{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2025/04/02/esta-e-a-nossa-declaracao-de-independencia-economica-trump-anuncia-tarifas-de-20-para-a-ue" }, "headline": "\u201cEsta \u00e9 a nossa declara\u00e7\u00e3o de independ\u00eancia econ\u00f3mica\u0022: Trump anuncia tarifas de 20% para a UE", "description": "O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, na quarta-feira, novas tarifas comerciais que visam aumentar a press\u00e3o sobre outros pa\u00edses. Taxa de 25% nas importa\u00e7\u00f5es de autom\u00f3veis entra em vigor esta quinta-feira.", "articleBody": "O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma s\u00e9rie de novas tarifas comerciais que visam aumentar a press\u00e3o sobre outros pa\u00edses. Segundo Trump, as tarifas que os Estados Unidos ir\u00e3o cobrar ser\u00e3o metade das taxas que ele afirma que outros pa\u00edses aplicam aos EUA, alegando que, por \u0022generosidade\u0022, os EUA est\u00e3o a ser mais moderados em compara\u00e7\u00e3o com as pr\u00e1ticas comerciais internacionais.Trump usou um quadro ilustrativo para mostrar as tarifas que, na sua opini\u00e3o, os pa\u00edses aplicam aos EUA. No caso da Uni\u00e3o Europeia, que segundo ele \u0022parecem muito simp\u00e1ticos, mas roubam-nos \u00e0 descarada\u0022, afirmou que os europeus cobram tarifas de 39% aos produtos norte-americanos. Em resposta, anunciou uma tarifa de 20% sobre os produtos da UE. \u0022Estamos a ser muito generosos\u0022, declarou Trump, destacando que, por enquanto, as tarifas impostas pelos EUA n\u00e3o ser\u00e3o totalmente rec\u00edprocas. Explicou que a decis\u00e3o de n\u00e3o adotar tarifas inteiramente equivalentes se deve ao facto de que, na sua leitura, outros pa\u00edses imp\u00f5em taxas ainda maiores, al\u00e9m de existirem o que ele chamou de \u0022barreiras n\u00e3o-tarif\u00e1rias\u0022.A novas medias tamb\u00e9m incluem uma tarifa de 25% sobre todos os autom\u00f3veis fabricados no estrangeiro, que entrar\u00e1 em vigor a partir das 00h00. Segundo Trump, essas novas tarifas s\u00e3o um o fundamental para \u0022finalmente tornar a Am\u00e9rica grande de novo\u0022.Donald Trump, tamb\u00e9m declarou um imposto de base de 10% sobre as importa\u00e7\u00f5es de todos os pa\u00edses.Atrav\u00e9s do seu gr\u00e1fico, Trump mostrou ainda que a China aplica aos Estados Unidos uma tarifa de 67%, pelo que lhes ir\u00e3o aplicar uma tarifa de 34%.Ao Vietname ser\u00e3o aplicadadas tarifas de 46%, a Taiwan 32%, ao Jap\u00e3o 24%, \u00e0 \u00cdndia 26%, \u00e0 Coreia do Sul 25%, \u00e0 Tail\u00e2ndia 36%, ao Reino Unido 10%, \u00e0 Venezuela 15%, entre outros pa\u00edses. Para Trump \u0022o dia 2 de abril de 2025 ser\u00e1 para sempre recordado como o dia em que a ind\u00fastria americana renasceu\u0022.Um dia antes, na ter\u00e7a-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, tinha antecipado que as novas tarifas entrariam em vigor imediatamente ap\u00f3s o seu an\u00fancio oficial.\u0022Europa est\u00e1 preparada para responder\u0022L\u00edderes mundiais depressa reagiram ao an\u00fancio de Donald Trump, alertando para as consequ\u00eancias nefastas das medidas para a economia mundial. A presidente da Comiss\u00e3o Europeia diz que as tarifas universais anunciadas por Donald Trump representam \u0022um grande golpe para empresas e consumidores em todo o mundo\u0022. \u201cAs consequ\u00eancias ser\u00e3o terr\u00edveis para milh\u00f5es de pessoas em todo o mundo\u201d, afirmou von der Leyen. Os produtos alimentares, os transportes e os medicamentos ser\u00e3o mais caros, afirmou durante uma visita ao Uzbequist\u00e3o, \u201ce isto est\u00e1 a prejudicar, em particular, os cidad\u00e3os mais vulner\u00e1veis\u201d.Von der Leyen reconheceu que o sistema comercial mundial tem \u201cgraves defici\u00eancias\u201d e afirmou que a UE est\u00e1 disposta a negociar com os EUA, mas tamb\u00e9m est\u00e1 preparada para responder com contramedidas.O governo brit\u00e2nico afirmou que os Estados Unidos continuam a ser o \u201caliado mais pr\u00f3ximo\u201d do Reino Unido e o secret\u00e1rio de Estado dos Neg\u00f3cios, Jonathan Reynolds, disse que o Reino Unido espera chegar a um acordo comercial para \u201catenuar o impacto\u201d das tarifas de 10% sobre os produtos brit\u00e2nicos.\u201cNingu\u00e9m quer uma guerra comercial e a nossa inten\u00e7\u00e3o continua a ser garantir um acordo\u201d, afirmou Reynolds. \u201cMas nada est\u00e1 fora de quest\u00e3o e o governo far\u00e1 tudo o que for necess\u00e1rio para defender os interesses nacionais do Reino Unido.\u201dO Jap\u00e3o, o aliado mais pr\u00f3ximo dos Estados Unidos na \u00c1sia, planeia analisar de perto as tarifas dos EUA e o seu impacto, disse o secret\u00e1rio-chefe do Gabinete Yoshimasa Hayashi, evitando falar de retalia\u00e7\u00e3o. Mas ele disse que as medidas teriam um grande impacto nas rela\u00e7\u00f5es com os EUA.A primeira-ministra conservadora da It\u00e1lia, Giorgia Meloni, disse que as tarifas mais altas n\u00e3o beneficiariam nenhum dos lados.O Brasil, atingido por um direito aduaneiro de 10%, afirmou estar a considerar a possibilidade de recorrer \u00e0 Organiza\u00e7\u00e3o Mundial do Com\u00e9rcio. O Congresso do pa\u00eds aprovou, por unanimidade, um projeto de lei que permite a retalia\u00e7\u00e3o de quaisquer direitos aduaneiros sobre os produtos brasileiros.A China, que foi o pa\u00eds mais afetado pelas medidas anunciadas exigiu que os EUA revogassem as novas medidas, amea\u00e7ando com retalia\u00e7\u00e3o. O Minist\u00e9rio do Com\u00e9rcio da China afirmou que Pequim iria \u201ctomar resolutamente contra-medidas para salvaguardar os seus pr\u00f3prios direitos e interesses\u201d, sem dizer exatamente o que poderia fazer. Com as anteriores rondas de direitos aduaneiros, a China reagiu impondo direitos mais elevados sobre as exporta\u00e7\u00f5es americanas de produtos agr\u00edcolas, limitando simultaneamente as exporta\u00e7\u00f5es de minerais utilizados nas ind\u00fastrias de alta tecnologia, como os ve\u00edculos el\u00e9ctricos.\u201cA China insta os Estados Unidos a cancelarem imediatamente as suas medidas aduaneiras unilaterais e a resolverem adequadamente as diferen\u00e7as com os seus parceiros comerciais atrav\u00e9s de um di\u00e1logo equitativo\u201d, afirmou.", "dateCreated": "2025-04-02T22:03:02+02:00", "dateModified": "2025-04-03T08:44:22+02:00", "datePublished": "2025-04-02T22:44:40+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F16%2F33%2F20%2F1440x810_cmsv2_884fbbf6-84d6-588d-864e-4be0296277f7-9163320.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Donald Trump anuncia tarifas", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F16%2F33%2F20%2F432x243_cmsv2_884fbbf6-84d6-588d-864e-4be0296277f7-9163320.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

“Esta é a nossa declaração de independência económica": Trump anuncia tarifas de 20% para a UE

Donald Trump anuncia tarifas
Donald Trump anuncia tarifas Direitos de autor Mark Schiefelbein/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Mark Schiefelbein/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
De Euronews com AP
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, na quarta-feira, novas tarifas comerciais que visam aumentar a pressão sobre outros países. Taxa de 25% nas importações de automóveis entra em vigor esta quinta-feira.

PUBLICIDADE

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma série de novas tarifas comerciais que visam aumentar a pressão sobre outros países.

Segundo Trump, as tarifas que os Estados Unidos irão cobrar serão metade das taxas que ele afirma que outros países aplicam aos EUA, alegando que, por "generosidade", os EUA estão a ser mais moderados em comparação com as práticas comerciais internacionais.

Trump usou um quadro ilustrativo para mostrar as tarifas que, na sua opinião, os países aplicam aos EUA. No caso da União Europeia, que segundo ele "parecem muito simpáticos, mas roubam-nos à descarada", afirmou que os europeus cobram tarifas de 39% aos produtos norte-americanos. Em resposta, anunciou uma tarifa de 20% sobre os produtos da UE.

Donald Trump
Donald TrumpEvan Vucci/Copyright 2025 The AP. All rights reserved

"Estamos a ser muito generosos", declarou Trump, destacando que, por enquanto, as tarifas impostas pelos EUA não serão totalmente recíprocas. Explicou que a decisão de não adotar tarifas inteiramente equivalentes se deve ao facto de que, na sua leitura, outros países impõem taxas ainda maiores, além de existirem o que ele chamou de "barreiras não-tarifárias".

A novas medias também incluem uma tarifa de 25% sobre todos os automóveis fabricados no estrangeiro, que entrará em vigor a partir das 00h00. Segundo Trump, essas novas tarifas são um o fundamental para "finalmente tornar a América grande de novo".

Donald Trump, também declarou um imposto de base de 10% sobre as importações de todos os países.

Através do seu gráfico, Trump mostrou ainda que a China aplica aos Estados Unidos uma tarifa de 67%, pelo que lhes irão aplicar uma tarifa de 34%.

Ao Vietname serão aplicadadas tarifas de 46%, a Taiwan 32%, ao Japão 24%, à Índia 26%, à Coreia do Sul 25%, à Tailândia 36%, ao Reino Unido 10%, à Venezuela 15%, entre outros países.

Para Trump "o dia 2 de abril de 2025 será para sempre recordado como o dia em que a indústria americana renasceu".

Um dia antes, na terça-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, tinha antecipado que as novas tarifas entrariam em vigor imediatamente após o seu anúncio oficial.

"Europa está preparada para responder"

Líderes mundiais depressa reagiram ao anúncio de Donald Trump, alertando para as consequências nefastas das medidas para a economia mundial.

A presidente da Comissão Europeia diz que as tarifas universais anunciadas por Donald Trump representam "um grande golpe para empresas e consumidores em todo o mundo".

“As consequências serão terríveis para milhões de pessoas em todo o mundo”, afirmou von der Leyen. Os produtos alimentares, os transportes e os medicamentos serão mais caros, afirmou durante uma visita ao Uzbequistão, “e isto está a prejudicar, em particular, os cidadãos mais vulneráveis”.

Von der Leyen reconheceu que o sistema comercial mundial tem “graves deficiências” e afirmou que a UE está disposta a negociar com os EUA, mas também está preparada para responder com contramedidas.

O governo britânico afirmou que os Estados Unidos continuam a ser o “aliado mais próximo” do Reino Unido e o secretário de Estado dos Negócios, Jonathan Reynolds, disse que o Reino Unido espera chegar a um acordo comercial para “atenuar o impacto” das tarifas de 10% sobre os produtos britânicos.

“Ninguém quer uma guerra comercial e a nossa intenção continua a ser garantir um acordo”, afirmou Reynolds. “Mas nada está fora de questão e o governo fará tudo o que for necessário para defender os interesses nacionais do Reino Unido.”

O Japão, o aliado mais próximo dos Estados Unidos na Ásia, planeia analisar de perto as tarifas dos EUA e o seu impacto, disse o secretário-chefe do Gabinete Yoshimasa Hayashi, evitando falar de retaliação. Mas ele disse que as medidas teriam um grande impacto nas relações com os EUA.

A primeira-ministra conservadora da Itália, Giorgia Meloni, disse que as tarifas mais altas não beneficiariam nenhum dos lados.

O Brasil, atingido por um direito aduaneiro de 10%, afirmou estar a considerar a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio. O Congresso do país aprovou, por unanimidade, um projeto de lei que permite a retaliação de quaisquer direitos aduaneiros sobre os produtos brasileiros.

A China, que foi o país mais afetado pelas medidas anunciadas exigiu que os EUA revogassem as novas medidas, ameaçando com retaliação.

O Ministério do Comércio da China afirmou que Pequim iria “tomar resolutamente contra-medidas para salvaguardar os seus próprios direitos e interesses”, sem dizer exatamente o que poderia fazer.

Com as anteriores rondas de direitos aduaneiros, a China reagiu impondo direitos mais elevados sobre as exportações americanas de produtos agrícolas, limitando simultaneamente as exportações de minerais utilizados nas indústrias de alta tecnologia, como os veículos eléctricos.

“A China insta os Estados Unidos a cancelarem imediatamente as suas medidas aduaneiras unilaterais e a resolverem adequadamente as diferenças com os seus parceiros comerciais através de um diálogo equitativo”, afirmou.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Von der Leyen promete usar todas as cartas para "fazer frente" às tarifas recíprocas de Trump

Antonio Filosa é o novo diretor executivo da gigante automóvel Stellantis

Empresas europeias cortam custos e reduzem investimentos na China