{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2021/03/12/financiamento-pela-internet-dispara-para-sobreviver-a-covid-19" }, "headline": "Financiamento pela internet dispara para sobreviver \u00e0 Covid-19", "description": "Artistas, t\u00e9cnicos do mundo do espet\u00e1culo, salas de concertos e at\u00e9 restaurantes recorreram ao \u0022crowdfunding\u0022 para tentarem aguentar-se durante a pandemia", "articleBody": "No Reino Unido , tal como em Portugal e noutros pa\u00edses da Uni\u00e3o Europeia , a recolha de financiamento an\u00f3nimo pela internet, o popular \u0022crowdfunding\u0022, disparou e tornou-se um meio de sobreviv\u00eancia para m\u00fasicos, t\u00e9cnicos do mundo do espet\u00e1culo e at\u00e9 para alguns restaurantes e bares. Todos privados de rendimentos durante a pandemia de Covid-19. S\u00f3 a plataforma brit\u00e2nica \u0022 Crowdfunder.co.uk \u0022 garante ter servido para angariar mais de 46 milh\u00f5es de libras (\u20ac53 milh\u00f5es) desde mar\u00e7o do ano ado, incluindo campanhas de m\u00fasicos consagrados como Nick Cave para ajudar os respetivos t\u00e9cnicos ou a ajuda na subsist\u00eancia do restaurante The Indian Club, em Londres. Phiroza Marker, a gerente do estabelecimento, revela ter recebido \u0022doa\u00e7\u00f5es desde cinco libras at\u00e9 duas mil libras (de \u20ac5,80 a cerca de 2300 euros)\u0022. \u0022Tivemos doa\u00e7\u00f5es dos nossos clientes mais antigos e at\u00e9 pessoas da Austr\u00e1lia que nunca entraram sequer no restaurante, mas souberam do nosso pedido pela plataforma de apoio e sentiram-se tocados pelo nosso apelo. Julgo que isto mostra a bondade humana nestes tempos dif\u00edceis\u0022, destaca Phiroza Marker, do The Indian Club. O gestor de campanhas da \u0022Crowfunder\u0022 Max Upton conta-nos ter visto um progressivo aumento de apelos \u00e0 medida que a pandemia alastrava pelo mundo. Turismo soma preju\u00edzos Cerca de 13 mil campanhas foram lan\u00e7adas s\u00f3 nesta plataforma brit\u00e2nica desde mar\u00e7o do ano ado. Mais do dobro do registado nos 12 meses anteriores. Um agravamento, podemos dizer, com grande peso no setor da m\u00fasica ao vivo . \u0022Nunca t\u00ednhamos visto 266 salas de concertos a pedir ajuda num s\u00f3 ano. Nunca tinha acontecido. \u00c9 uma loucura e mostra bem a situa\u00e7\u00e3o em que est\u00e3o. Andavam sempre a lutar \u00e0 beira do precip\u00edcio e a Covid-19 veio de certa forma empurra-los para o precip\u00edcio\u0022, considera Max Upton. Al\u00e9m do forte impacto no setor dos espet\u00e1culos, os recorrentes confinamentos impostos por toda o mundo desde h\u00e1 um ano tiveram um impacto profundo no turismo por toda a Europa. Hot\u00e9is, restaurantes e outros neg\u00f3cios dependentes do setor est\u00e3o ainda a sofrer grandes preju\u00edzos. A vacina\u00e7\u00e3o \u00e9 a grande esperan\u00e7a e maio parece ser agora o m\u00eas do in\u00edcio da retoma para aqueles que conseguirem l\u00e1 chegar. Alguns j\u00e1 se viram obrigados a mudar de vida e houve at\u00e9 quem conseguisse manter um teto sobre a cabe\u00e7a atrav\u00e9s de ajuda recebida pelo \u0022crowdfunding\u0022. Um caso portugu\u00eas O caso de um casal ajudado por duas celebridades das redes sociais, Bruno Nogueira e Nuno Markl, \u00e9 um dos bons exemplos em Portugal. Sofia e Paulo t\u00eam tr\u00eas filhos e foram atingidos em cheio pelo impacto negativo do confinamento quando apostavam numa mudan\u00e7a de vida, empenhando quase todas as poupan\u00e7as num novo neg\u00f3cio para ela enquanto ele trabalhava e ganhava bem numa empresa de organiza\u00e7\u00e3o de eventos. De um momento para o outro, deixaram de ter rendimento, de trabalhar e viram-se a viver, os cinco, num pequena roulotte num parque de campismo. A reportagem de uma revista sobre este casal levou Nogueira e Markl a aproveitarem um espa\u00e7o privilegiado que desenvolveram no Instagram para pedir ajuda. Conseguiram angariar quase 40 mil euros e ainda a solidariedade de uma empresa que construiu uma casa de Madeira para dar um pouco mais de conforto a esta fam\u00edlia de empres\u00e1rios independentes v\u00edtima da crise provocada pela pandemia. ", "dateCreated": "2021-03-11T17:03:46+01:00", "dateModified": "2021-03-12T14:20:56+01:00", "datePublished": "2021-03-12T09:15:00+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F44%2F59%2F56%2F1440x810_cmsv2_d9b51cb6-95b0-5654-a436-6bc74fd4c7ff-5445956.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Pandemia obrigou a fechar restaurantes e salas de concertos no Reino Unido", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F44%2F59%2F56%2F432x243_cmsv2_d9b51cb6-95b0-5654-a436-6bc74fd4c7ff-5445956.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Marques", "givenName": "Francisco", "name": "Francisco Marques", "url": "/perfis/562", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@frmarques4655", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Financiamento pela internet dispara para sobreviver à Covid-19

Pandemia obrigou a fechar restaurantes e salas de concertos no Reino Unido
Pandemia obrigou a fechar restaurantes e salas de concertos no Reino Unido Direitos de autor AP Photo/Matt Dunham
Direitos de autor AP Photo/Matt Dunham
De Francisco Marques com Associated Press
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Artistas, técnicos do mundo do espetáculo, salas de concertos e até restaurantes recorreram ao "crowdfunding" para tentarem aguentar-se durante a pandemia

PUBLICIDADE

No Reino Unido, tal como em Portugal e noutros países da União Europeia, a recolha de financiamento anónimo pela internet, o popular "crowdfunding", disparou e tornou-se um meio de sobrevivência para músicos, técnicos do mundo do espetáculo e até para alguns restaurantes e bares. Todos privados de rendimentos durante a pandemia de Covid-19.

Só a plataforma britânica "Crowdfunder.co.uk" garante ter servido para angariar mais de 46 milhões de libras (€53 milhões) desde março do ano ado, incluindo campanhas de músicos consagrados como Nick Cave para ajudar os respetivos técnicos ou a ajuda na subsistência do restaurante The Indian Club, em Londres.

Phiroza Marker, a gerente do estabelecimento, revela ter recebido "doações desde cinco libras até duas mil libras (de €5,80 a cerca de 2300 euros)".

"Tivemos doações dos nossos clientes mais antigos e até pessoas da Austrália que nunca entraram sequer no restaurante, mas souberam do nosso pedido pela plataforma de apoio e sentiram-se tocados pelo nosso apelo. Julgo que isto mostra a bondade humana nestes tempos difíceis", destaca Phiroza Marker, do The Indian Club.

O gestor de campanhas da "Crowfunder" Max Upton conta-nos ter visto um progressivo aumento de apelos à medida que a pandemia alastrava pelo mundo.

Turismo soma prejuízos

Cerca de 13 mil campanhas foram lançadas só nesta plataforma britânica desde março do ano ado. Mais do dobro do registado nos 12 meses anteriores. Um agravamento, podemos dizer, com grande peso no setor da música ao vivo.

"Nunca tínhamos visto 266 salas de concertos a pedir ajuda num só ano. Nunca tinha acontecido. É uma loucura e mostra bem a situação em que estão. Andavam sempre a lutar à beira do precipício e a Covid-19 veio de certa forma empurra-los para o precipício", considera Max Upton.

Além do forte impacto no setor dos espetáculos, os recorrentes confinamentos impostos por toda o mundo desde há um ano tiveram um impacto profundo no turismo por toda a Europa. Hotéis, restaurantes e outros negócios dependentes do setor estão ainda a sofrer grandes prejuízos.

A vacinação é a grande esperança e maio parece ser agora o mês do início da retoma para aqueles que conseguirem lá chegar. Alguns já se viram obrigados a mudar de vida e houve até quem conseguisse manter um teto sobre a cabeça através de ajuda recebida pelo "crowdfunding".

Um caso português

O caso de um casal ajudado por duas celebridades das redes sociais, Bruno Nogueira e Nuno Markl, é um dos bons exemplos em Portugal.

Sofia e Paulo têm três filhos e foram atingidos em cheio pelo impacto negativo do confinamento quando apostavam numa mudança de vida, empenhando quase todas as poupanças num novo negócio para ela enquanto ele trabalhava e ganhava bem numa empresa de organização de eventos.

De um momento para o outro, deixaram de ter rendimento, de trabalhar e viram-se a viver, os cinco, num pequena roulotte num parque de campismo.

A reportagem de uma revista sobre este casal levou Nogueira e Markl a aproveitarem um espaço privilegiado que desenvolveram no Instagram para pedir ajuda. Conseguiram angariar quase 40 mil euros e ainda a solidariedade de uma empresa que construiu uma casa de Madeira para dar um pouco mais de conforto a esta família de empresários independentes vítima da crise provocada pela pandemia.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

1/3 da população mundial sem apoio público para enfrentar efeitos da pandemia

Itália oferece apoio psicológico gratuito durante a pandemia

Governo britânico reforça apoio à economia