{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/cultura/2014/10/16/o-regresso-de-bryn-terfel-as-raizes" }, "headline": "O regresso de Bryn Terfel \u00e0s ra\u00edzes", "description": "O regresso de Bryn Terfel \u00e0s ra\u00edzes", "articleBody": "\u00c9 um dos mais destacados baixo-bar\u00edtonos da atualidade. Bryn Terfel regressou ao La Scala, em Mil\u00e3o, com um recital muito pessoal. O cantor gal\u00eas conduziu o p\u00fablico numa viagem atrav\u00e9s do repert\u00f3rio do Romantismo e das composi\u00e7\u00f5es tradicionais das ilhas brit\u00e2nicas. \u201c\u00c9 uma esp\u00e9cie de viagem nost\u00e1lgica. Escolhi m\u00fasicas que foram as primeiras que cantei no conservat\u00f3rio. O meu primeiro professor de canto foi Arthur Reckless. Nos tr\u00eas anos iniciais, ele n\u00e3o me deixava cantar \u00e1rias de \u00f3pera, s\u00f3 can\u00e7\u00f5es, porque ele achava que a minha voz ainda n\u00e3o se tinha desenvolvido. Eu era muito novo, talvez muito ing\u00e9nuo tamb\u00e9m\u201d, afirma Terfel. Entre os trabalhos que mais aprofundou encontram-se as obras do compositor ingl\u00eas John Ireland, que considera \u201cum compositor ic\u00f3nico. Ele escreveu algumas das mais belas can\u00e7\u00f5es para baixo-bar\u00edtonos que n\u00f3s adoramos interpretar. A \u2018Febre do Mar\u2019 \u00e9 um sin\u00f3nimo de jovens estudantes \u2013 foi a primeira can\u00e7\u00e3o que aprendi.\u201dTerfel tem colaborado frequentemente com o escoc\u00eas Malcom Martineau, que o acompanha ao piano. Os recitais s\u00e3o um desafio, uma arte de contar est\u00f3rias atrav\u00e9s de t\u00e9cnicas muito precisas. H\u00e1 mesmo quem considere que s\u00f3 \u00e9 poss\u00edvel entre a elite do canto. Segundo Martineau, \u201cBryn tem uma grande voz, mas tamb\u00e9m pode cantar muito suavemente. Ele gosta da intensidade das coisas mais fortes e, ao mesmo tempo, da delicadeza; manobra as palavras e faz com que o p\u00fablico se chegue \u00e0 frente para ouvir o que ele diz.\u201dUm dos compositores que Terfel mais aprecia \u00e9 o g\u00e9nio austr\u00edaco Franz Schubert, autor de mais de 600 obras. Muitas delas tiveram como cantor Johann Michael Vogl. Ambos s\u00e3o uma imensa fonte de inspira\u00e7\u00e3o. O cantor revela que juntamente com Malcom \u201cfomos a Kremsm\u00fcnster, Steyr, Salzburgo, Viena, para seguir os os de Schubert e do seu bar\u00edtono Michael Vogl, s\u00f3 para ter uma ideia da vida deste magn\u00edfico compositor.\u201d O pianista subinha que \u201cSchubert era um g\u00e9nio quando era preciso incarnar o personagem que estava a criar. Eu costumo dizer que ele era o Shakespeare da can\u00e7\u00e3o. Ele compreendia as mulheres, os vil\u00f5es, os virtuosos e conseguia retrat\u00e1-los a todos.\u201dTerfel remata da seguinte forma: \u201cUm recital leva-nos de volta ao cora\u00e7\u00e3o do canto. Um pianista e um cantor sozinhos no palco, sem orquestra, sem coro, sem maquilhagens, sem figurinos. Tudo assenta na can\u00e7\u00e3o e na poesia.\u201dNesta edi\u00e7\u00e3o de Musica, pode ouvir excertos das seguintes obras:Franz Schubert: Para Cantar Sobre as \u00c1guas D 774 Grupo do T\u00e1rtaro D 583 Lada\u00ednha do Dia de Finados D 343John Ireland: Febre do Mar", "dateCreated": "2014-10-16T19:01:18+02:00", "dateModified": "2014-10-16T19:01:18+02:00", "datePublished": "2014-10-16T19:01:18+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F284734%2F1440x810_284734.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O regresso de Bryn Terfel \u00e0s ra\u00edzes", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F284734%2F432x243_284734.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

O regresso de Bryn Terfel às raízes

Em parceria com
O regresso de Bryn Terfel às raízes
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

É um dos mais destacados baixo-barítonos da atualidade. Bryn Terfel regressou ao La Scala, em Milão, com um recital muito pessoal. O cantor galês conduziu o público numa viagem através do repertório do Romantismo e das composições tradicionais das ilhas britânicas. “É uma espécie de viagem nostálgica. Escolhi músicas que foram as primeiras que cantei no conservatório. O meu primeiro professor de canto foi Arthur Reckless. Nos três anos iniciais, ele não me deixava cantar árias de ópera, só canções, porque ele achava que a minha voz ainda não se tinha desenvolvido. Eu era muito novo, talvez muito ingénuo também”, afirma Terfel.

Entre os trabalhos que mais aprofundou encontram-se as obras do compositor inglês John Ireland, que considera “um compositor icónico. Ele escreveu algumas das mais belas canções para baixo-barítonos que nós adoramos interpretar. A ‘Febre do Mar’ é um sinónimo de jovens estudantes – foi a primeira canção que aprendi.”

Terfel tem colaborado frequentemente com o escocês Malcom Martineau, que o acompanha ao piano. Os recitais são um desafio, uma arte de contar estórias através de técnicas muito precisas. Há mesmo quem considere que só é possível entre a elite do canto. Segundo Martineau, “Bryn tem uma grande voz, mas também pode cantar muito suavemente. Ele gosta da intensidade das coisas mais fortes e, ao mesmo tempo, da delicadeza; manobra as palavras e faz com que o público se chegue à frente para ouvir o que ele diz.”

Um dos compositores que Terfel mais aprecia é o génio austríaco Franz Schubert, autor de mais de 600 obras. Muitas delas tiveram como cantor Johann Michael Vogl. Ambos são uma imensa fonte de inspiração. O cantor revela que juntamente com Malcom “fomos a Kremsmünster, Steyr, Salzburgo, Viena, para seguir os os de Schubert e do seu barítono Michael Vogl, só para ter uma ideia da vida deste magnífico compositor.” O pianista subinha que “Schubert era um génio quando era preciso incarnar o personagem que estava a criar. Eu costumo dizer que ele era o Shakespeare da canção. Ele compreendia as mulheres, os vilões, os virtuosos e conseguia retratá-los a todos.”

Terfel remata da seguinte forma: “Um recital leva-nos de volta ao coração do canto. Um pianista e um cantor sozinhos no palco, sem orquestra, sem coro, sem maquilhagens, sem figurinos. Tudo assenta na canção e na poesia.”

Nesta edição de Musica, pode ouvir excertos das seguintes obras:

Franz Schubert: Para Cantar Sobre as Águas D 774 Grupo do Tártaro D 583 Ladaínha do Dia de Finados D 343

John Ireland: Febre do Mar

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Talentoso jovem maestro ganha Prémio Herbert von Karajan

Prémio Herbert von Karajan para Jovens Maestros: uma experiência emocionante

"Champion", a vida do pugilista Emile Griffith numa ópera-jazz