{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/cultura/2013/05/06/gregos-combatem-racismo" }, "headline": "Gregos combatem racismo", "description": "Gregos combatem racismo", "articleBody": "Todos os anos milhares de refugiados chegam \u00e0 Gr\u00e9cia na esperan\u00e7a de obter asilo. No entanto, \u00e9 frequente terem que esperar semanas ou mesmo meses para preencher a candidatura. Sem estatuto legal, os refugiados encontram-se numa situa\u00e7\u00e3o vulner\u00e1vel na qual a amea\u00e7a de deporta\u00e7\u00e3o \u00e9 uma constante.Em Atenas, volunt\u00e1rios nas ruas procuram sensibilizar as pessoas para esta situa\u00e7\u00e3o.O objetivo deste projeto \u00e9 melhorar a inclus\u00e3o social dos requerentes de asilo na Gr\u00e9cia. Mas ainda resta um longo caminho a percorrer. Para al\u00e9m das dificuldades istrativas como por exemplo as longas filas, as autoridades em Atenas apenas processam 20 pedidos por semana. Os requerentes de asilo e refugiados s\u00e3o cada vez mais v\u00edtimas de viol\u00eancia.Desde a elei\u00e7\u00e3o de 18 deputados do movimento Aurora Dourada \u2013 um partido de extrema-direita com um discurso anti-imigra\u00e7\u00e3o, que o n\u00famero de ataques contra estrangeiros tem vindo a aumentar.\u201c O racismo tornou-se muito frequente na Gr\u00e9cia. Eles v\u00eam um estrangeiro e dizem logo que n\u00e3o o querem l\u00e1 ter. N\u00e3o se preocupam com quem \u00e9, de onde vem, o que faz na vida. Para mim, \u00e9 importante falar sobre este tema \u00e0s pessoas\u201d, afirma Katerina Georgoudaki, uam volunt\u00e1ria da organiza\u00e7\u00e3o SCI Hellas.Kusha Bahrami de 30 anos, origin\u00e1rio do Ir\u00e3o, est\u00e1 na Gr\u00e9cia desde 2009. Ap\u00f3s v\u00e1rios anos de luta ele adquiriu estatuto legal.\u201cA situa\u00e7\u00e3o \u00e9 mais perigosa para os estrangeiros, especialmente para quem tem a pele mais escura. Muitas pessoas t\u00eam medo de sair \u00e0 rua. Eu tento n\u00e3o ficar at\u00e9 tarde no centro\u201d, adianta Kusha.Foi no centro de Atenas que h\u00e1 dois meses partiram o nariz a Zarif BakhTyari, um jovem afeg\u00e3o de 29 anos de idade. \u201cEstava a virar uma esquina quando algu\u00e9m me agrediu. N\u00e3o vi quem era, deram-me v\u00e1rios murros e pontap\u00e9s. Ca\u00ed no ch\u00e3o e eles foram-se embora.. N\u00e3o sei quem foi mas tudo se ou na \u00e1rea por onde andam os fascistas, Agios Panteleimonas\u201d, segundo afirma Zarif.Na Gr\u00e9cia, muitas organiza\u00e7\u00f5es de defesa dos direitos humanos exigem um sistema de asilo justo e eficaz. \u00c9 o caso da Amnistia Internacional.\u201cN\u00e3o h\u00e1 desculpa para se atropelarem os direitos humanos, independentemente da situa\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica. A Gr\u00e9cia \u00e9 um pa\u00eds de emigrantes tamb\u00e9m. A Gr\u00e9cia assinou tratados internacionais que t\u00eam que ser respeitados. Os direitos humanos t\u00eam que ser defendidos independentemente da nacionalidade, religi\u00e3o ou cor da pele\u201d, defende Elias Anagnostopoulos, da Amnistia Internacional.Este projeto, denominado \u201ortas Abertas\u201d envolve mais quatro pa\u00edses: Espanha, It\u00e1lia, Chipre e Hungria.Trata-se de uma iniciativa financiada pelo programa \u201cEuropa para os cidad\u00e3os\u201d, uma iniciativa da Comiss\u00e3o Europeia que promove a participa\u00e7\u00e3o dos cidad\u00e3os na constru\u00e7\u00e3o europeia atrav\u00e9s de trocas e coopera\u00e7\u00e3o. O parceiro grego desta iniciativa \u00e9 a organiza\u00e7\u00e3o SCI, Servi\u00e7o Civil Internacional, uma organiza\u00e7\u00e3o dedicada \u00e0 promo\u00e7\u00e3o da paz.Zarif abandonou o Afeganist\u00e3o depois de ter escrito uma pe\u00e7a de teatro que desagradou \u00e0s autoridades religiosas. O seu aporte de refugiado demorou um ano e meio a chegar. Em compara\u00e7\u00e3o com outros requerentes, tratou-se de um caso relativamente r\u00e1pido.15\u201d \u2013 Todos os anos milhares de refugiados chegam \u00e0 Gr\u00e9cia na esperan\u00e7a de obterem asilo. No entanto, \u00e9 frequente terem que esperar semanas ou mesmo meses para preencherem a candidatura a asilo. Sem estatuto legal, os refugiados encontram-se numa situa\u00e7\u00e3o fr\u00e1gil na qual a amea\u00e7a de deporta\u00e7\u00e3o \u00e9 uma constante.30\u201d \u2013 Em Atenas, volunt\u00e1rios chamam a aten\u00e7\u00e3o das pessoas para esta situa\u00e7\u00e3o.40\u201d \u2013 Female Stand up\u201cEstes jovens sabem que \u00e9 dif\u00edcil mudar esta realidade. Por enquanto o objetivo \u00e9 bem claro: compreender a atitude da sociedade perante os requerentes de asilo\u201d.51\u201d \u2013 O objetivo deste projeto \u00e9 melhorar a inclus\u00e3o social dos requerentes de asilo na Gr\u00e9cia. Mas ainda resta um longo caminho a percorrer\u2026 Para al\u00e9m das dificuldades istrativas como por exemplo as longas filas, as autoridades apenas processam 20 pedidos por semana, os requerentes de asilo e refugiados s\u00e3o cada vez mais v\u00edtimas de viol\u00eancia.Desde a elei\u00e7\u00e3o de 18 deputados do movimento Aurora Dourada \u2013 um partido de extrema-direita com um discurso anti-imigra\u00e7\u00e3o, que o n\u00famero de ataques contra estrangeiros tem vindo a aumentar.1\u201911\u201d \u2013 Katerina\u201c O racismo tornou-se muito popular na Gr\u00e9cia. Eles v\u00eam um estrangeiro e dizem logo que n\u00e3o o querem l\u00e1 ter. N\u00e3o se preocupam com quem \u00e9, de onde vem, o que faz na vida. Para mim, \u00e9 importante falar sobre este tema \u00e0s pessoas.\u201d1\u201940\u201d Kusha de 30 anos, origin\u00e1rio do Ir\u00e3o, est\u00e1 na Gr\u00e9cia desde 2009. Ap\u00f3s v\u00e1rios anos de luta ele adquiriu entretanto estatuto legal.\u201d1\u201952\u201d \u2013 Kusha (male)A situa\u00e7\u00e3o \u00e9 mais perigosa para os estrangeiros, especialmente para quem a pele mais escura. Muitas pessoas t\u00eam medo de sairem \u00e0 rua. Mesmo eu tento n\u00e3o ficar at\u00e9 tarde no centro.\u201d2\u201912\u201d Zarif (male)Foi no centro de Atenas que h\u00e1 dois meses partiram o nariz a este afeg\u00e3o de 29 anos de idade. 02\u201922\u201d \u2013 Estava a virar uma esquina quando algu\u00e9m me deu um murro no nariz. N\u00e3o vi quem era, deram-me v\u00e1rios murros e pontap\u00e9s. Eu ca\u00ed no ch\u00e3o e eles foram-se embora.. 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Gregos combatem racismo

Gregos combatem racismo
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Todos os anos milhares de refugiados chegam à Grécia na esperança de obter asilo. No entanto, é frequente terem que esperar semanas ou mesmo meses para preencher a candidatura. Sem estatuto legal, os refugiados encontram-se numa situação vulnerável na qual a ameaça de deportação é uma constante.

Em Atenas, voluntários nas ruas procuram sensibilizar as pessoas para esta situação.

Para além das dificuldades istrativas, as autoridades de Atenas apenas processam 20 pedidos de asilo por semana, os refugiados são cada vez mais vítimas de violência.

Desde a eleição de 18 deputados do movimento Aurora Dourada – um partido de extrema-direita com um discurso anti-imigração, que o número de ataques contra estrangeiros tem vindo a aumentar.

“ O racismo tornou-se muito frequente na Grécia. Eles vêm um estrangeiro e dizem logo que não o querem. Não querem saber quem é, de onde vem, o que faz na vida. Para mim, é importante falar sobre este tema às pessoas”, afirma Katerina Georgoudaki, uam voluntária da organização SCI Hellas.

Kusha Bahrami de 30 anos, originário do Irão, está na Grécia desde 2009. Após vários anos de luta ele adquiriu estatuto legal.

“A situação é mais perigosa para os estrangeiros, especialmente para quem tem a pele mais escura. Muitas pessoas têm medo de sair à rua. Eu tento não ficar até tarde no centro”, confessa Kusha.

Foi no centro de Atenas que há dois meses partiram o nariz a Zarif BakhTyari, um jovem afegão de 29 anos de idade.

“Estava a ar, numa esquina, quando alguém me agrediu. Não vi quem era, deram-me vários murros e pontapés. Caí no chão e eles foram-se embora.. Não sei quem eram, só sei que foi na área por onde andam os fascistas, em Agios Panteleimonas”, afirma Zarif.

Zarif abandonou o Afeganistão depois de ter escrito uma peça de teatro que desagradou às autoridades religiosas. O seu aporte de refugiado demorou um ano e meio a chegar. Em comparação com outros requerentes, tratou-se de um caso relativamente rápido.

Na Grécia, muitas organizações de defesa dos direitos humanos exigem um sistema de asilo justo e eficaz. É o caso da Amnistia Internacional.

“Não há desculpa para se atropelarem os direitos humanos, independentemente da situação económica. A Grécia é um país de emigrantes também. A Grécia assinou tratados internacionais que têm que ser respeitados. Os direitos humanos têm que ser defendidos independentemente da nacionalidade, religião ou cor da pele”, defende Elias Anagnostopoulos, da Amnistia Internacional.

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