Os ministros do Comércio, reunidos no Luxemburgo esta segunda-feira, aproximaram-se de um acordo sobre uma lista de produtos norte-americanos a visar em resposta à recente decisão dos EUA de impor taxas aduaneiras sobre o aço e o alumínio.
Os ministros do Comércio da União Europeia, reunidos no Luxemburgo esta segunda-feira, chegaram a um acordo sobre uma lista de produtos norte-americanos a visar em resposta à recente decisão dos EUA de impor tarifas sobre o aço e o alumínio.
No entanto, continua a ser debatida uma segunda ronda destinada a responder aos direitos aduaneiros gerais de 20% sobre outras importações do bloco e a uma taxa fixa de 25% sobre os automóveis.
A primeira ronda de contramedidas, que deverá ser adotada na quarta-feira, deverá incluir produtos norte-americanos como o uísque bourbon, embora esta inclusão continue a ser discutível, especialmente após as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 200% aos vinhos e bebidas espirituosas europeias se o uísque continuar na lista.
Nas últimas semanas, França, Itália e Espanha lideraram os apelos para que o uísque fosse retirado das medidas de retaliação, de forma a evitar uma escalada das tensões com os EUA.
"Precisamos de encontrar o equilíbrio certo para proteger as economias mais expostas da UE", disse um diplomata da UE à Euronews: "Estamos unidos no nosso desejo de uma resposta proporcional, porque as medidas de retaliação contra os produtos americanos terão um efeito de dominó sobre as nossas indústrias."
As tarifas de retaliação serão aplicadas gradualmente a partir de 15 de abril, com uma segunda vaga prevista para 15 de maio. O objetivo destas medidas iniciais é empurrar os EUA para a mesa das negociações, assinalando a disponibilidade da UE para se manter firme no atual conflito comercial.
Embora se espere que o acordo sobre a primeira ronda de tarifas esteja concluído na quarta-feira, está ainda a ser discutida uma segunda fase da estratégia da UE.
Este "plano B" abordaria as tarifas dos EUA sobre os automóveis e outros setores, mas os Estados-membros estão divididos quanto à melhor abordagem. As maiores economias, como França e Alemanha, mostraram-se abertas a contramedidas mais agressivas, como o bloqueio das empresas americanas a contratos públicos da UE, enquanto os países mais pequenos, como Espanha, Itália e Irlanda, preferem uma resposta mais cautelosa.
Apesar destas divisões, a UE está a tentar manter uma posição unificada. Uma vez aprovada a primeira lista, a UE espera que esta sirva de alavanca em futuras negociações com os EUA, sublinhando a disponibilidade do bloco para uma escalada, se necessário. No entanto, os dirigentes querem evitar uma guerra comercial e estão determinados a encontrar um equilíbrio entre uma posição firme e a manutenção dos laços diplomáticos com Washington.