As ações estão a subir em Wall Street e em todo o mundo, recuperando das perdas históricas da semana ada e de segunda-feira, motivadas pela imposição de tarifas alfandegárias por parte do presidente dos EUA Donald Trump.
O S&P 500 subia 3,9% pouco depois da abertura dos mercados norte-americanos esta terça-feira, enquanto o Dow Jones avançava 3,8% e o índice tecnológico Nasdaq ganhava mais de 4%.
No entanto, os observadores do mercado dizem que é provável que haja novas oscilações, com a instabilidade causada pela imposição de tarifas alfandegárias por parte dos EUA a manter-se.
Recuperação dos mercados globais
A recuperação global desta terça-feira segue-se a um dia de loucos em Wall Street, em que as cotações caíram a pique depois de Trump ter ameaçado aumentar ainda mais as tarifas de dois dígitos já anunciadas.
Entre as ações em destaque nesta sessão está a Levi Strauss, que subia mais de 10% depois de superar as metas de lucro dos analistas e prever um forte 2025, apesar da guerra comercial em curso e da ameaça das tarifas.
A CVS Health subia mais de 8% depois de a rede de drogarias ter nomeado um novo diretor financeiro, com efeito no final deste mês.
As acções de seguradoras de saúde como a Humana, a United Health e a Elevance subiram acentuadamente depois de os centros para os serviços Medicare e Medicaid terem anunciado um aumento de 5,06% nos pagamentos da Medicare para o próximo ano, o que foi mais forte do que o esperado. A Humana, uma empresa com uma capitalização bolsista de mais de 30 mil milhões de dólares, subiu quase 15%.
A semana que se segue
A época dos resultados das empresas arranca esta semana com a Delta Air Lines a apresentar o seu relatório na quarta-feira e os principais bancos dos EUA a apresentarem os seus mais recentes resultados esta sexta-feira. O setor dos transportes aéreos, que previa um forte 2025, foi um dos mais atingidos pela implementação de tarifas por Trump.
Os bancos divulgam resultados trimestrais esta sexta-feira, mas as atenções vão estar focadas nas previsões sobre as crescentes tensões comerciais globais desencadeadas pelas tarifas de Trump.
Esta quinta-feira, o governo norte-americano publica os dados mais recentes sobre a inflação, que poderão influenciar a próxima decisão da Reserva Federal sobre as taxas de juro. Muitos economistas aumentaram as probabilidades de uma recessão nos EUA devido às tarifas e sugerem que a Reserva Federal poderá ter de intervir e reduzir as taxas para ajudar a estimular o crescimento económico.