{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2022/06/22/a-solidariedade-da-uniao-europeia-face-aos-refugiados-ucranianos" }, "headline": "A solidariedade da Uni\u00e3o Europeia face aos refugiados ucranianos", "description": "Os ucranianos t\u00eam o direito de trabalhar na UE at\u00e9 3 anos - mas qu\u00e3o dif\u00edcil \u00e9 encontrar um emprego? Real Economy segue as hist\u00f3rias de duas mulheres \u00e0 procura de trabalho.", "articleBody": "Os ucranianos t\u00eam o direito de trabalhar na UE at\u00e9 3 anos - mas qu\u00e3o dif\u00edcil \u00e9 encontrar um emprego? Real Economy segue as hist\u00f3rias de duas mulheres \u00e0 procura de trabalho. A euronews foi at\u00e9 Viena, para acompanhar refugiados ucranianos que procuram emprego. O que significa este afluxo de refugiados para a m\u00e3o-de-obra e para a economia da Europa? Curso intensivo Quais s\u00e3o os principais obst\u00e1culos \u00e0 procura de emprego para os refugiados ucranianos? Desde o in\u00edcio da guerra da R\u00fassia na Ucr\u00e2nia, mais de 7 milh\u00f5es de ucranianos fugiram do seu pa\u00eds, embora se estime que 2 milh\u00f5es tenham regressado a casa. A maioria s\u00e3o mulheres e crian\u00e7as. T\u00eam o direito de viver e trabalhar na UE at\u00e9 3 anos, mas enfrentam v\u00e1rias dificuldades para encontrar emprego: nem sempre falam a l\u00edngua, precisam de cuidar das crian\u00e7as, as suas qualifica\u00e7\u00f5es podem n\u00e3o ser reconhecidas e podem estar a sofrer de traumas graves. Como \u00e9 que a UE est\u00e1 a ajudar os refugiados ucranianos a encontrar trabalho? A UE est\u00e1 a ajudar as pessoas que chegam da Ucr\u00e2nia a adquirirem as compet\u00eancias necess\u00e1rias para entrarem no mercado de trabalho da UE, oferecendo cursos de l\u00ednguas e forma\u00e7\u00e3o. Publicou diretrizes em l\u00edngua ucraniana para os rec\u00e9m-chegados sobre como aceder ao mercado de trabalho. A Comiss\u00e3o Europeia est\u00e1 a fornecer aos pa\u00edses orienta\u00e7\u00f5es sobre como ajudar os empregadores da UE a compreender e a reconhecer as compet\u00eancias e qualifica\u00e7\u00f5es ucranianas. Traduziu o Euro para ucraniano - no qual os utilizadores criam um CV para utiliza\u00e7\u00e3o em toda a Europa: Est\u00e1 tamb\u00e9m a ser lan\u00e7ado um \u0022centro de talentos da UE\u0022 para fazer corresponder as compet\u00eancias dos refugiados ucranianos a ofertas de emprego. Qual \u00e9 o papel da rede dos Servi\u00e7os P\u00fablicos de Emprego da UE? 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Johannes Kopf, Diretor-Geral do Servi\u00e7o P\u00fablico de Emprego Austr\u00edaco: O tema surgiu poucos dias ap\u00f3s o in\u00edcio desta terr\u00edvel guerra, onde os nossos colegas polacos informaram a rede que os primeiros ucranianos iriam aparecer e precisar de ajuda. E isto levou realmente a uma grande onda de solidariedade no seio dos servi\u00e7os p\u00fablicos de emprego em toda a Europa. H\u00e1 alguns Estados: Su\u00e9cia, Alemanha, \u00c1ustria tamb\u00e9m, claro, que ganharam muita experi\u00eancia na crise dos refugiados de 2015/16. Por exemplo, organizam o processo de reconhecimento de compet\u00eancias ou de como fazer o mapa individual de capacidades na l\u00edngua materna. Naomi Lloyd, Euronews: Como n\u00e3o \u00e9 certo quanto tempo \u00e9 que esta guerra vai durar, os ucranianos querem voltar para casa. Assim sendo, como \u00e9 que os integram na for\u00e7a de trabalho na Europa? Johannes Kopf, Diretor-Geral do Servi\u00e7o P\u00fablico de Emprego Austr\u00edaco: Neste momento, a maior parte das pessoas que v\u00eam, s\u00e3o mulheres com filhos pequenos e t\u00eam necessidades diferentes, \u00e9 claro. O mais importante \u00e9 a necessidade de cuidados infantis. A \u00c1ustria tem de organizar lugares suficientes nas escolas, no infant\u00e1rio... E o o seguinte \u00e9 a entrada no mercado de trabalho. \u00c9 claro que h\u00e1 vagas e empresas que est\u00e3o realmente \u00e0 procura de pessoal qualificado e que t\u00eam agora a esperan\u00e7a de encontrar, por exemplo, especialistas em Tecnologias da Informa\u00e7\u00e3o da Ucr\u00e2nia. Claro que sim. Mas eu n\u00e3o gosto muito de misturar temas de asilo ou refugiados com as necessidades do mercado de trabalho. E sim, \u00e9 melhor integrar todas estas pessoas do que simplesmente pagar-lhes presta\u00e7\u00f5es sociais. Mas primeiro e \u00e9 o mais importante: \u00e9 uma quest\u00e3o humanit\u00e1ria. 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A solidariedade da União Europeia face aos refugiados ucranianos

Em parceria comThe European Commission
A solidariedade da União Europeia face aos refugiados ucranianos
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De Naomi Lloyd & Patricia Tavares
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Os ucranianos têm o direito de trabalhar na UE até 3 anos - mas quão difícil é encontrar um emprego? Real Economy segue as histórias de duas mulheres à procura de trabalho.

Os ucranianos têm o direito de trabalhar na UE até 3 anos - mas quão difícil é encontrar um emprego? Real Economy segue as histórias de duas mulheres à procura de trabalho.

A euronews foi até Viena, para acompanhar refugiados ucranianos que procuram emprego. O que significa este afluxo de refugiados para a mão-de-obra e para a economia da Europa?

Curso intensivo

Quais são os principais obstáculos à procura de emprego para os refugiados ucranianos?

Desde o início da guerra da Rússia na Ucrânia, mais de 7 milhões de ucranianos fugiram do seu país, embora se estime que 2 milhões tenham regressado a casa.

A maioria são mulheres e crianças. Têm o direito de viver e trabalhar na UE até 3 anos, mas enfrentam várias dificuldades para encontrar emprego: nem sempre falam a língua, precisam de cuidar das crianças, as suas qualificações podem não ser reconhecidas e podem estar a sofrer de traumas graves.

Como é que a UE está a ajudar os refugiados ucranianos a encontrar trabalho?

A UE está a ajudar as pessoas que chegam da Ucrânia a adquirirem as competências necessárias para entrarem no mercado de trabalho da UE, oferecendo cursos de línguas e formação. Publicou diretrizes em língua ucraniana para os recém-chegados sobre como aceder ao mercado de trabalho.

A Comissão Europeia está a fornecer aos países orientações sobre como ajudar os empregadores da UE a compreender e a reconhecer as competências e qualificações ucranianas.

Traduziu o Euro para ucraniano - no qual os utilizadores criam um CV para utilização em toda a Europa:

Está também a ser lançado um "centro de talentos da UE" para fazer corresponder as competências dos refugiados ucranianos a ofertas de emprego.

Qual é o papel da rede dos Serviços Públicos de Emprego da UE?

A Rede dos Serviços Públicos de Emprego (SPE) da UE inclui os 27 países da UE, Noruega, Islândia e Lichtenstein e a Comissão Europeia e permite aos Serviços Públicos de Emprego de cada país a partilha das melhores práticas e a troca de ideias e experiências.

A Rede Europeia dos SPE expressou publicamente a sua solidariedade para com os ucranianos e o seu empenho em apoiar aqueles que fogem à guerra. Os Estados Membros têm partilhado entre si as suas experiências de anteriores crises de refugiados.

Na Áustria, pouco mais de 40 mil refugiados ucranianos decidiram ficar com os filhos. Uma autorização de residência temporária permite-lhes viver e trabalhar no país na Áustria.

Quais são as oportunidades profissionais para estas pessoas, a maioria das quais são mulheres com filhos. E como é que o país está organizado para os ajudar? Duas refugiadas ucranianas falam-me da sua viagem.
Fanny Gauret
Euronews

Direção sul do país, na região da Caríntia, conhecida pelas suas paisagens. Natalia trabalha num hotel. Na Ucrânia era esteticista. Quando chegou a um centro de refugiados, a direção do hotel ofereceu-lhe alojamento e um emprego. 

A indústria do turismo na Áustria está em plena expansão. Desde 2019 o número de vagas de emprego no setor hoteleiro duplicou, com muitos empregadores a não conseguirem encontrar pessoal.  Para a gerente, Alexandra, oferecer quartos gratuitos e postos de trabalho vagos aos refugiados ucranianos, durante a época de verão, foi uma decisão óbvia.

Atualmente vivem aqui cerca de 60 a 70 pessoas e 29 trabalham para nós em diferentes áreas: na cozinha, no restaurante, na limpeza da casa, nos serviços de construção, no acolhimento de crianças. Isto está a correr muito bem. Claro que existe uma barreira linguística, mas nós podemos lidar com ela.
Alexandra Tiefenbacher
Recursos Humanos

Natalia fala algumas palavras de inglês, o que lhe permite comunicar com os colegas. Mas gerir o seu horário de trabalho sazonal, e cuidar da sua filha de 5 anos, nem sempre é fácil.  

Bem, é difícil. Há aqui uma sala de jogos para crianças, mas está aberta até às 16h30. Se estiver num turno de trabalho até às 23h, ainda preciso de pedir a alguém para tomar conta dela.
Nataliia Voznyuk
Empregada de mesa

Na Áustria, outros setores como a saúde e as TI também precisam de pessoas qualificadas. Mas mesmo que metade dos refugiados ucranianos aqui registados tenham um diploma universitário é-lhes difícil aceder imediatamente a estes postos de trabalho.  

De regresso a Viena, com outra refugiada ucraniana, Ganna, mãe de 3 filhos, e uma professora alemã. Juntei-me a ela no caminho para um centro de emprego para refugiados.  

O mais importante para mim era encontrar lugares na escola para os meus três filhos. E agora que resolvi isso estou à procura de um emprego.
Ganna Zhygun
Refugiada

 Ganna gostaria de trabalhar como professora de alemão para ajudar outros refugiados que não falam a língua. Mas o seu diploma não é reconhecido na Áustria.

Os meus documentos têm de ser traduzidos, legalmente reconhecidos aqui. Isto é um problema para mim. Demora muito tempo.
Ganna Zhygun
Refugiada

Os funcionários do centro de emprego estão a ajudar Ganna com este processo.

Acompanhamo-los, traduzimos e ajudamos no que for necessário. O objetivo é construir uma grande rede, trabalhar em conjunto com todos os parceiros, para que possamos ajudar o mais rapidamente possível.
Marjana Celebi
Itworks

Entretanto, Ganna, tal como outros refugiados registados na Áustria, recebe um salário mínimo e um seguro de saúde.  

Como pode a Europa enfrentar o desafio de integrar com êxito os refugiados ucranianos? Coloco a questão a Sandra Leitner, uma especialista em movimentos migratórios. 

Naomi Lloyd encontrou-se com o chefe da Rede Europeia de Serviços Públicos de Emprego, Johannes Kopf, em Viena.

A rede PES da UE inclui todos os 27 países da UE, Noruega, Islândia e Lichtenstein e a Comissão Europeia e permite-lhes partilhar as melhores práticas e trocar ideias e experiências.

A rede desempenha um papel fundamental na adequação das competências dos recém-chegados ucranianos às necessidades do mercado de trabalho e expressou publicamente a sua solidariedade com os ucranianos e o seu empenho em apoiar os que fogem da guerra.

Naomi Lloyd, Euronews: É o Diretor-Geral do Serviço Público de Emprego Austríaco. É também o chefe da rede europeia. Como está a lidar com este afluxo de refugiados ucranianos a nível europeu?

Johannes Kopf, Diretor-Geral do Serviço Público de Emprego Austríaco: O tema surgiu poucos dias após o início desta terrível guerra, onde os nossos colegas polacos informaram a rede que os primeiros ucranianos iriam aparecer e precisar de ajuda. E isto levou realmente a uma grande onda de solidariedade no seio dos serviços públicos de emprego em toda a Europa. Há alguns Estados: Suécia, Alemanha, Áustria também, claro, que ganharam muita experiência na crise dos refugiados de 2015/16. Por exemplo, organizam o processo de reconhecimento de competências ou de como fazer o mapa individual de capacidades na língua materna.

Naomi Lloyd, Euronews: Como não é certo quanto tempo é que esta guerra vai durar, os ucranianos querem voltar para casa. Assim sendo, como é que os integram na força de trabalho na Europa?

Johannes Kopf, Diretor-Geral do Serviço Público de Emprego Austríaco: Neste momento, a maior parte das pessoas que vêm, são mulheres com filhos pequenos e têm necessidades diferentes, é claro. O mais importante é a necessidade de cuidados infantis. A Áustria tem de organizar lugares suficientes nas escolas, no infantário... E o o seguinte é a entrada no mercado de trabalho. É claro que há vagas e empresas que estão realmente à procura de pessoal qualificado e que têm agora a esperança de encontrar, por exemplo, especialistas em Tecnologias da Informação da Ucrânia. Claro que sim. Mas eu não gosto muito de misturar temas de asilo ou refugiados com as necessidades do mercado de trabalho. E sim, é melhor integrar todas estas pessoas do que simplesmente pagar-lhes prestações sociais. Mas primeiro e é o mais importante: é uma questão humanitária.

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