{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/cultura/2013/11/07/academia-liszt-volta-a-ouvir-se-em-budapeste" }, "headline": "Academia Liszt volta a ouvir-se em Budapeste", "description": "Academia Liszt volta a ouvir-se em Budapeste", "articleBody": "Reabriu em outubro a Academia Liszt, uma das mais sumptuosas casas de m\u00fasica da Hungria. Ap\u00f3s dois anos de trabalhos de restauro no edif\u00edcio para onde se transferiu em 1907, este famoso conservat\u00f3rio magiar onde se formaram, por exemplo, B\u00e9la Bart\u00f3k ou Georg Solti, e que \u00e9 tamb\u00e9m uma magn\u00edfica sala de concertos cl\u00e1ssicos, regressou ao ativo como um dos novos far\u00f3is culturais da Europa. Honrando o ado, mas olhando com ambi\u00e7\u00e3o para o futuro, a Academia Liszt procurou reinventar e modernizar a pr\u00f3pria imagem, como contou \u00e0 euronews o respons\u00e1vel de comunica\u00e7\u00e3o e marketing da institui\u00e7\u00e3o, Imre Szab\u00f3 Stein: \u201cN\u00e3o h\u00e1 palavras para descrever o edif\u00edcio. A abund\u00e2ncia de motivos e ornamentos torna-o \u00fanico e a extens\u00e3o dos simbolismos nele representados ainda est\u00e1 por decifrar no seu todo. Partindo desses tesouros do ado, tent\u00e1mos projetar uma imagem moderna.\u201dA Academia foi fundada em 1875 por Franz Liszt na sua pr\u00f3pria casa e batizada, ent\u00e3o, como Academia de M\u00fasica Real Nacional da Hungria. Depois de ter sido recolocada num outro espa\u00e7o em Budapeste, mudou a denomina\u00e7\u00e3o para Universidade de M\u00fasica entre 1919 e 1925. Nesta altura, a institui\u00e7\u00e3o j\u00e1 havia sido de novo relocalizada e j\u00e1 ocupava o atual edif\u00edcio. Por ele aram, como estudantes, v\u00e1rios dos mais consagrados artistas da Hungria e no \u201lateau\u201d brilharam alguns dos mais importantes maestros e m\u00fasicos cl\u00e1ssicos do s\u00e9culo XX. \u201caram por aqui, por exemplo, grandes estrelas russas como Richter ou Rostropovich. Todos adoraram a sala. Mas n\u00e3o s\u00f3 pela ac\u00fastica, tamb\u00e9m pela atmosfera criada\u201d, sublinha Andr\u00e1s Batta, o presidente da Academia Liszt, descrevendo que, \u201elo formato do espa\u00e7o, artistas e p\u00fablico est\u00e3o mais pr\u00f3ximos\u201d: \u201cA sala \u00e9 como um g\u00e9nero de sino, o m\u00fasico \u00e9 o badalo e o p\u00fablico o eco das badaladas.\u201dA gala da reabertura contou no elenco com alguns dos melhores m\u00fasicos da atualidade. Do pianista Gergely Bog\u00e1nyi ao casal de violinistas Katalin Kokas e Barnab\u00e1s Kelemen, que tamb\u00e9m d\u00e3o aulas no conservat\u00f3rio da Academia Liszt. \u201c\u00c9 um templo de m\u00fasica, um santu\u00e1rio. Sempre que aqui entro sinto-me feliz. Esta \u00e9 a minha \u2018alma mater\u2019. Estudei aqui desde os meus 12 anos. Tudo o que sei, aprendi aqui e \u00e9 isso que eu posso ensinar agora aos meus alunos\u201d, explica-nos Katalin Kokas.Barnab\u00e1s Kelemen, por seu lado, recorda-nos o av\u00f4 para sublinhar a dedica\u00e7\u00e3o \u00e0 m\u00fasica: \u201cEra um dos mais influentes l\u00edderes de orquestras ciganas nos anos 30. Apenas o conheci atrav\u00e9s de filmes a preto e branco e a minha m\u00e3e quase nem se recorda dele porque morreu muito novo. Mas porque o sangue \u00e9 mais forte do que \u00e1gua, eu apanhei (dele) o gosto por tocar este tipo de m\u00fasica cigana.\u201dNa gala, Barnab\u00e1s e Katalin interpretaram alguns duetos para violino de B\u00e9la Bart\u00f3k, um compositor que ajudou este casal de violinistas a trocar votos tamb\u00e9m na vida real. \u201cJunt\u00e1mo-nos aos 17 anos, gra\u00e7as aos duetos de Bart\u00f3k, e nessa altura percebemos que \u00e9ramos feitos um para o outro. N\u00e3o conhec\u00edamos ainda o que o outro pensava da m\u00fasica, apenas percebemos que a harmonia entre n\u00f3s era perfeita e que as nossas diferen\u00e7as nos complementavam\u201d, remata Katalin Kokas, como que lustrando de forma feliz este regresso ao ativo da Academia de m\u00fasica Liszt, em Budapeste.No v\u00eddeo desta reportagem podem ouvir-se excertos das seguintes obras: \u2013 Johannes Brahms: Dan\u00e7a H\u00fangara N. 5; \u2013 B\u00e9la Bart\u00f3k: 44 Duetos para Violino (BB 104, excertos); \u2013 Ernst von Dohn\u00e1nyi, Quinteto para piano em C Menor, op. 1 \u2013 Allegro; \u2013 Franz Liszt, Reminisciencias de Don Juan.", "dateCreated": "2013-11-07T19:00:04+01:00", "dateModified": "2013-11-07T19:00:04+01:00", "datePublished": "2013-11-07T19:00:04+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F244730%2F1440x810_244730.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Academia Liszt volta a ouvir-se em Budapeste", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F244730%2F432x243_244730.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Academia Liszt volta a ouvir-se em Budapeste

Em parceria com
Academia Liszt volta a ouvir-se em Budapeste
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

Reabriu em outubro a Academia Liszt, uma das mais sumptuosas casas de música da Hungria. Após dois anos de trabalhos de restauro no edifício para onde se transferiu em 1907, este famoso conservatório magiar onde se formaram, por exemplo, Béla Bartók ou Georg Solti, e que é também uma magnífica sala de concertos clássicos, regressou ao ativo como um dos novos faróis culturais da Europa.

Honrando o ado, mas olhando com ambição para o futuro, a Academia Liszt procurou reinventar e modernizar a própria imagem, como contou à euronews o responsável de comunicação e marketing da instituição, Imre Szabó Stein: “Não há palavras para descrever o edifício. A abundância de motivos e ornamentos torna-o único e a extensão dos simbolismos nele representados ainda está por decifrar no seu todo. Partindo desses tesouros do ado, tentámos projetar uma imagem moderna.”

A Academia foi fundada em 1875 por Franz Liszt na sua própria casa e batizada, então, como Academia de Música Real Nacional da Hungria. Depois de ter sido recolocada num outro espaço em Budapeste, mudou a denominação para Universidade de Música entre 1919 e 1925. Nesta altura, a instituição já havia sido de novo relocalizada e já ocupava o atual edifício. Por ele aram, como estudantes, vários dos mais consagrados artistas da Hungria e no “plateau” brilharam alguns dos mais importantes maestros e músicos clássicos do século XX. “aram por aqui, por exemplo, grandes estrelas russas como Richter ou Rostropovich. Todos adoraram a sala. Mas não só pela acústica, também pela atmosfera criada”, sublinha András Batta, o presidente da Academia Liszt, descrevendo que, “pelo formato do espaço, artistas e público estão mais próximos”: “A sala é como um género de sino, o músico é o badalo e o público o eco das badaladas.”

A gala da reabertura contou no elenco com alguns dos melhores músicos da atualidade. Do pianista Gergely Bogányi ao casal de violinistas Katalin Kokas e Barnabás Kelemen, que também dão aulas no conservatório da Academia Liszt. “É um templo de música, um santuário. Sempre que aqui entro sinto-me feliz. Esta é a minha ‘alma mater’. Estudei aqui desde os meus 12 anos. Tudo o que sei, aprendi aqui e é isso que eu posso ensinar agora aos meus alunos”, explica-nos Katalin Kokas.

Barnabás Kelemen, por seu lado, recorda-nos o avô para sublinhar a dedicação à música: “Era um dos mais influentes líderes de orquestras ciganas nos anos 30. Apenas o conheci através de filmes a preto e branco e a minha mãe quase nem se recorda dele porque morreu muito novo. Mas porque o sangue é mais forte do que água, eu apanhei (dele) o gosto por tocar este tipo de música cigana.”

Na gala, Barnabás e Katalin interpretaram alguns duetos para violino de Béla Bartók, um compositor que ajudou este casal de violinistas a trocar votos também na vida real. “Juntámo-nos aos 17 anos, graças aos duetos de Bartók, e nessa altura percebemos que éramos feitos um para o outro. Não conhecíamos ainda o que o outro pensava da música, apenas percebemos que a harmonia entre nós era perfeita e que as nossas diferenças nos complementavam”, remata Katalin Kokas, como que lustrando de forma feliz este regresso ao ativo da Academia de música Liszt, em Budapeste.

No vídeo desta reportagem podem ouvir-se excertos das seguintes obras: – Johannes Brahms: Dança Húngara N. 5; – Béla Bartók: 44 Duetos para Violino (BB 104, excertos); – Ernst von Dohnányi, Quinteto para piano em C Menor, op. 1 – Allegro; – Franz Liszt, Reminisciencias de Don Juan.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Talentoso jovem maestro ganha Prémio Herbert von Karajan

Prémio Herbert von Karajan para Jovens Maestros: uma experiência emocionante

"Champion", a vida do pugilista Emile Griffith numa ópera-jazz