Paul Marchant “reconheceu o seu erro de julgamento”, afirmou a empresa proprietária da Primark, a Associated British Foods, esta segunda-feira.
O diretor-executivo da marca de moda de baixo custo Primark demitiu-se com efeitos imediatos na sequência de uma queixa apresentada por uma mulher relativamente ao comportamento dele para com ela num ambiente social.
A saída de Paul Marchant segue-se a uma investigação sobre a alegação, de acordo com um comunicado divulgado esta segunda-feira pela empresa-mãe da Primark, a Associated British Foods (ABF).
“Marchant cooperou com a investigação, reconheceu o seu erro de julgamento e aceitou que as suas ações ficaram aquém dos padrões esperados pela ABF”, lê-se no comunicado.
“Pediu desculpa à pessoa em causa, ao Conselho de istração da ABF e, também, aos seus colegas da Primark e a outras pessoas ligadas à empresa”, acrescentou.
A ABF sublinhou que procura proporcionar um local de trabalho fundado no respeito para com todos os funcionários, com o diretor-executivo da empresa-mãe, George Weston, a referir que estava “imensamente desapontado”.
“A nossa cultura tem de ser, e é, maior do que qualquer indivíduo”, afirmou Weston.
Eoin Tonge, atualmente diretor financeiro da ABF, substituirá Marchant a título temporário.
Antes de entrar para a Primark como diretor de Operações em 2009 e de chegar a diretor-executivo no final desse ano, Marchant trabalhou anteriormente para marcas como a Topman, a Debenhams, a River Island e a New Look.
Sob o comando de Marchant, a Primark expandiu-se rapidamente, mais do que duplicando o número de lojas durante o seu mandato como diretor-executivo.
A ABF, que também é proprietária de marcas mais pequenas, não relacionadas com o setor do vestuário, incluindo a Ovaltine, a Ryvita e a Twinings, obteve uma receita de 20,1 mil milhões de libras (24,0 mil milhões de euros) no ano ado, em comparação com os 19,8 mil milhões de libras (23,7 mil milhões de euros) registados no ano anterior.
A Primark foi responsável por cerca de metade desse total.