{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2020/06/12/recessao-historica-no-reino-unido-pib-caiu-20-4-em-abril" }, "headline": "Recess\u00e3o hist\u00f3rica no Reino Unido: PIB caiu 20,4% em abril", "description": "A pandemia da COVID-19 mergulhou a economia do Reino Unido numa profunda recess\u00e3o. S\u00f3 no m\u00eas de abril o PIB caiu 20,4%. O pa\u00eds reativa-se lentamente.", "articleBody": "A economia brit\u00e2nica viu desaparecer, durante os meses da pandemia, quase duas d\u00e9cadas de crescimento, em resultado das medidas de confinamento. S\u00f3 no m\u00eas de abril, o PIB caiu 20,4% - o primeiro m\u00eas completo em que o pa\u00eds esteve parado para conter a propaga\u00e7\u00e3o do v\u00edrus. Os n\u00fameros do Gabinete Nacional de Estat\u00edstica revelam que j\u00e1 entre fevereiro e abril a economia tinha recuado 10,4%, em compara\u00e7\u00e3o com o tremeste anterior. Jonathan Athow, um dos respons\u00e1veis pelo servi\u00e7o nacional de estat\u00edsticas econ\u00f3micas afirma que \u0022Praticamente todas as \u00e1reas da economia foram atingidas, com os pubs, a educa\u00e7\u00e3o, a sa\u00fade e a venda de autom\u00f3veis a darem os maiores contributos para esta queda hist\u00f3rica\u0022. A maior parte do setor retalhista brit\u00e2nico deve abrir as portas na pr\u00f3xima semana. O governo pediu, no m\u00eas ado, \u00e0s pessoas que n\u00e3o podem trabalhar em casa que regressem ao trabalho, \u00e0 medida que as restri\u00e7\u00f5es v\u00e3o sendo levantadas. O presidente da maior organiza\u00e7\u00e3o de retalhistas, Jace Tyrrel acredita que \u0022ainda vai demorar algum tempo at\u00e9 as coisas voltarem ao normal\u0022 e diz que \u0022\u00e9 muito importante que o governo continue a ajudar os retalhistas\u0022. O com\u00e9rcio retalhista perdeu 95% dos neg\u00f3cios em 12 semanas. Este novo coronav\u00edrus que parou o mundo empurrou a economia brit\u00e2nica para valores que j\u00e1 n\u00e3o conhecia desde o ver\u00e3o de 2002. Com uma grande parte da economia ainda em crise em maio e junho, o Reino Unido est\u00e1 a caminhar para uma das suas recess\u00f5es mais profundas de sempre. A Organiza\u00e7\u00e3o para a Coopera\u00e7\u00e3o e Desenvolvimento Econ\u00f3mico (OCDE) advertiu que o pa\u00eds vai ser a economia desenvolvida mais duramente atingida este ano. As restri\u00e7\u00f5es ao confinamento est\u00e3o a ser lentamente aliviadas, o que dever\u00e1 permitir que a economia comece a recuperar. Mas n\u00e3o se espera que a retoma seja t\u00e3o forte como o recuo, uma vez que muitas restri\u00e7\u00f5es, como as relativas ao o social, dever\u00e3o manter-se enquanto a pandemia for uma amea\u00e7a para a sa\u00fade p\u00fablica. Governo sob press\u00e3o O governo est\u00e1 sob press\u00e3o para flexibilizar as orienta\u00e7\u00f5es em mat\u00e9ria de distanciamento social para ajudar a economia. Atualmente, as pessoas t\u00eam de se manter a 2 metros de dist\u00e2ncia, o que \u00e9 mais do que o exigido na maioria dos pa\u00edses e acima da recomenda\u00e7\u00e3o m\u00ednima da Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS) que \u00e9 de apenas um metro de dist\u00e2ncia. O governo diz estar a seguir os pareceres cient\u00edficos sobre a conten\u00e7\u00e3o da propaga\u00e7\u00e3o do v\u00edrus, mas que a dist\u00e2ncia necess\u00e1ria est\u00e1 em constante revis\u00e3o. A recupera\u00e7\u00e3o est\u00e1 tamb\u00e9m a ser travada pelo facto de muitas empresas n\u00e3o conseguirem sair da crise e de milh\u00f5es de trabalhadores enfrentarem o desemprego. As pessoas est\u00e3o tamb\u00e9m bastante cautelosas quanto a ir \u00e0s lojas ou a deslocarem-se enquanto o v\u00edrus continuar a constituir uma amea\u00e7a. A incerteza sobre a rela\u00e7\u00e3o comercial do Reino Unido com a Uni\u00e3o Europeia no in\u00edcio de 2021 \u00e9 outro fator que poder\u00e1 refrear a confian\u00e7a empresarial e a recupera\u00e7\u00e3o da economia Risco de forte subida do desemprego As empresas t\u00eam mantido, em grande parte, os postos de trabalho durante o confinamento, devido ao Plano de Apoio ao Emprego, ao abrigo do qual o governo paga at\u00e9 80% dos sal\u00e1rios dos trabalhadores at\u00e9 um m\u00e1ximo de 2500 libras - cerca de 2800 euros - por m\u00eas. Mas, o respons\u00e1vel pelo Tesouro, Rishi Sunak, j\u00e1 anunciou que, a partir de agosto, as empresas ter\u00e3o de come\u00e7ar a contribuir para os sal\u00e1rios dos trabalhadores retidos mas que n\u00e3o trabalham, e que o regime ser\u00e1 encerrado dois meses mais tarde. Isto suscita preocupa\u00e7\u00f5es de que a Gr\u00e3-Bretanha assista a um pico de desemprego. \u0022Vai levar muito tempo e um est\u00edmulo monet\u00e1rio e fiscal significativo para a economia sair de um buraco deste tamanho\u0022, afirma \u00e0 AP, Luke Bartholomew, estratega de investimentos da Aberdeen Standard Investments. ", "dateCreated": "2020-06-12T09:27:21+02:00", "dateModified": "2020-06-12T15:59:10+02:00", "datePublished": "2020-06-12T15:59:04+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F74%2F52%2F50%2F1440x810_cmsv2_eebe3232-6510-5991-ac76-2fc0cab22a16-4745250.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "A pandemia da COVID-19 mergulhou a economia do Reino Unido numa profunda recess\u00e3o. S\u00f3 no m\u00eas de abril o PIB caiu 20,4%. O pa\u00eds reativa-se lentamente.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F74%2F52%2F50%2F432x243_cmsv2_eebe3232-6510-5991-ac76-2fc0cab22a16-4745250.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Barradas", "givenName": "Maria", "name": "Maria Barradas", "url": "/perfis/114", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Negocios" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Recessão histórica no Reino Unido: PIB caiu 20,4% em abril

Recessão histórica no Reino Unido: PIB caiu 20,4% em abril
Direitos de autor Alberto Pezzali/The Associated Press
Direitos de autor Alberto Pezzali/The Associated Press
De Maria Barradas com AP
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A pandemia da COVID-19 mergulhou a economia do Reino Unido numa profunda recessão. Só no mês de abril o PIB caiu 20,4%. O país reativa-se lentamente.

PUBLICIDADE

A economia britânica viu desaparecer, durante os meses da pandemia, quase duas décadas de crescimento, em resultado das medidas de confinamento. Só no mês de abril, o PIB caiu 20,4% - o primeiro mês completo em que o país esteve parado para conter a propagação do vírus.

Os números do Gabinete Nacional de Estatística revelam que já entre fevereiro e abril a economia tinha recuado 10,4%, em comparação com o tremeste anterior.

Jonathan Athow, um dos responsáveis pelo serviço nacional de estatísticas económicas afirma que "Praticamente todas as áreas da economia foram atingidas, com os pubs, a educação, a saúde e a venda de automóveis a darem os maiores contributos para esta queda histórica".

A maior parte do setor retalhista britânico deve abrir as portas na próxima semana. O governo pediu, no mês ado, às pessoas que não podem trabalhar em casa que regressem ao trabalho, à medida que as restrições vão sendo levantadas.

O presidente da maior organização de retalhistas, Jace Tyrrel acredita que "ainda vai demorar algum tempo até as coisas voltarem ao normal" e diz que "é muito importante que o governo continue a ajudar os retalhistas". O comércio retalhista perdeu 95% dos negócios em 12 semanas.

Este novo coronavírus que parou o mundo empurrou a economia britânica para valores que já não conhecia desde o verão de 2002.

Com uma grande parte da economia ainda em crise em maio e junho, o Reino Unido está a caminhar para uma das suas recessões mais profundas de sempre. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) advertiu que o país vai ser a economia desenvolvida mais duramente atingida este ano.

As restrições ao confinamento estão a ser lentamente aliviadas, o que deverá permitir que a economia comece a recuperar. Mas não se espera que a retoma seja tão forte como o recuo, uma vez que muitas restrições, como as relativas ao o social, deverão manter-se enquanto a pandemia for uma ameaça para a saúde pública.

Governo sob pressão

O governo está sob pressão para flexibilizar as orientações em matéria de distanciamento social para ajudar a economia. Atualmente, as pessoas têm de se manter a 2 metros de distância, o que é mais do que o exigido na maioria dos países e acima da recomendação mínima da Organização Mundial de Saúde (OMS) que é de apenas um metro de distância. O governo diz estar a seguir os pareceres científicos sobre a contenção da propagação do vírus, mas que a distância necessária está em constante revisão.

A recuperação está também a ser travada pelo facto de muitas empresas não conseguirem sair da crise e de milhões de trabalhadores enfrentarem o desemprego. As pessoas estão também bastante cautelosas quanto a ir às lojas ou a deslocarem-se enquanto o vírus continuar a constituir uma ameaça.

A incerteza sobre a relação comercial do Reino Unido com a União Europeia no início de 2021 é outro fator que poderá refrear a confiança empresarial e a recuperação da economia

Risco de forte subida do desemprego

As empresas têm mantido, em grande parte, os postos de trabalho durante o confinamento, devido ao Plano de Apoio ao Emprego, ao abrigo do qual o governo paga até 80% dos salários dos trabalhadores até um máximo de 2500 libras - cerca de 2800 euros - por mês.

Mas, o responsável pelo Tesouro, Rishi Sunak, já anunciou que, a partir de agosto, as empresas terão de começar a contribuir para os salários dos trabalhadores retidos mas que não trabalham, e que o regime será encerrado dois meses mais tarde. Isto suscita preocupações de que a Grã-Bretanha assista a um pico de desemprego.

"Vai levar muito tempo e um estímulo monetário e fiscal significativo para a economia sair de um buraco deste tamanho", afirma à AP, Luke Bartholomew, estratega de investimentos da Aberdeen Standard Investments.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Antonio Filosa é o novo diretor executivo da gigante automóvel Stellantis

Empresas europeias cortam custos e reduzem investimentos na China

Grécia: alteração do mecanismo de distribuição da PAC após inquérito ao OPEKEPE