{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2018/08/07/grecia-sai-do-plano-de-resgate" }, "headline": "A sustentabilidade da Gr\u00e9cia ap\u00f3s o plano de resgate", "description": "A trag\u00e9dia econ\u00f3mica da Gr\u00e9cia poder\u00e1 chegar ao fim a 20 de agosto, mas ser\u00e1 que o plano de crescimento do pa\u00eds \u00e9 sustent\u00e1vel ?", "articleBody": "A vista sobre as ru\u00ednas da antiga Gr\u00e9cia tornou-se o s\u00edmbolo, para o mundo inteiro, da d\u00edvida grega, do plano de resgate, das quatrocentas e cinquenta reformas, dos quatro governos em oito anos e de um plano de austeridade inimagin\u00e1vel no mundo moderno. Apesar dos pagamentos \u00e0 zona euro continuarem at\u00e9 2060, a Gr\u00e9cia e a Europa mostram-se prontas para iniciar uma nova fase, pondo um ponto final a uma saga que parecia intermin\u00e1vel. O plano de resgate chega oficialmente ao fim a 20 de agosto de 2018. O governo grego comprometeu-se a continuar as reformas e a manter um elevado excedente or\u00e7amental. Para consegu\u00ed-lo, num pa\u00eds onde o desemprego \u00e9 elevado, \u00e9 necess\u00e1rio manter uma elevada carga fiscal, o que n\u00e3o atrai o investimento estrangeiro que poderia propiciar crescimento e cria\u00e7\u00e3o de emprego. As empresas gregas O rep\u00f3rter Akis Tatsis esteve no terreno para ver se as empresas gregas v\u00e3o conseguir contribuir para a melhoria da vida dos gregos. A marinha mercante grega \u00e9 um dos setores que mais contribui para a riqueza do pa\u00eds. Os armadores gregos continuaram a ser l\u00edderes mundiais durante a crise econ\u00f3mica, controlando cerca de um quarto dos petroleiros e mais de 15% dos navios de transporte de produtos qu\u00edmicos a n\u00edvel mundial. Em 2017, a atividade da marinha mercante aumentou 17% em rela\u00e7\u00e3o ao ano anterior, gerando cerca de nove mil milh\u00f5es de euros. \u0022Os dados relativos ao transporte por navio s\u00e3o impressionantes. Este setor da economia grega \u00e9 muito importante. Apesar de os gregos representarem apenas 0,15% da popula\u00e7\u00e3o mundial, a Gr\u00e9cia controla 20 % do transporte de mercadorias por via mar\u00edtima. No entanto, a ind\u00fastria naval, os fornecedores e a sociedade em geral enfrentam problemas s\u00e9rios devido \u00e0 elevada carga fiscal\u0022, afirmou Akis Tatsis, rep\u00f3rter grego da euronews. O presidente da Ordem dos Engenheiros da Marinha Mercante Grega receia que os problemas criados pela crise n\u00e3o sejam resolvidos antes do fim do plano de resgate. \u0022Ser\u00e1 que os efeitos da legisla\u00e7\u00e3o que penaliza os trabalhadores v\u00e3o ser revertidos? 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A euronews entrevistou o vice-presidente do governo da Gr\u00e9cia, Yannis Dragasakis, para saber quando \u00e9 que esse sentimento poder\u00e1 mudar. euronews : \u0022O que nos trouxe como s\u00edmbolo da nova situa\u00e7\u00e3o da Gr\u00e9cia ap\u00f3s os anos dif\u00edceis?\u0022 Yannis Dragasakis : \u0022Trouxe um pequeno navio para a nova viagem que o pa\u00eds deve fazer e trouxe um objeto que simboliza a nossa nova estrat\u00e9gia de crescimento. Na verdade, a Gr\u00e9cia, pela primeira vez, tem uma estrat\u00e9gia nacional de crescimento, que define objetivos e meios. O que queremos fazer, como e para onde queremos ir. Mesmo, no caso em que haja dificuldades do lado do mercado, temos reservas e um forte excedente. Esses fatores s\u00e3o suficientes para inspirar confian\u00e7a\u0022. euronews : \u0022O crescimento depende da exist\u00eancia de uma estrat\u00e9gia. Atenas tem um plano claro e sustent\u00e1vel?\u0022 Yannis Dragasakis: \u0022Sabemos que em 2021 atingiremos certos objetivos em determinados setores.Temos objetivos e prazos. As pessoas podem verificar o desempenho do governo. Em segundo lugar, temos uma estabilidade institucional em certos setores. Por exemplo, se um grande investidor vem para a Gr\u00e9cia, ter\u00e1 o mesmo regime fiscal durante doze anos. Ningu\u00e9m pode mud\u00e1-lo. Quando falamos de investimento na Gr\u00e9cia, trata-se de refor\u00e7ar uma din\u00e2mica que j\u00e1 existe. 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A sustentabilidade da Grécia após o plano de resgate

Em parceria comThe European Commission
A sustentabilidade da Grécia após o plano de resgate
Direitos de autor 
De Maithreyi Seetharaman & Akis Tatsis
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A tragédia económica da Grécia poderá chegar ao fim a 20 de agosto, mas será que o plano de crescimento do país é sustentável ?

A vista sobre as ruínas da antiga Grécia tornou-se o símbolo, para o mundo inteiro, da dívida grega, do plano de resgate, das quatrocentas e cinquenta reformas, dos quatro governos em oito anos e de um plano de austeridade inimaginável no mundo moderno. Apesar dos pagamentos à zona euro continuarem até 2060, a Grécia e a Europa mostram-se prontas para iniciar uma nova fase, pondo um ponto final a uma saga que parecia interminável.

O plano de resgate chega oficialmente ao fim a 20 de agosto de 2018. O governo grego comprometeu-se a continuar as reformas e a manter um elevado excedente orçamental. Para conseguí-lo, num país onde o desemprego é elevado, é necessário manter uma elevada carga fiscal, o que não atrai o investimento estrangeiro que poderia propiciar crescimento e criação de emprego.

As empresas gregas

O repórter Akis Tatsis esteve no terreno para ver se as empresas gregas vão conseguir contribuir para a melhoria da vida dos gregos.

A marinha mercante grega é um dos setores que mais contribui para a riqueza do país. Os armadores gregos continuaram a ser líderes mundiais durante a crise económica, controlando cerca de um quarto dos petroleiros e mais de 15% dos navios de transporte de produtos químicos a nível mundial. Em 2017, a atividade da marinha mercante aumentou 17% em relação ao ano anterior, gerando cerca de nove mil milhões de euros.

"Os dados relativos ao transporte por navio são impressionantes. Este setor da economia grega é muito importante. Apesar de os gregos representarem apenas 0,15% da população mundial, a Grécia controla 20 % do transporte de mercadorias por via marítima. No entanto, a indústria naval, os fornecedores e a sociedade em geral enfrentam problemas sérios devido à elevada carga fiscal", afirmou Akis Tatsis, repórter grego da euronews.

O presidente da Ordem dos Engenheiros da Marinha Mercante Grega receia que os problemas criados pela crise não sejam resolvidos antes do fim do plano de resgate.

"Será que os efeitos da legislação que penaliza os trabalhadores vão ser revertidos? Penso que essas leis vão continuar em vigor e o crescimento vai ser feito à custa dos direitos laborais. A questão é saber quem é que vai beneficiar com o crescimento?", lançou Athanasios Evangelakis.

A marinha mercante, em Pireu, o maior porto da Grécia, foi fortemente afetada pela crise económica. O presidente do Sindicato do Comércio afirma que nos últimos nove anos, um terço das lojas da capital fechou as portas.

"Um negócio como o meu, que gera um lucro líquido de cerca de 75 mil euros, e há várias empresas com este nível de rendimentos, tem um nível de imposição fiscal entre 55 e 65%. Dos 75 mil euros temos de deduzir essa percentagem para impostos e ficamos com 30 mil. Desse montante, sou obrigado a pagar 20 mil euros à segurança social porque temos lucros superiores a 70 mil. Finalmente, após um ano de muito trabalho e esforço, e depois de um lucro de 70 mil euros, fico apenas com 10 mil euros, o que dá menos de mil euros por mês", explicou Nikos Manesiotis.

No final de agosto, o navio grego deverá afastar-se da tempestade gerada pela crise financeira. Mas muitos afirmam que os problemas da Grécia são profundos e que ainda há muito trabalho pela frente.

Gregos não sentem melhorias

A população grega, em geral, não sente os benefícios do aumento do investimento estrangeiro nos últimos dois anos. A euronews entrevistou o vice-presidente do governo da Grécia, Yannis Dragasakis, para saber quando é que esse sentimento poderá mudar.

euronews: "O que nos trouxe como símbolo da nova situação da Grécia após os anos difíceis?"

Yannis Dragasakis: "Trouxe um pequeno navio para a nova viagem que o país deve fazer e trouxe um objeto que simboliza a nossa nova estratégia de crescimento. Na verdade, a Grécia, pela primeira vez, tem uma estratégia nacional de crescimento, que define objetivos e meios. O que queremos fazer, como e para onde queremos ir. Mesmo, no caso em que haja dificuldades do lado do mercado, temos reservas e um forte excedente. Esses fatores são suficientes para inspirar confiança".

euronews: "O crescimento depende da existência de uma estratégia. Atenas tem um plano claro e sustentável?"

Yannis Dragasakis: "Sabemos que em 2021 atingiremos certos objetivos em determinados setores.Temos objetivos e prazos. As pessoas podem verificar o desempenho do governo. Em segundo lugar, temos uma estabilidade institucional em certos setores. Por exemplo, se um grande investidor vem para a Grécia, terá o mesmo regime fiscal durante doze anos. Ninguém pode mudá-lo. Quando falamos de investimento na Grécia, trata-se de reforçar uma dinâmica que já existe. Em relação aos empréstimos e à banca, já iniciámos a venda dos créditos mal parados e a reestruturação de muitas empresas".

euronews: "Como espera equilibrar as necessidades das pessoas com a agenda das reformas?"

Yannis Dragasakis: "Eu diria que a questão é saber quando é que os cidadãos voltarão a ter uma vida normal. É uma questão fundamental. Vamos reintroduzir as negociações coletivas para os trabalhadores. Estão previstos certos procedimentos para permitir um aumento do salário mínimo e isso vai acontecer. É por isso que falamos de crescimento inclusivo".

euronews: "No final quem acabará por pagar? As empresas ou os particulares?"

Yannis Dragasakis: "Estamos em diálogo com o mundo dos negócios sobre a redução de impostos. Há quem prefira reduzir os impostos sobre os lucros, ou reduzir os impostos sobre os investimentos, ou podemos aumentar a percentagem de desvalorizações. Decidimos que no primeiro ano, 70% dos fundos servirão para reduzir os impostos e 30% para aumentar a despesa".

euronews: "Quais são os aspetos em relação aos quais o governo vai manter-se firme?"

Yannis Dragasakis : "Os salários. Vamos criar as condições necessárias para que os trabalhadores obtenham uma melhoria do rendimento através da negociação. Vamos evitar cortes nas reformas. Refiro este aspeto porque as reformas foram um alvo num contexto negativo. Hoje, estamos a falar de mudanças para que as pessoas possam ver os resultados positivos".

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Editor de vídeo • Richard Topping

Outras fontes • Production: Fanny Gauret; Cameramen: Christophe Obert, Ioannis Dimas; Sound Engineer: Kostas Ntokos; Translator: Philip Pangalos; Graphics: Monsieur Girafe

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