alegria de viver e da integração social.

Para o artista, a tarantela da região da Apúlia (Puglia) “é uma espécie de medicamento, uma coisa natural. É o fruto de um povo que decidiu não marginalizar as pessoas que têm problemas, que aram por dificuldades, e que optaram por os reintegrar na sociedade, na comunidade, através de um ritual espiritual e através da dança de uma música em particular: a ‘pizzica tarantata’”.

Concertos ao lado de artistas como Goran Bregovic deram visibilidade a este movimento de recuperação de uma música que nasceu nos campos agrícolas e nas tabernas e que fala de uma terra – a região de Salento – muito tempo esquecida em Itália.

O cantor recorda que há cerca de “25/30 anos, nem os italianos conheciam Salento. Nem sequer as previsões do tempo incluíam este pequeno pedaço de terra que forma o ‘tacão’, (o salto alto da forma de bota da Itália). Os jovens, graças a um movimento iniciado nos anos 90, conseguiram transformar a vitalidade e a força extraordinária de Salento em dignidade, a dignidade de se apresentar e dar a conhecer ao mundo atual um povo que sofreu muito, mas que também tem muita alegria para partilhar”.

Nascido na pequena aldeia de Calimera, na Apúlia, Castrignanò quer guardar as memórias e tradições da sua região natal.

O artista afirma que “o ado pode ensinar-nos muitas coisas. Pode oferecer-nos a essência de valores que estamos a perder hoje em dia: o valor de comunicar sem ser através das redes sociais, mas olhando as pessoas nos olhos, como talvez já não façamos hoje; o valor de não ficar especado ao telemóvel a olhar para o retângulo e de verdadeiramente encontrar outras pessoas e de crescer através do confronto (de ideias)”.

Este verão, Castrignanó andará em digressão por Itália e França a recordar com a música as suas origens migrantes.

O músico afirma que as pessoas estão “sempre prontas a apontar o dedo ao outro, ao que é diferente, ao necessitado ou àquele que é marginalizado. Mas fazem isso sem conhecer a sua história”. O artista considera que “sentimos uma necessidade urgente de encontrar soluções que, em primeiro lugar, nos gratifiquem, em vez de escutarmos as verdadeiras necessidades que forçam as pessoas a procurar a sua dignidade noutro lugar”.

“Quem dança a ‘pizzica’ nunca morre. No dialeto de Lecce, isso significa que tudo o que dissemos até agora resume um mundo e exprime a alegria de viver através da música”, conclui Castrignanò.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Estilista saudita Reem al Kanhal reinventa vestidos árabes tradicionais

Banda sonora da Guerra das Estrelas em 3D

Novas séries de televisão apresentadas no Festival de Monte Carlo